Sistema Cantareira chega a 9,5% e
completa duas semanas de alta
Nível do principal manancial da Região
Metropolitana de São Paulo voltou a subiu 0,6%; os demais reservatórios também
cresceram nesta 10/02.
Sistema Cantareira chega a 9,5% e
completa duas semanas de alta.
Nível do principal manancial de São Paulo voltou a subir
0,6%; os demais reservatórios também cresceram em 18/02.
O nível do Sistema Cantareira, principal manancial de São
Paulo, voltou a registrar aumento de 0,6%, a maior elevação desde o início da
crise hídrica, e completou duas semanas de alta em 19/02. Segundo boletim da
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), os
reservatórios operam com 9,5% da capacidade, ante 8,9% no dia anterior.
Responsável por abastecer 6,5 milhões de pessoas, o
manancial subiu 2,2% só nos últimos quatro dias. Além do alto volume de chuva
neste mês, outro fator ajuda a explicar as altas consecutivas dos reservatórios
que compõem o sistema: a redução de 66% do volume de água retirado do
Cantareira pela Sabesp. Há um ano, a captação era de 32,6 mil litros por
segundo. Hoje, esse número é de 11 mil litros por segundo.
Nas últimas 24 horas, a pluviometria conferida na região do
Cantareira não foi alta, de 3 milímetros. Considerando os outros dias do mês,
contudo, o volume acumulado, de 260 milímetros, já é cerca 30,6% maior do que a
média histórica de fevereiro, de 199,1 mm.
Crise hídrica na Represa Atibainha
O Sistema Cantareira recuperou as perdas do volume de água
nos dois primeiros meses deste ano.
O mês de fevereiro foi o mais chuvoso dos últimos nove anos.
No entanto, a situação ainda é crítica, já que o manancial
tem recebido um volume de água 46% abaixo da média histórica para o mês.
Carcaça de carro na Represa Atibainha grafitado com a frase
'Bem-vindo ao Deserto do Cantareira', um dos símbolos da crise hídrica.
Boletim da ANA mostra que a entrada de água no Cantareira
ainda está 30,5 mil l/s menor do que o esperado, resultado do 'efeito esponja'
provocado pelo solo seco.
Parte da recuperação do Cantareira, que sofria quedas mensais
desde maio de 2013 e retomou o nível de novembro, deve-se ao aumento das
chuvas.
As chuvas, contudo, não teriam o menor impacto
não fosse a redução de 66% do volume de água retirado do Cantareira pela Sabesp
para abastecer a Grande São Paulo, além de mais 5,5 milhões de pessoas nas
regiões de Campinas e Piracicaba.
Há um ano, a captação era de 32,6 mil litros por segundo, e, agora, caiu para 11 mil litros por segundo.
O resultado, contudo, tem sido obtido mediante uma redução
drástica da pressão da água e fechamento de 40% da rede, provocando longos
cortes no abastecimento.
A Sabesp afirma que está reavaliando as áreas de redução da
pressão.
A última vez em que o Cantareira registrou queda foi no dia
1º de fevereiro, quando desceu de 5,1% para 5%. Comparado ao primeiro dia do
ano, quando estava com 7,2%, o volume atual de água represada é 2,3% superior e
está equiparado ao do dia 23 de novembro, quando também estava com 9,5%.
Apesar das altas seguidas, a situação do Cantareira ainda
está longe da normalidade. O atual cálculo da Sabesp para a capacidade do
manancial inclui duas cotas do volume morto - água represada abaixo dos túneis
de captação. A primeira, de 182,5 bilhões de litros de água, foi adicionada em
maio, enquanto a segunda, de 105 bilhões de litros, em outubro.
Outros mananciais. O nível dos outros cinco principais
mananciais, responsáveis por abastecer a capital e Grande São Paulo, também
registrou aumento no volume acumulado de água.
Em termos proporcionais o Sistema Rio Grande foi quem teve o
maior aumento: 1%. O reservatório opera nesta quinta com 83,9% da capacidade,
contra 82,9% em 18/02.
O Sistema Alto Tietê também completou duas semanas de alta e
subiu 0,9%. O reservatório está com 17,2%, número que leva em conta 39,4
bilhões de litros do volume morto. No dia anterior, o índice era de 16,3%.
Mesmo aumento teve o Alto Cotia, que saltou de 35,3% para 36,2%.
O Sistema Guarapiranga subiu 0,5%, após ter chovido 7,8 mm
sobre a região. O reservatório está com 56,8% da capacidade, ante 56,3% no dia
anterior. Já o Rio Claro cresceu 0,2% e registra 34,8% de volume de água.
(OESP)
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