Discussão sobre o assunto está na Casa Civil, mas
caberá ao presidente Temer aprovar.
O governo estuda acabar com
o horário de verão. O assunto está em avaliação na Casa Civil e caberá ao
presidente Michel Temer bater o martelo. A intenção da equipe envolvida nas discussões
é decidir sobre o tema nas próximas semanas, já que o próximo período de
vigência do horário diferenciado está previsto para começar em outubro até
fevereiro.
O horário de verão foi
criado com o objetivo de economizar energia elétrica durante o período em que
está em vigor. Um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do
Ministério de Minas e Energia concluiu, no entanto, que essa política pública
traz efeitos “ próximos à neutralidade” com relação à economia de energia
elétrica. Ou seja, o principal objetivo da medida, economizar eletricidade, não
é mais atingido. Foi a partir daí que o assunto passou a ser analisado por
outros entes do governo.
A avaliação é de que o
período em que a maior parte do país adianta o relógio em uma hora já faz parte
dos costumes e da cultura do brasileiro. Por isso, a decisão que vier a ser
tomada levará em conta também esses aspectos, além da capacidade de economizar
energia.
Entre os técnicos que
defendem a medida dentro do governo, o argumento é de que o horário pode ser
positivo para setores como comércio e turismo, apesar do pouco impacto na
economia de energia. Isso porque as pessoas têm mais uma hora para consumir, o
que seria benéfico para empresas desses setores econômicos.
A Casa Civil informou que
foi criado um grupo de trabalho especialmente dedicado a analisar a eficácia do
horário de verão, após a conclusão dos estudos técnicos. Disse ainda que uma
decisão deve sair “em breve”, mas não deu prazo. A decisão cabe apenas ao Poder
Executivo, ou seja, não precisa passar pelo Congresso Nacional.
O horário de verão começou em
15/10/2017.
As discussões sobre o
horário de verão ganharam força no governo após um estudo do ONS e do
ministério constatar que a “adoção desta política pública atualmente traz
resultados próximos à neutralidade para o consumidor brasileiro de energia
elétrica, tanto em relação à economia de energia, quanto para a redução da
demanda máxima do sistema”. O estudo atribui esse resultado à “mudanças no
perfil” da sociedade e na “composição da carga”, que vem sendo observado nos
últimos anos.
No passado, quando o
horário era mais eficiente, as pessoas e empresas eram estimuladas a encerrarem
suas atividades do dia com a luz do sol ainda presente, evitando que muitos
equipamentos estivessem ainda ligados quando acionada a iluminação noturna.
A mudança do perfil do
brasileiro, no entanto, mudou as características do consumo. Muita gente deixou
de ter um horário tradicional de trabalho, chegando em casa já à noite. Além
disso, principalmente durante as tardes de verão, o uso de equipamentos, como o
ar condicionado, foi intensificado. (oglobo)
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