Agência da ONU propõe limites às emissões de carbono para aviões
Companhias aéreas são responsáveis por cerca de 2% das emissões globais de carbono.
Companhias aéreas são responsáveis por cerca de 2% das emissões globais de carbono.
Depois de mais de seis anos de negociações, líderes
da aviação global concordaram sobre os primeiros padrões mundiais de emissões
de dióxido de carbono para os programas de fabricação de novas aeronaves,
informaram duas fontes familiarizadas com o assunto. As novas regras propostas,
anunciadas em Montreal pela Organização Internacional de Aviação Civil (Icao),
agência das Nações Unidas especializada em aviação, seriam aplicáveis a todos
os novos aviões entregues após 2028.
O acordo é o mais recente de uma série de esforços
internacionais para combater as alterações climáticas. Até agora, os aviões não
tinham sido incluídos em qualquer pacto internacional sobre mudanças no clima,
como o recente Acordo de Paris ou o Protocolo de Montreal, previsto para ser
concluído este ano.
As novas normas exigiriam uma redução de 4% no
consumo de combustível das novas aeronaves a partir de 2028, na comparação com
os modelos atuais. A proposta também define novos limites para os aviões em
produção que serão entregues depois de 2023. Dependendo do tamanho da aeronave,
as reduções reais seriam de até 11%, com um desempenho melhor em aviões
comerciais maiores, de acordo com analistas.
Companhias aéreas são responsáveis por cerca de 2%
das emissões globais de carbono - mais ou menos como a Alemanha. Mas muitos
analistas acreditam que as emissões poderiam triplicar até o meio do século,
diante do crescimento esperado nas viagens aéreas nas próximas décadas.
Antes de se tornarem vinculativas, as normas devem
ser formalmente aprovadas em junho pelo Conselho da Aviação Civil - composto
por 36 Estados membros -, e depois aprovadas pela assembleia do órgão em
outubro. A partir daí, cada país deve promulgar a decisão na sua legislação ou
regulamentação nacional.
As novas normas, no entanto, não se aplicam a
aeronaves existentes em operação, fato criticado por ambientalistas.
(biodieselbr)
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