sábado, 9 de dezembro de 2017

Resíduos Sólidos na Região Nordeste do Brasil em 2016

O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil em 2016 da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – Abrelpe descreve a produção e destino final dos resíduos sólidos urbanos – RSU, resíduos de saúde – RSS, resíduos de construções e demolições – RCD e os previstos nos acordos de logística reversa. Nos meus artigos anteriores publicados no Portal EcoDebate estão informações sobre o país e as regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste e Norte. Neste artigo constam as informações específicas sobre a geração de resíduos e sua destinação final na Região Nordeste com nove Estados – Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, com 1.754 municípios.
Resíduos sólidos urbanos, RSU – A Região Nordeste produziu 55.056 toneladas/dia com 22% do total do país e queda de 1,4% em comparação com o panorama de 2015. A produção per capita/habitante /dia foi de 0,967 Kg com queda de 2,1%. Os recursos financeiros aplicados pelos municípios da Região Nordeste foram de R$ 3,10 por habitante/mês na coleta dos RSU e R$ 5,25 nos demais serviços de limpeza urbana, com total de R$ 8,35 por habitante/mês. Os serviços de limpeza urbana movimentaram R$ 5.703 bilhões.
Ano
Toneladas/dia
Kg/habitante/dia
2015
55.862
0,988
2016
55.056 (-1,4%)
0,967 (-2,1%)
Tabela – Geração diária total e individual de RSU na Região Nordeste do Brasil em 2016.
Quanto à coleta dos RSU, 79% foram recolhidos, mas 64,4% correspondentes a 27.906 toneladas/dia foram destinados para lixões e aterros controlados sem tratamentos adequados.
Ano
Toneladas/dia
Kg/habitante/dia
2015
43.894
0,776
2016
43.355 (-12%)
0,762 (-1,8%)
Tabela 2 – Quantidade de RSU coletados na Região Nordeste do Brasil em 2016.
Coleta seletiva – 889 dos 1.794 municípios da Região Nordeste declaram que possuem iniciativas, mas não há informações sobre os números desta atividade. É provável que sejam iniciativas de pequeno porte, que não influenciam significativamente no conjunto da gestão dos RSU. A disposição final manteve-se estável com uma pequena queda de 0,1% para os aterros sanitários e aumento de 0,1% destinados aos lixões.
Ano
Aterro sanitário (ton./dia)
Aterros controlados (ton./dia)
Lixões (ton./dia)
2015
15.688 = 35,7%
14.490 = 33%
13.716 = 31,3%
2016
15.449 = 35,6%
14.284 = 33%
13.622 = 31,4%
Tabela 3 – Disposição final dos RSU na Região Nordeste do Brasil em 2016.
Resíduos de construções e demolições, RCD – coletaram-se 24.387 toneladas/dia com geração per capita de 0,428 Kg/habitante/dia.
Ano
Toneladas/dia
Kg/habitante/dia
2015
24.310
0,430
2016
24.387
0,428
Tabela 4 – Coleta de RCD na Região Nordeste do Brasil em 2016.
Resíduos sólidos de saúde, RSS – Foram produzidos 36.874 toneladas de RSS na Região Nordeste em 2016, com geração per capita média de 0,648 Kg/habitante. Os tratamentos utilizados foram autoclave em 8%, incineração em 56,8% e 35,2% tiveram outros destinos não especificados, provavelmente com disposição irregular em lixões, aterros e valas sanitárias.
Estado
2015 - (Ton./ano – Kg/habitante/ano)
2016 - (Ton./ano – Kg/habitante/ano)
Alagoas
1.139 – 0,341
1.139 – 0,339
Bahia
14.853 – 0,977
14.978 – 0,980
Ceará
5.273 – 0,592
5.189 – 0,579
Maranhão
4.502 – 0,652
4.493 – 0,646
Paraíba
2.296 – 0,578
2.296 – 0,574
Pernambuco
3.373 – 0,361
3.384 – 0,360
Piauí
2.135 – 0,666
2.094 – 0,652
Rio Grande do Norte
2.551 – 0,741
2.560 – 0,737
Sergipe
740 – 0,330
741 – 0,327
Total
36.862 – 0,652
36.874 – 0,648
Tabela 5 – Geração de RSS na Região Nordeste do Brasil em 2016.

No documento da Abrelpe não informações específicas sobre a reciclagem e a logística reversa na Região Nordeste. (ecodebate)

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