COP 21: “Não se trata apenas
de substituir Kyoto, mas de fazer o que precisa ser feito”
“Temos que ter o cuidado
de não acharmos que tudo irá se definir em Paris, mesmo porque a solução real
se dá nas ações concretas em cada país. Lá temos a chance de dar um salto
fundamental nas negociações, mas não iremos resolver todos os problemas”,
adverte o coordenador da área de desmatamento do Greenpeace.O anúncio feito pela presidente Dilma em encontro com o presidente dos EUA, Barack Obama, de que iria se esforçar para acabar com o desmatamento ilegal nas florestas brasileiras foi “bem estranho”, disse Márcio Astrini, na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line, por e-mail.
“Atacar
a ilegalidade não passa de dever do cargo”, frisou, lembrando que o
desmatamento “ainda é o maior vetor de emissões” de gás carbônico no país. “O
estranho disso tudo é que, como a presidente só tem mais três anos no cargo e a
meta de fim da ilegalidade é para 2030, ela sentencia que durante sua gestão
teremos que continuar convivendo com a ilegalidade do setor. É um recado muito
ruim”, pontua.
Astrini
enfatiza ainda que, embora o Brasil não tenha apresentado suas metas para a
Cop-21, a “impressão” que se tem é a de que “o governo já se dá por satisfeito
com a redução do desmatamento dos últimos anos e vai aguardar o desenrolar das
negociações para ver se coloca algo novo sobre a mesa”. Segundo ele, apesar de
os índices de desmatamento terem diminuído nos últimos anos, ainda não há
razões para comemorar, porque “há cerca de uma década tivemos o segundo pior
índice de floresta perdida da história, com 27.700 km2 só na Amazônia. Hoje
estamos com uma taxa em torno dos 5.000 km2, isto é, saímos de um patamar
absurdo, mas ainda temos um número muito grande”.
Para
ele, a COP-21, que acontece em Paris no final deste ano, apresenta dois
desafios centrais: o primeiro diz respeito às metas nacionais que os países
prometerão cumprir, e o segundo, ao fato de cumpri-las, que “é um caso a
parte”. Entre os pontos mais difíceis da negociação está o princípio das
responsabilidades comuns e diferenciadas, que é explicado por duas analogias.
“É como estarmos compartilhando uma mesa em um restaurante onde alguns já
jantaram, beberam e estão na sobremesa. Outros chegaram mais tarde e ainda
estão no prato de entrada e alguns sequer se sentaram à mesa. Mas a conta
chegou neste exato momento e, obviamente, não é justo que todos paguem a mesma
quantia. Há que se fazer uma divisão e quem consumiu mais, paga mais. Esta é a
analogia que se faz quando se discutem nas conferências as responsabilidades
sobre o problema e, portanto, quem tem mais deveres. Porém, por outro lado,
também há a analogia de que o barco está afundando e, se ficarmos discutindo
apenas de quem é a culpa dos furos no casco do navio, acabaremos todos no fundo
do mar. Achar uma equação justa entre estes dois mundos não é simples, mas,
certamente, quando os compromissos começam a aparecer de forma concreta, é mais
fácil de aproximar os lados e chegar a um acordo”, conclui.
Márcio
Astrini é coordenador da área de desmatamento do Greenpeace.
IHU
On-Line - Em encontro recente, a presidente Dilma e o presidente Obama
se comprometeram em intensificar a colaboração entre os países para combater os
desafios ligados às mudanças climáticas tanto em nível bilateral como no âmbito
da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – UNFCCC.
Avaliando as declarações dos presidentes, o senhor afirmou que “não houve
acordos concretos nem anúncio de metas que representam algo novo”. Como avalia,
então, os discursos presidenciais acerca do enfrentamento das mudanças
climáticas? Por que não surge nada novo por parte dos chefes de Estado?
