Com La Niña fraco ou clima dentro da normalidade, pouca
coisa muda para agricultura brasileira
Com La Niña fraco ou clima
neutro, nada muda para agricultura brasileira. Primavera terá melhores
condições para as lavouras.
Meteorologista
da Climatempo mostra como serão os meses de outubro, novembro e dezembro em
relação às temperaturas e precipitações.
Após a influência do El Niño, fenômeno climático
que se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, as previsões
climáticas indicavam que a partir da primavera de 2016 o clima seria
influenciado pela ocorrência da La Niña, [fenômeno oposto] que ocorre a partir
do resfriamento das águas superficiais do Pacífico.
Recentemente, novos dados meteorológicos de
agências em todo o mundo começaram a trazer dúvidas sobre as expectativas de
formação da La Niña. O NOA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos,
sigla em inglês) publicou na última semana que "as condições para o
fenômeno são favoráveis [de 50%] para formação entre a primavera e verão do
hemisfério sul.”
Porém, o meteorologista da Climatempo, Alexandre
Nascimento, explica que a maior parte das previsões tem indicado um fenômeno de
baixa intensidade, onde as condições seriam muito próximas a um clima de
neutralidade.
"A diferença é mínima para o que vinha sendo
previsto e o que os atuais modelos indicam agora. Do ponto de vista prático, as
condições de clima para a América do Sul terão pouca alteração", diz
Nascimento.
Muito embora as medições continuem indicando o
resfriamento das águas do Pacífico, o meteorologista ressalta que o NOA prevê
apenas uma anomalia de 0,1°C a 0,2°C no pacífico equatorial. Em tese, a La Niña
traz regularidade de chuvas para algumas regiões brasileiras e seria positiva
para a produção de grãos na safra 2016/2017.
Para Nascimento a possibilidade de formação de La
Niña de baixa intensidade ou condições neutras para o clima, ambas trazem pouca
influência a produção agropecuária brasileira.
Assim, "as previsões
indicam que o próximo trimestre será de temperaturas ligeiramente mais altas e
chuvas irregulares em todo o país", acrescenta. (Confira o mapa climático).
"A inconstância das
chuvas é que define a irregularidade, mas não será um tempo completamente seco
como foi 2015", afirma o meteorologista. (noticiasagricolas)
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