Recursos contra aquecimento global beneficiaram poucos
países, diz instituto
Metade dos quase US$ 8
bilhões (cerca de R$ 20,7 bilhões) repassados para combater o aquecimento
global no mundo em desenvolvimento foram destinados para apenas dez países,
prejudicando nações em maior risco, aponta relatório do Instituto de
Desenvolvimento no Exterior, um think tank (instituição que produz conhecimento
estratégico) britânico.
Marrocos, México e Brasil
foram os países que mais recursos receberam desde 2003 – mais de US$ 500
milhões cada (R$ 1,3 bilhão), de um total de US$ 7,6 bilhões (R$ 19,67
bilhões), de acordo com a análise de gastos na última década em 135 países.
O relatório foi divulgado
antes da última semana de negociações das Nações Unidas, em Lima, no Peru, para
conseguir as bases de um acordo para reduzir o aquecimento global. A 20ª
Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do
Clima (COP-20).
“O México e o Brasil estão
entre os dez maiores emissores de gases de efeito estufa e, com o Marrocos, têm
enorme potencial nas energias renováveis”, indica o relatório.
No entanto, em relação ao
apoio financeiro, muitos dos países mais pobres ficaram para trás. “Estados
frágeis e afetados por conflitos, como a Costa do Marfim e o Sudão do Sul, onde
é normalmente difícil aplicar financiamento, receberam menos de US$ 350 mil [R$
905 mil] e US$ 700 mil [R$ 1,8 bilhão], respectivamente”, informou o instituto.
“Muitos países de rendimento
médio que são vulneráveis aos impactos das alterações climáticas e têm um
potencial significativo para energias limpas, como a Namíbia, El Salvador e a
Guatemala, também receberam menos de US$ 5 milhões [R$ 12,9 milhões] cada”,
indicaram os especialistas. (ecodebate)
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