Márcio
Astrini - A avaliação é referente ao anunciado pela Presidente Dilma. Nos
campos prioritários que devemos nos debruçar no Brasil para aumentar nossa
contribuição no combate às mudanças climáticas, não houve nenhuma novidade ou
meta anunciada. O anunciado pela presidente foi, aliás, bem estranho. Dilma
afirmou que iria se esforçar para acabar com a ilegalidade no desmatamento de
nossas florestas, tendo como meta o ano de 2030. O desmatamento ainda é o nosso
maior vetor de emissões. Atacar a ilegalidade não passa de dever do cargo.
Portanto, considerando que este e todos os demais governos sempre se empenharam
em cumprir a lei, não há nada de novo a ser implementado pelo governo na
questão florestal. O estranho disso tudo é que, como a presidente só tem mais
três anos no cargo e a meta de fim da ilegalidade é para 2030, ela sentencia
que durante sua gestão teremos que continuar convivendo com a ilegalidade no
setor. É um recado muito ruim.
Também
não foi apresentado nenhum plano novo para as florestas, nenhum indicativo de
novas políticas. Nada de novo. Aliás, nada de novo mesmo, porque acabar com a
ilegalidade já havia sido anunciado no Plano de Clima do governo em 2008.
Perdemos anualmente mais de 1,1 milhão de hectares entre Amazônia e Cerrado.
Sem maiores esforços, este desmatamento vai continuar.
IHU
On-Line - Ainda sobre o comprometimento ambiental, a presidente disse
que o Brasil pretende atingir, até 2030, de 28% a 33% na matriz energética de
fontes renováveis de energia, reflorestar 12 milhões de hectares de florestas
até 2030, dar continuidade a políticas destinadas a eliminar o desmatamento ilegal
e a promessa de um compromisso brasileiro ambicioso de redução de emissões para
a COP-21. Que sinais o país está dando no sentido de cumprir essas metas?
Márcio
Astrini - No setor de energia, segundo maior emissor de gases de efeito estufa
do país, esse percentual de 28% é o que já existe de renováveis na nossa matriz
energética, portanto continuaríamos onde já estamos. Se alcançarmos o teto do
intervalo anunciado, isto é, 33%, o incremento será muito tímido no setor.
Lançamos um estudo onde demonstramos como conseguiríamos atingir em torno de
45% de renováveis até 2030. Já reflorestar ou recuperar 12 milhões de hectares
é o que já deve ser feito segundo a legislação brasileira que, aliás, fala em
24 milhões de hectares, isto é, o dobro do anunciado.
Quanto
a termos um compromisso ambicioso para a COP-21, não é o que tenho ouvido. A
impressão é que o governo já se dá por satisfeito com a redução do desmatamento
dos últimos anos e vai aguardar o desenrolar das negociações para ver se coloca
algo novo sobre a mesa. Nesta linha, o país vem perdendo a grande oportunidade
de se postar como líder neste debate e influenciar positivamente o acordo com
exemplos concretos. E precisamos fazer isso. Mudança de clima pode significar
prejuízos para nosso país em setores fundamentais da economia e,
principalmente, efeitos sociais perversos, com aumento de desigualdades.
Quem
paga a conta de um mundo mais quente são países que dependem de agricultura
como o nosso e que têm populações em situação social vulnerável. Pequenos agricultores
e assentados sofrerão mais do que aqueles que têm condições financeiras para se
adaptar, por exemplo. Devemos ser mais agressivos na questão. Há duas semanas
uma rede de ONGs chamada Observatório do Clima, da qual fazemos parte, lançou
uma proposta do que poderia ser esse compromisso brasileiro ambicioso, com
metas para cada principal setor emissor da economia. Este plano ainda demonstra
como sua implementação poderia trazer oportunidades de geração de emprego e
renda para o país. O governo tem até o final de setembro para enviar às Nações
Unidas o documento oficial de metas. Vamos torcer e cobrar para que seja
realmente ambicioso, mas não é o que vem sendo sinalizado até agora, prova
disso são as próprias declarações recentes da presidente no encontro com Obama.
