Com as mudanças climáticas corais
do mundo sofrerão branqueamento severo, alerta ONU.
ONU
Brasil
Segundo
a ONU Meio Ambiente, os corais são um dos ecossistemas mais importantes do
planeta e estão perdendo suas cores devido aos impactos da mudança climática.
Recifes de corais já estão sob ameaça devido à pesca excessiva e ao turismo e
são muito vulneráveis à mudança climática porque são afetados facilmente pelo
aquecimento das águas.
Corais na Ilha Jarvis,
território norte-americano no sul do Oceano Pacífico.
Se
as tendências atuais continuarem e o mundo deixar de reduzir as emissões de
gases de efeito estufa, quase todos os recifes de coral do mundo sofrerão
branqueamento severo, alertou em 05/01/17 um novo estudo do Programa da ONU
para o Meio Ambiente (PNUMA).
Segundo a agência, os corais são um dos ecossistemas mais
importantes do planeta e estão perdendo suas cores devido aos impactos da
mudança climática.
Pelas
projeções do estudo, os recifes de Taiwan e das ilhas caribenhas Turcas e
Caicos serão os primeiros a enfrentar o branqueamento anual. Algumas décadas
depois, será a vez dos corais do Barein, do Chile e da Polinésia Francesa
perderem suas cores.
Segundo
o chefe do PNUMA, Erik Solheim, “as previsões representam um tesouro para os
que lutam para proteger um dos ecossistemas mais magníficos e importantes do
mundo. Com os dados, pesquisadores e governos poderão agir antes que seja tarde
demais e priorizar a conservação”.
O
estudo aponta que, em média, os corais vão começar a sofrer um branqueamento
anual a partir de 2043. Sem o mínimo necessário de cinco anos para a
regeneração, as ocorrências anuais terão um efeito mortal sobre os corais e
perturbarão os ecossistemas que eles suportam.
Ao
sofrerem um processo de branqueamento, os corais perdem a capacidade para
proteger peixes, animais marinhos e áreas costeiras.
No
entanto, se os governos assumirem as promessas do Acordo de Paris e reduzirem
as emissões de gases, os recifes terão mais 11 anos para se adaptar ao
aquecimento da água do mar antes de começarem a perder a coloração.
Entre
2014 e 2016, houve o maior branqueamento já registrado no mundo, que matou
corais numa escala sem precedentes. No ano passado, 90% da Grande Barreira de
Corais da Austrália sofreu branqueamento e mais de 20% dos recifes da região
acabaram morrendo.
Os
recifes de corais já estão sob ameaça devido à pesca excessiva e ao turismo e
são muito vulneráveis à mudança climática porque são afetados facilmente pelo
aquecimento das águas.
Quando
a temperatura do mar sobe, as algas que dão as cores vibrantes aos corais saem
do hospedeiro, fazendo com que os corais fiquem brancos. Sem as algas, os
corais correm risco de passar fome e ficam suscetíveis a doenças. Acesse o estudo
clicando aqui. (ecodebate)
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