Acordo
visa diminuir a emissão de gás de efeito estufa, chamado de HFCs, podendo
evitar o aquecimento de até 0,5ºC.
Um
acordo internacional fechado em 15/10/16 para a redução de emissões de um
poderoso tipo de gás de efeito estufa pode ajudar a evitar um aquecimento de
até 0,5°C na temperatura média global até o fim deste século. Em encontro em
Kigali (Ruanda), 197 países (Brasil incluído) decidiram reduzir as emissões dos
hidrofluorcarbonetos, ou simplesmente HFCs, gases usados em refrigeradores e
aparelhos de ar-condicionado e conhecidos como superpoluentes por sozinhos,
terem capacidade enorme de aquecimento. Apesar de ocorrerem em quantidade
relativamente pequena na atmosfera - a concentração de CO2, o gás
estufa mais comum, é muito maior -, eles aprisionam milhares de vezes mais
calor.
A
decisão ocorreu como uma emenda ao Protocolo de Montreal, que em 1987 tinha
estabelecido o fim do consumo de gases que destroem a camada de ozônio. Foram
banidos, por exemplo, os CFCs (clorofluorcarbonetos), que também eram usados em
aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e sprays. O acordo é considerado um
dos mais bem-sucedidos na questão climática, por levar a uma redução de 98% na
produção de gases nocivos à camada que protege o planeta da entrada dos raios
solares mais nocivos e causadores de câncer de pele. Hoje a camada de ozônio
voltou a se recuperar.
Os
HFCs, que ficaram liberados, não causam esse problema, mas logo se viu que eles
funcionavam como poderosos aquecedores. E sua concentração vem crescendo na
taxa de 10% ao ano, principalmente por causa de um aumento da demanda, nos
últimos anos, por resfriamento em um círculo vicioso, quanto mais o mundo
aquece por causa desses gases, mais ainda eles são consumidos.
Após
duas semanas da conferência das partes do Protocolo de Montreal, todos os
países se comprometeram a agir para reduzir suas emissões de HFCs. As nações
desenvolvidas começarão a reduzir suas emissões a partir de 2019, enquanto os
países em desenvolvimento vão congelar seus níveis de consumo a partir de 2024.
O objetivo é que, até 2047, o consumo total tenha caído de 80% a 85% em relação
aos valores atuais.
Quase 200 países acordam reduzir gases de efeito estufa
Representantes de quase 200 países chegaram hoje a
um acordo sobre a redução faseada de potentes gases de efeito estufa usados em
frigoríficos e ares condicionados, anunciou o ministro dos Recursos Naturais do
Ruanda, que acolheu as conversações.
A
medida é considerada isoladamente a mais efetiva para a contenção do
aquecimento global e é a primeira grande ação desde que foi fechado, no ano
passado, o Acordo de Paris, que prevê que os países atuem para conter o aumento
da temperatura global a bem menos de 2°C até o fim do século, com esforços para
ficar em no máximo 1,5°C.
Elogios
“Quanto
mais rápido nós agirmos, mais baixos serão os custos e mais leve será o impacto
ambiental sobre nossas crianças”, declarou o presidente de Ruanda, Paul Kagame.
“Não é sempre que temos a chance de ter uma redução de 0,5°C tomando um único
passo juntos como países”, comemorou o secretário de Estado dos Estados Unidos,
John Kerry. (r7)
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