Ela pode desaparecer no
futuro.
As batatas precisam de
temperaturas amenas durante a noite para crescer e podem acabar desaparecendo com
o aquecimento global.
E não são só as batatas.
5 alimentos que não toleram
pequenas mudanças climáticas
Se você acredita em
termômetros, também deve acreditar no aquecimento global. E se você é do tipo
que gosta de comer batatas fritas com seu hambúrguer, deveria se preocupar com
a questão da emissão de carbono.
Isso não acontecerá da noite
para o dia, mas com as mudanças climáticas no planeta, o cultivo de alguns
alimentos será fortemente afetado, de modo que mesmo pequenas mudanças poderão
impedir que você peça batatas fritas como acompanhamento para o seu lanche.
Para saber mais sobre isso, consultamos Gerald C. Nelson, Professor emérito da
University of Illinois, especialista em agricultura e mudanças climáticas.
Conheça os cinco alimentos que perderão a guerra contra o calor e como a falta
deles afetará sua dieta.
Batatas
Regiões afetadas: Todas, mas
principalmente a Índia.
O que perderíamos: Batatas
fritas, purê de batatas, batatas cozidas, vários acompanhamentos para carne,
aloo masala (batatas e ervilhas com especiarias), etc.
“As batatas precisam de uma
temperatura mais branda à noite, para o crescimento do tubérculo que é a parte
que nós comemos”, diz Nelson. Uma das áreas específicas citadas por ele, é o
sopé do Himalaia, na Índia, então até o garoto do filme Quem Quer Ser um
Milionário poderia ser afetado pelo fim das batatas.
Café arábica
Regiões afetadas: América
Latina (Nicarágua, México, Honduras, Guatemala).
O que perderíamos: Café com
leite, ir a uma cafeteria, usar Wi-Fi de graça e flertar com as atendentes
enquanto apreciamos uma boa xícara de café.
A temperatura e a altitude
são duas das principais preocupações no cultivo do café, então os agricultores
podem acabar encurralados entre a cruz e a espada. “Sabemos que o café pode ser
cultivado até certa temperatura”, diz Nelson. “O máximo que os agricultores
podem fazer é tentar plantar em lugares tão altos quanto possível”. O cultivo
do café arábica de alta qualidade está particularmente em risco, devido à
necessidade de temperaturas mais baixas. Junto com o aumento da temperatura,
temos também a maior proliferação de pragas e doenças nas plantações.
Maçãs de qualidade.
Maçãs de qualidade.
Regiões afetadas: Estados
Unidos e Japão
O que perderíamos: Maçãs
firmes e suculentas. “As maçãs precisam de um período de vernalização
(tratamento no qual se resfriam sementes para que floresçam precocemente) no
inverno. Se o período de climas mais frios diminuir, teremos mais problemas
para cultivar árvores frutíferas, como macieiras ou cerejeiras", diz
Nelson. Além de uma diminuição da safra, um estudo japonês confirmou que a
qualidade das maçãs também diminuirá lentamente, como as maçãs colhidas ao
longo dos últimos 40 anos, que estão substancialmente menos firmes e mais
doces, ao contrário de todas as outras coisas em nossa cultura.
Trigo duro
Trigo duro
Regiões afetadas: Estados
Unidos, Canadá, China, Índia, Rússia e Austrália
O que perderíamos: Macaroni,
espaguete e rigatone!
Nããããoooo!!!!
Como um verdadeiro professor,
Nelson me enviou algum dever de casa antes da nossa conversa. “The End of
Pasta” é uma leitura obrigatória para ambientalistas e amantes do molho de
tomate, e fala sobre vários dos problemas que o aquecimento global trará às
plantações de trigos duros nacionais e internacionais, que são especificamente
utilizadas na produção da massa seca. Uma mudança de apenas 1 grau ao longo dos
últimos 50 anos já provocou uma queda de 5.5% nas colheitas. Espera-se uma
queda de até 25% nos anos mais quentes até 2050. Mamma Mia!
Arroz
Arroz
Regiões afetadas: Todas as
principais produtoras de arroz
O que perderíamos: Muitos
pratos da culinária chinesa, Rice-A-Roni (preparado de arroz e macarrão
temperados) e um alimento presente na mesa de famílias de todo o mundo.
Mesmo se falarmos apenas dos
efeitos diretos do aumento da temperatura, veremos que o arroz está em apuros.
“À medida que as temperaturas noturnas aumentam, o arroz terá mais e mais
problemas para florescer, o que causará um impacto negativo nas colheitas”, diz
Nelson. Além desta consequência direta, o aumento no nível do mar inundará
vários arrozais e perturbará os níveis de salinidade da água, enquanto as secas
diminuirão a produção, causarão o aumento dos preços e trarão vergonha aos
ocidentais, que são desajeitados demais com os pauzinhos para conseguir
consumir o novo grão que possivelmente, será adotado. (yahoo)
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