Nível do
Cantareira se mantém estável; demais reservatórios caem.
Cantareira
opera com 19,3% da capacidade.
Chuva no sistema
no mês é 43,8% do esperado para julho.
O
nível de água do Sistema Cantareira se manteve em 19,3% dia 17/07 segundo dados
divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Pelo
quarto dia seguido, não choveu nada no manancial e o acumulado de julho segue
em 21,9 milímetros, 43,8% dos 50 mm esperados para o mês.
Os
demais cinco reservatórios que abastecem a Grande São Paulo caíram. Em 17/07 o
Alto Tietê foi de 19,7% para 19,5%; Guarapiranga, de 78,3% para 78,2%; Alto
Cotia, de 65,7 para 65,7; Rio Grande foi de 91,7% para 91,4% e Rio Claro, de
73% para 72,7%.
Chuvas
O
Cantareira, que abastece 5,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo, terminou
junho com menos chuvas que o previsto, a exemplo do que também ocorreu em abril
e maio.
A
chuva do mês passado também não foi boa para os demais reservatórios que
abastecem a Grande São Paulo. Com exceção do Sistema Rio Claro, que recebeu
mais que o dobro do previsto, todos os demais ficaram abaixo do esperado.
O
Guarapiranga, hoje o principal sistema da Grande São Paulo, com 5,6 milhões de
pessoas atendidas, registrou 27,2 mm de precipitação em junho, pouco mais da
metade do esperado.
O
governador Geraldo Alckmin voltou a descartar a implantação de um racionamento,
mas a crise hídrica ainda não chegou ao fim. O Cantareira terminou a estação
chuvosa, encerrada em maço, com apenas a segunda cota do volume morto
recuperada, ou seja, a primeira cota ainda não foi reposta e o manancial segue
operando no vermelho.
Abastecimento
O
Sistema Cantareira, que já foi o principal da Grande São Paulo, atendendo 8,8
milhões de pessoas, teve uma nova redução no número de clientes, passando de
5,4 milhões para 5,3 milhões, informou a Sabesp.
Os
200 mil clientes tirados do Cantareira foram incorporados pelo Sistema Rio
Claro, que abastece 1,5 milhão de pessoas na Grande São Paulo. Isso foi
possível após a conclusão, no dia 30 de maio, de uma ligação entre duas
adutoras na Vila Ema, Zona Leste.
Com
a obra, os bairros da Mooca, São Mateus, Vila Formosa, Vila Alpina e Sapopemba
passam a ser atendidos prioritariamente pelo Sistema Rio Claro, que agora
responde por 80% da água fornecida. Os demais 20% ficaram com o Cantareira.
Até
2013, antes da crise, a proporção era inversa: o Cantareira fornecia cerca de
80% da água consumida nesses locais, contra 20% do Sistema Rio Claro.
Índices
O índice de 19,3% do Cantareira divulgado pela Sabesp considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água. Após ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O índice de 19,3% do Cantareira divulgado pela Sabesp considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água. Após ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O
segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume
total de água do Cantareira. Nesta sexta, ele era de 14,9%. O terceiro índice
leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica
pelo volume útil. Em 17/07/15 o índice era de -10%.
Imagem de
27/06/15 da represa do Jaguari, que faz parte do Sistema Cantareira, em Jacareí,
interior de São Paulo. (g1)
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