Agência Nacional de Águas (ANA) publica Informe 2016 do relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil.
A
Agência Nacional de Águas (ANA) publicou o Informe 2016 do relatório Conjuntura
dos Recursos Hídricos no Brasil. Esta nova edição atualiza a versão do ano
anterior e dá amplo destaque aos efeitos da disponibilidade hídrica para os
usos múltiplos diante da recorrência de secas históricas, em especial aquelas
ocorridas no Semiárido brasileiro. A nova edição do Informe está disponível para download no site da ANA.
Atribuição
conferida à ANA pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) por meio da
Resolução nº 58/2006, o relatório pleno Conjuntura dos Recursos Hídricos no
Brasil é elaborado a cada quatro anos pela ANA, que também publica anualmente
informes com atualizações de conteúdo – como é o caso desta versão, que traz
dados e análises disponíveis até dezembro de 2015.
O
Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil é fruto de um extenso trabalho feito
com cerca de 50 instituições parceiras, disponibilizando a informação mais
atual possível. Fazem parte dessa rede de instituições parceiras os órgãos
gestores estaduais de meio ambiente e recursos hídricos, além de órgãos
federais, como a Secretaria Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
(SRHU) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet).
Dividido
em três grandes capítulos, o Informe 2016 traz informações relevantes sobre o
estado da arte dos recursos hídricos no Brasil, relacionando-as com a disponibilidade
hídrica e a gestão em território nacional. anomalias de precipitações ocorridas
em 2015, especialmente nas Regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste
Um
dos apontamentos do Informe 2016 do Conjuntura diz respeito às, além de chuvas
muito intensas na Região Sul do País. O ano 2015 foi marcado por elevadas
precipitações principalmente no Sul do Brasil enquanto que várias partes do
país registraram baixas precipitações, com probabilidade de ocorrência inferior
a 1%, como ocorreu em Roraima, por exemplo. No Nordeste houve um aumento da
intensidade da seca em relação ao registrado em 2014, com destaque para a
severidade da seca observada no Maranhão e no Piauí.
De
acordo com a publicação, apesar de o ano de 2015 não ter sido caracterizado como
extremamente seco, ainda assim a recuperação do volume de água armazenado nos
reservatórios brasileiros não foi satisfatória.
As
vazões afluentes aos reservatórios das UHEs Sobradinho e Furnas, por exemplo,
permaneceram próximas às vazões mínimas historicamente aferidas, considerando
os registros históricos do período de 1931 a 2011. No Sudeste, o Sistema
Cantareira e o Sistema Hidráulico do Rio Paraíba do Sul também não tiveram seus
volumes de água armazenada recuperados em 2015. O relatório mostra também um
deslocamento da seca da Região Sudeste para o norte de Minas Gerais.
(ecodebate)
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