Guarapiranga completa 1 mês
de quedas; Cantareira fica estável
Hoje o principal da Grande
SP, reservatório cai há 30 dias seguidos.
Entre os demais sistemas,
Alto Cotia foi o único a não baixar em 17/06.
O
Sistema Guarapiranga, alçado ao principal da Grande São Paulo com a crise
hídrica, completou 30 dias de quedas consecutivas em 17/06, mostra
levantamento do G1 feito com base nos
dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp).
O
índice usado como referência foi o nível em relação ao volume útil, que é o
utilizado há mais tempo pela companhia. Por este critério, o volume do
manancial, que atende 5,8 milhões de clientes, passou de 82,6%, no dia 18 de
maio, para 76,5% em 17/06.
O
sistema recebeu apenas 13,2 milímetros dos 53,7 mm previstos para junho, o
equivalente a 24,58%. O desempenho é pior que o do ano passado, quando a
represa havia recebido 25,8 mm de chuva até 17/06.
O
volume do Sistema Cantareira, por sua vez, se manteve em 19,9% em 16 e 17/06.
Não choveu nada nas últimas 24 h nos reservatórios e a precipitação acumulada
no manancial, de 22,1 milímetros, representa 37,7% do previsto para junho.
Os
reservatórios tiveram déficit de água no mês de maio e a situação ainda exige
cautela, já que o período mais seco do ano segue até setembro. A estação
chuvosa terminou com apenas a segunda cota do volume morto recuperada, ou seja,
a primeira cota ainda não foi reposta e o manancial segue operando no vermelho.
Entre
os demais sistemas que abastecem a Grande São Paulo, Alto Cotia foi o único a
não cair, permanecendo estável. Alto Tietê, Rio Grande e Rio Claro perderam
volume.
Abastecimento
O Sistema Cantareira, que já foi o principal da Grande São Paulo, atendendo 8,8 milhões de pessoas, teve uma nova redução no número de clientes, passando de 5,4 milhões para 5,2 milhões, informou a Sabesp.
O Sistema Cantareira, que já foi o principal da Grande São Paulo, atendendo 8,8 milhões de pessoas, teve uma nova redução no número de clientes, passando de 5,4 milhões para 5,2 milhões, informou a Sabesp.
Os
200 mil clientes tirados do Cantareira foram incorporados pelo Sistema Rio
Claro, que aumentou seu abastecimento na Grade São Paulo de 1,5 milhão para 1,7
milhão. Isso foi possível após a conclusão, no dia 30 de maio, de uma ligação
entre duas adutoras na Vila Ema, Zona Leste.
Com
a obra, os bairros da Mooca, São Mateus, Vila Formosa, Vila Alpina e Sapopemba
passam a ser atendidos prioritariamente pelo Sistema Rio Claro, que agora
responde por 80% da água fornecida. Os demais 20% ficaram com o Cantareira.
Até
2013, antes da crise, a proporção era inversa: o Cantareira fornecia cerca de
80% da água consumida nesses locais, contra 20% do Sistema Rio Claro.
Índices
O
índice de 19,9% do Cantareira divulgado pela Sabesp considera o cálculo feito
com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.
Após
ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a
divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O
segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume
total de água do Cantareira. Em 17/06 ele era de 15,4%.
O
terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da
reserva técnica pelo volume útil. Nesta quarta, o índice era de -9,3%. (g1)
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