“Perdemos
anualmente mais de 1,1 milhão de hectares entre Amazônia e Cerrado.”
IHU
On-Line - É possível especular em que irá consistir a proposta do
Brasil para a COP-21?
Márcio
Astrini - Ainda não. Há muitos estudos ainda sendo feitos e outros já
finalizados dentro do governo para subsidiar essas decisões. Isso é uma coisa
boa. Gerar informações, saber os potenciais e os riscos de cada setor do ponto
de vista econômico e social é fundamental. Mas sabemos que a decisão não é
apenas baseada na lógica, há um componente político e de estratégia de
negociação muito grande e que muitas vezes é imperativo nestes compromissos.
Temos um pouco mais de 60 dias para saber quais serão as propostas do Brasil.
Espero que elas não se baseiem no discurso feito pela presidente Dilma nos EUA.
IHU
On-Line - O desmatamento foi considerado, por um tempo, um dos maiores
vilões no Brasil para a emissão de gás carbônico. Depois, noticiou-se que houve
uma redução drástica do desmatamento e nos últimos tempos já se fala de um
aumento dos índices. Qual é a situação do desmatamento hoje no país? Qual é a
contribuição do desmatamento na emissão de gás carbônico?
Márcio
Astrini - Temos que tomar muito cuidado ao analisarmos o decréscimo dos índices
de desmatamento para não imaginarmos que, por conta da queda, os números estão
bons. Não estão. Há cerca de uma década tivemos o segundo pior índice de
floresta perdida da história, com 27.700 km2 só na Amazônia. Hoje
estamos com uma taxa em torno dos 5.000 km2, isto é, saímos de um
patamar absurdo, mas ainda temos um número muito grande. A redução é importante
e é uma vitória de toda a sociedade, mas perder 5.000 km2 por ano
significa que ainda estamos acumulando derrotas para as motosserras e, se
continuarmos assim, a floresta um dia acaba.
A
situação fica ainda mais inaceitável se considerarmos que, com o que temos hoje
de áreas abertas desmatadas e subutilizadas, poderíamos dobrar nossa produção
de alimentos sem derrubar mais nenhum hectare de floresta. Portanto, o
desmatamento pode e tem que acabar. E se acabar fará bem ao país, pois nossas
florestas são a melhor garantia que temos de distribuição de chuvas às lavouras
e aos estoques de água das cidades. Desmatar faz mal para o futuro. No Cerrado,
os índices são ainda piores.
O
desmatamento representa mais de 1/3 das emissões brasileiras, seguido da área
de energia, com 30% (incluindo transportes), e da agropecuária, com 26%. Estes
dados são de 2013 e devem ser atualizados em breve.
IHU
On-Line - Que visões acerca das mudanças climáticas e do enfrentamento
das mudanças climáticas o Brasil compartilha com os EUA?
Márcio
Astrini - O que há são declarações de ambos os lados, mas sem nada de concreto
ainda acontecendo. Todos dizem que combater as mudanças climáticas é importante
e urgente. Se as ações práticas tivessem equivalência aos discursos proferidos
pelos líderes de todos os países, já estaríamos com este assunto resolvido. No
mundo real, o que se faz é bastante diferente do que se fala. Entre Brasil e
EUA, uma agenda real conjunta poderia ocorrer, por exemplo, na área de energia,
com a expansão da fonte solar no Brasil. Seria uma boa agenda comum para ser
trabalhada. Gera emprego, diminui a conta de luz das pessoas e nos ajudaria a
garantir segurança energética. É positiva do ponto de vista ambiental,
econômico e social, mas precisa ganhar corpo e ações práticas. Já nos EUA, é
necessária uma mudança brusca nos padrões de consumo e de uso de combustíveis
fósseis atuais.
