Média de investimentos das empresas em sustentabilidade
é de apenas 2%, diz pesquisa
Executivos
entrevistados afirmaram que a preocupação com o meio ambiente é importante, mas
“não agora”. Especialista vê resultado da pesquisa com preocupação.
Duas
pesquisas sobre a área ambiental e o mundo corporativo, feitas recentemente,
viraram motivo de preocupação. Uma delas, guiada pela empresa britânica
Verdantix, foi realizada com 250 líderes empresariais em 13 países. A outra,
elaborada pelo Boston Consulting Group (BCG) em parceria com o Instituto de Tecnologia
de Massachusetts, o MIT na sigla em inglês, entrevistou 2.300 diretores de
empresas. O resultado das duas pesquisas revelou que a maioria dos executivos
só se interessa por sustentabilidade se o assunto significar redução de custos.
De
acordo com o resultado das pesquisas, cerca de 90% dos entrevistados contaram
que é o fator lucratividade que os fazem inserir a empresa no mundo
“ecologicamente correto”. Além disso, poucas empresas investem mais do que 2%
em ações de sustentabilidade, o que é preocupante devido ao impacto que a
maioria das corporações causa na natureza.
Apesar
do tema ter passado a receber destaque na mídia a partir da década de 1970 com
a realização de uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) na
cidade de Estocolmo, os empresários ainda acham que é cedo para pensar de forma
mais séria sobre o assunto. É o que aponta a pesquisa da Verdantix: a maioria
dos entrevistados afirmou que a sustentabilidade é importante, mas não agora.
Para
Eduardo Tirlone, coordenador do MBA Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental do
Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG), esse é um dos pontos de
deficiência na área de Gestão Ambiental em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Mas o problema não se resume a isso. Segundo ele, quando o planejamento
ambiental existe, ele é, na maioria das vezes, bastante falho. Além disso,
avalia Tirlone, as normas e legislações ambientais são ignoradas pelas pessoas
e corporações.
“O
país acaba gerando resíduos desnecessários e em grande volume, por causa do crescimento
populacional, continua permitindo o desmatamento, desperdiçando água, e mais
uma série de outros problemas”, alerta Tirlone. (ecodebate)
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