A Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais divulgou o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil em 2016. Descreve a produção e destino final dos resíduos sólidos urbanos – RSU, resíduos de saúde – RSS, resíduos de construções e demolições – RCD e os previstos nos acordos de logística reversa. Este conteúdo está descrito nos meus artigos anteriores publicados no Portal EcoDebate.
Neste artigo e com base neste panorama da Abrelpe, estão as
informações específicas sobre a geração de resíduos e sua destinação final na
Região Centro-Oeste do Brasil em 2016. Esta região é composta de três Estados:
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e do Distrito Federal e possui 467
municípios.
Em relação aos resíduos sólidos urbanos – RSU, a Região
Centro-Oeste produziu 16.988 toneladas/dia com 8,2% do total do país e queda de
1,8%, sendo a produção per capita habitante/dia de 1,085 Kg com queda de 3,2%
em relação ao panorama anterior. Os recursos financeiros aplicados pelos
municípios do Centro-Oeste foram de R$ 3,10 por habitante/mês na coleta dos RSU
e 3,25 nos demais serviços de limpeza urbana, com total de R$ 6,35 por
habitante/mês. Os serviços de limpeza urbana movimentaram 1.185 bilhões com
queda de 11 milhões em relação ao ano de 2015.
Ano
|
Toneladas/dia
|
Kg/habitante/dia
|
2015
|
17.306
|
1.121
|
2016
|
16.988
(-1,8%)
|
1.085
(-3,2%)
|
Tabela – Geração diária total e individual de RSU na Região Centro-Oeste
do Brasil em 2016.
Quanto à coleta dos RSU, 94% foram recolhidos, com queda de 1,4%
no total e de 2,8% per capita. 69,7% correspondentes a 11.145 toneladas/dia
foram destinados para lixões e aterros controlados sem tratamentos adequados.
Ano
|
Toneladas/dia
|
Kg/habitante/dia
|
2015
|
16.217
|
1.050
|
2016
|
15.990
(-1,4%)
|
1.021
(-2,8%)
|
Tabela 2 – Quantidade de RSU coletados na Região Centro-Oeste do
Brasil em 2016.
Em relação à coleta seletiva, 202 dos 467 municípios da Região
Centro declaram que possuem iniciativas, mas não há informações sobre os
números desta atividade. Na maioria dos municípios é provável que as
iniciativas sejam de pequeno porte, sem uma influência significativa no
conjunto da gestão dos RSU. A disposição final sem tratamentos em aterros
controlados aumentou em 0,3% e em lixões diminuiu 0,1% em relação ao panorama
anterior.
Ano
|
Aterro sanitário (ton./dia)
|
Aterros controlados
(ton./dia)
|
Lixões (ton./dia)
|
2015
|
4.950
= 30,5%
|
7.755
= 47,8%
|
3.512
= 21,7%
|
2016
|
4.845
= 47,8%
|
7.690
= 48,1%
|
3.455
= 21,6%
|
Tabela 3 – Disposição final dos RSU na Região Centro-Oeste do
Brasil em 2016.
Resíduos de construções e demolições –
RCD – coletaram-se 13.813 toneladas/dia
com geração per capita de 0,882 Kg/habitante/dia. Houve diminuição no total
coletado e na geração individual dos RCD.
Ano
|
Toneladas/dia
|
Kg/habitante/dia
|
2015
|
13.916
|
0,981
|
2016
|
13.813
|
0,882
|
Tabela 4 – Coleta de RCD na Região Centro-Oeste do Brasil em 2016.
Resíduos sólidos de saúde – RSS – Foram produzidos 18.721
toneladas de RSS na Região Centro Oeste em 2016, com geração per capita média
de 1,195Kg/habitante. Os tratamentos utilizados foram autoclave em 24%,
incineração em 64% e outros destinos não especificados em 12%, possivelmente
com disposição inadequada em lixões, aterros e valas sanitárias.
Estado
|
2015 (Ton/ano –
Kg/habitante/ano)
|
2016 (Ton/ano –
Kg/habitante/ano)
|
Goiás
|
7.830
– 1.184
|
7.810
– 1.166
|
Distrito Federal
|
4.118
– 1.413
|
4.024
– 1.352
|
Mato Grosso do Sul
|
3.665
– 1.382
|
3.535
– 1.318
|
Mato Grosso
|
3.432
– 1,051
|
3.352
– 1.014
|
Total
|
19.045
– 1.233
|
18.721
– 1.195
|
Tabela 5 – Geração de RSS na Região Centro Oeste do Brasil em
2016.
No documento da Abrelpe não há informações específicas sobre a
reciclagem e a logística reversa na Região Centro-Oeste. (ecodebate)
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