IHU
On-Line - O Brasil tem peso político nas Conferências do Clima? Qual?
Márcio
Astrini - Muito peso. O país é reconhecido nestas conferências pela sua
habilidade nas negociações, tanto para fazer bons acordos quanto para travar
pautas. Nossa diplomacia é talentosa. Também somos um dos principais emissores
mundiais, portanto nossas ações são decisivas para a redução das emissões. A
população do país também é muito grande e o Brasil é um país em
desenvolvimento. Juntando estes dois fatores, se não tivermos um plano de
crescimento baseado em matriz energética renovável, por exemplo, nossa curva de
emissões pode aumentar muito. Ainda há o fator florestal. Acabar com as
emissões de florestas via o fim do desmatamento e usá-las para remover carbono
da atmosfera é a forma mais simples e barata para se combater o aquecimento do
planeta. E nós temos a maior floresta tropical do mundo.
Também
somos um grande produtor de alimentos. Mudanças de clima podem pôr em risco boa
parte deste potencial, afetando seriamente produtores, principalmente os mais
pobres, comprometendo seriamente a renda dessas pessoas assim como a oferta
desses produtos ao mundo. Esses e outros fatores nos fazem estratégicos nessas
negociações e fazem também essas negociações serem estratégicas ao futuro do
país.
“Quem
paga a conta de um mundo mais quente são países que dependem de agricultura
como o nosso e que têm populações em situação vulnerável.”
IHU
On-Line - Como a proposta do G-7, de banir o uso de petróleo, gás
natural e carvão até 2100, deve repercutir na COP-21? O impacto deve ser
positivo ou negativo?
Márcio
Astrini – O impacto do anúncio pode ser positivo, mas tem um efeito reverso se
não for colocado em prática. Agora eles precisam dizer como e apresentar um
plano real para fazerem isso, definindo as etapas, recursos e dando
transparência ao acompanhamento das ações. Nós vamos pressionar, inclusive,
para que este banimento ocorra antes.
IHU
On-Line - A China não faz parte do G-7. Qual é o peso de o país se opor
à decisão do G-7 de algum modo? Como o anúncio do G-7 recoloca a discussão do
princípio de responsabilidades compartilhadas, porém diferenciadas, que será
feita na COP-21?
Márcio
Astrini – A China tem peso em toda e qualquer decisão de clima que possa
ocorrer, pois é o país que mais emite. Sozinha, é responsável por quase ¼ das
emissões globais. Qualquer sucesso nas negociações e no combate ao aquecimento
do planeta passa pelos chineses darem uma contribuição ambiciosa no processo.
O
princípio das responsabilidades comuns e diferenciadas é um ponto sempre dos
mais difíceis nestas negociações. É como estarmos compartilhando uma mesa em um
restaurante onde alguns já jantaram, beberam e estão na sobremesa. Outros
chegaram mais tarde e ainda estão no prato de entrada e alguns sequer se
sentaram à mesa. Mas a conta chegou neste exato momento e, obviamente, não é
justo que todos paguem a mesma quantia. Há que se fazer uma divisão e quem
consumiu mais, paga mais. Esta é a analogia que se faz quando se discutem nas
conferências as responsabilidades sobre o problema e, portanto, quem tem mais
deveres. Porém, por outro lado, também há a analogia de que o barco está
afundando e, se ficarmos discutindo apenas de quem é a culpa dos furos no casco
do navio, acabaremos todos no fundo do mar. Achar uma equação justa entre estes
dois mundos não é simples, mas, certamente, quando os compromissos começam a
aparecer de forma concreta, é mais fácil de aproximar os lados e chegar a um
acordo; portanto, este anúncio ajuda na discussão.
IHU
On-Line - Que aspectos são diferentes hoje do que foi à época em que se
propôs Kyoto, tanto em relação aos dados acerca das mudanças climáticas quanto
acerca da postura dos países no sentido de tomar uma decisão de enfrentar as
mudanças climáticas?
