Aquecimento Global: Banco Mundial diz que seca no nordeste
brasileiro pode piorar
Afirmação foi feita
pela assessora sênior para a América Latina e o Caribe da instituição
financeira; Karin Kemper afirmou também que aumento do nível dos mares pode ter
impacto no Rio de Janeiro.
A assessora regional sênior do Banco Mundial
para a América Latina e o Caribe, Karin Kemper, disse, em entrevista à Rádio
ONU, que se a temperatura global continuar aumentando, a seca no nordeste do
Brasil pode piorar.
“Sabemos que o nordeste sempre sofreu com as
secas, mas poderia ter uma frequência mais intensa ou poderia ter secas mais
prolongadas. Sabemos que isso tem efeitos econômicos tanto para a população do
interior, mas também podemos imaginar que, por exemplo, as cidades grandes do
nordeste podem sofrer mais impactos por insegurança hídrica.”
Investimentos
Citando o relatório lançado pelo Banco Mundial
na semana passada, Kemper disse ainda que os impactos do aumento da temperatura
serão maiores sobre as populações mais pobres, mais vulneráveis, mulheres, crianças,
como também grupos indígenas.
A assessora para a América Latina e o Caribe
alertou que investimentos que poderiam ser feitos em outros setores vão acabar
sendo destinados para combater os efeitos climáticos.
“Se houver um aumento do nível dos mares, por
exemplo, o cálculo que temos no relatório para o Rio de Janeiro varia de uma
alta de, no mínimo, 62 cm até 1 metro, no máximo. Isso significa que se precisa
fazer investimentos nas cidades costeiras. Esse dinheiro poderia ser utilizado
em outras coisas como em hospitais, escolas e outros setores de
desenvolvimento.”
O relatório do Banco Mundial disse que um novo
padrão climático global pode reduzir em 70% a produção de soja no Brasil e a de
trigo em 60%.
O documento mostra dois cenários futuros
prevendo as consequências de aumentos médios da temperatura global de 2 e 4
graus centígrados, até 2050. Os especialistas calculam que os danos causados
por enchentes costeiras devem chegar a US$ 22 bilhões, o equivalente a mais de
R$ 56 bilhões. (ecodebate)
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