Emissões de
gás carbônico diminuíram 84,4% entre 2004 e 2010
Com
19 indicadores, a dimensão ambiental do IDS aborda temas ligados à emissão de
gases de efeito estufa, poluição do ar e das águas, uso de agrotóxicos,
queimadas, desflorestamento, além de informações sobe saneamento básico, entre
outros.
Em
relação à emissão de gases de efeito estufa, houve uma queda de 84,4% das
emissões de dióxido de carbono (CO2) no setor de mudança do uso da
terra e floresta, (de 1.579.660 Gg para 246.245 Gg) entre 2004 e 2010. Isso
ocorreu em função da redução do desflorestamento na Amazônia, que chegou ao seu
menor valor em 2012 (4.571 km² de desflorestamento).
O
ano de 2013 apresentou o menor número de queimadas e incêndios desde 2008, com
115.184 focos, enquanto em 2010, o ano com o maior valor, foram 249.274 focos.
A espacialização dos focos de calor evidencia a sua concentração em algumas
regiões do país, sendo que a mais extensa e recorrente corresponde ao
denominado Arco do Desflorestamento, que abrange o sul e o leste da Amazônia
Legal. Nesta região, as queimadas, associadas ao desflorestamento, são
responsáveis pela destruição de grandes áreas florestais. Pará (20.542), Mato
Grosso (17.768) e Maranhão (16.189) são os estados com os maiores números de
focos de calor em 2013.
As
terras indígenas (TIs) e unidades de conservação (UCs) também sofrem queimadas,
embora em menor intensidade. Em 2013, os focos de calor destas áreas
corresponderam a 14,9% do total do país. No mesmo ano, registrou-se a mesma
tendência observada para o Brasil, com redução do número de focos de calor em
relação a 2012 (30.956 para 17.137).
A
análise segundo os biomas também mostra valores oscilantes, sendo que entre
2012 e 2013 ocorreu uma redução do número de focos de calor em todos os biomas.
A Amazônia registrou a maior ocorrência de focos em todos os anos analisados
(48.929 em 2013), seguido pelo Cerrado, com 42.622 focos de calor em 2013. Os
demais biomas somados (Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa)
corresponderam a 20,0% do total de focos de calor em 2013. A Mata Atlântica vem
apresentando decréscimo contínuo desde 2011, mas ainda é o bioma mais
desflorestado (85,5% de sua área original até 2012). (ecodebate)
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