Márcio
Astrini - Acredito que as informações científicas sobre as alterações do clima,
o sentido de urgência e a evolução tecnológica são pontos positivos. No ano
passado os cientistas cravaram a certeza de que o que está ocorrendo com o
planeta é devido à ação humana; isto faz diferença. O envolvimento crescente da
população e da opinião pública é fundamental, pois só pressionados os líderes
desses mais de 190 países que compõem as conferências de clima se chegará a um
acordo satisfatório.
Temos
agora gestos valiosíssimos como a encíclica do Papa Francisco e estudos que
demonstram o quanto o aquecimento do planeta afeta a saúde das pessoas e
desperdiça investimentos em pesquisas. São fatores sociais e humanos que
contribuem muito no debate. Há também o infeliz fato de que as mudanças
climáticas estão cada vez mais presentes em formas de catástrofes naturais ao
redor do mundo, castigando principalmente populações já necessitadas, o que
deixa o sinal vermelho do aquecimento do planeta ainda mais visível.
IHU
On-Line - Quais deverão ser os pontos mais difíceis de negociação?
Márcio
Astrini – As responsabilidades dos países e, principalmente, chegar a uma
quantidade e qualidade suficiente de compromissos para limitar o aquecimento do
planeta a 2ºC. Este último ponto dificilmente se encerrará em Paris. Neste
momento 194 países estão escrevendo suas promessas sobre clima. Em Paris,
saberemos se estas promessas são suficientes ou não e, caso não sejam, o quanto
ainda falta para esta conta fechar. Portanto, esta é uma etapa. Chegar ao
volume e à consistência necessários de promessas é um desafio. Cumpri-las, então,
é um caso a parte.
“Temos
que tomar muito cuidado ao analisarmos o decréscimo dos índices de desmatamento
para não imaginarmos que, por conta da queda, os números estão bons.”
IHU
On-Line - Qual deve ser o peso e a relevância da COP-21 em relação às
demais Conferências do Clima?
Márcio
Astrini - Uma etapa importante, ou das mais importantes. Mas temos que ter o
cuidado de não acharmos que tudo irá se definir em Paris, mesmo porque a
solução real se dá nas ações concretas em cada país. Lá temos a chance de dar
um salto fundamental nas negociações, mas não iremos resolver todos os
problemas. Se acharmos que tudo será resolvido em dezembro na França, poderemos
nos decepcionar e correremos o risco de não nos concentrarmos em construir os
avanços para caminhar rumo à solução necessária. Mas é claro que, para isso,
alguns desses avanços importantes precisam de fato ocorrer em Paris, como
estabelecer o compromisso do Fim do uso dos combustíveis fósseis para 2050, por
exemplo.
IHU
On-Line - Que cenário está vislumbrando para a COP-21? Diferente das
outras Conferências do Clima, nesta há mais evidências de que os chefes de
Estado poderão chegar a um acordo global para substituir Kyoto?
Márcio
Astrini - Não se trata apenas de substituir Kyoto, mas de fazer o que precisa
ser feito. Vai haver muita cobrança sobre os negociadores e chefes de Estado. O
governo Francês parece muito empenhado em garantir a presença maciça de
presidentes e primeiros-ministros lá. Neste mês de julho os cientistas do
painel de clima irão atualizar os dados sobre mudanças climáticas e fazer novas
e talvez mais fortes recomendações para serem encaminhadas aos países. A
imprensa deve fazer uma ampla cobertura. O Papa lançou uma encíclica sobre o
meio ambiente, um documento absolutamente fundamental e precioso. As pessoas
estarão de olho. Temos, portanto, a opinião pública, a fé e a ciência cobrando
por um acordo. Vamos trabalhar com isso, precisamos pressionar para ter bons
resultados. Espero que eles venham. (ecodebate)
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