A Abrelpe- Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – divulgou a edição anual do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil com os dados de 2016, que descreve a produção e destino final dos resíduos sólidos urbanos – RSU, resíduos de saúde – RSS, resíduos de construções e demolições – RCD e os previstos nos acordos de logística reversa no país e nas regiões.
Neste artigo e com base no panorama da Abrelpe, estão as
informações específicas sobre a geração de resíduos e sua destinação final na
Região Norte do Brasil em 2016, com sete Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins que possuem 450 municípios.
Quanto aos resíduos sólidos urbanos – RSU, a Região Norte produziu
15.444 toneladas/dia com 6,4% do total do país e queda de 1,9% em comparação
com o panorama anterior. A produção per capita/habitante /dia foi de 0,871 Kg
com queda de 3,4%. Os recursos financeiros aplicados pelos municípios da Região
Sul foram de R$ 3,19 por habitante/mês na coleta dos RSU e 4,85 nos demais serviços
de limpeza urbana, com total de R$ 8,04 por habitante/mês. Os serviços de
limpeza urbana movimentaram 2.011 bilhões com queda de 4 milhões em relação ao
ano anterior.
Ano
|
Toneladas/dia
|
Kg/habitante/dia
|
2015
|
15.745
|
0,901
|
2016
|
15.444
(-1,9%)
|
0,871
(-3,4%)
|
Tabela – Geração
diária total e individual de RSU na Região Norte do Brasil em 2016.
Quanto à coleta dos RSU, 81% foram recolhidos, com diminuição de
1,5% no total e de 2,9% per capita. 64,6% correspondentes a 8.071 toneladas/dia
foram destinados para lixões e aterros controlados sem tratamentos adequados.
Ano
|
Toneladas/dia
|
Kg/habitante/dia
|
2015
|
12.692
|
0,726
|
2016
|
12.500
(-1,5%)
|
0,705
(-2,9%)
|
Tabela 2 – Quantidade
de RSU coletados na Região Norte do Brasil em 2016.
Em relação à coleta seletiva, 263 dos 450 municípios da Região
Norte declaram que possuem iniciativas, mas não são divulgadas informações
desta atividade. É provável que em grande parte destes municípios as
iniciativas sejam de pequeno porte, sem influência significativa no conjunto da
gestão dos RSU. A disposição final em aterros sanitários adequados diminuiu
0,4%, em aterros controlados manteve-se estável em 29,9% e em lixões aumentou
0,4% em relação ao panorama anterior da Abrelpe.
Ano
|
Aterro sanitário (ton./dia)
|
Aterros controlados (ton./dia)
|
Lixões (ton./dia)
|
2015
|
4.543
= 35,8%
|
3.800
= 29,9%
|
4.349
= 34,3%
|
2016
|
4.429
= 35,4%
|
3.732
= 29,9%
|
4.339
= 34,7%
|
Tabela 3 – Disposição
final dos RSU na Região Norte do Brasil em 2016.
Resíduos de construções e demolições –
RCD – Foram coletados na
Região Norte 4.720 toneladas/dia com geração per capita de 0,266
Kg/habitante/dia. Houve queda no total coletado e também na geração per capita
dos RCD.
Ano
|
Toneladas/dia
|
Kg/habitante/dia
|
2015
|
4.736
|
0,271
|
2016
|
4.720
|
0,266
|
Tabela 4 – Coleta de
RCD na Região Norte do Brasil em 2016.
Resíduos sólidos de saúde – RSS – Foram produzidos 9.778
toneladas de RSS com geração per capita de 0,551 Kg/habitante. Os tratamentos
utilizados foram autoclave em 1,5%, incineração em 47,6% e 50,9% tendo outros
destinos, significando que mais da metade dos RSS da Região Norte provavelmente
tiveram disposição inadequada em lixões, aterros e valas sanitárias.
Estado
|
2015 (Ton./ano –
Kg/habitante/ano)
|
2016 (Ton./ano –
Kg/habitante/ano)
|
Acre
|
430
– 0,535
|
433
– 0,530
|
Amapá
|
507
– 0,661
|
510
– 0,652
|
Amazonas
|
2.231
– 0,566
|
2.231
– 0,558
|
Pará
|
4.534
– 0,555
|
4.500
– 0,542
|
Rondônia
|
1.011
– 0,572
|
1.014
– 0,567
|
Roraima
|
301
– 0,595
|
301
– 0,585
|
Tocantins
|
812
– 0,536
|
789
– 0,515
|
Total
|
9.826
– 0,562
|
9.778
– 0,551
|
Tabela 5 – Geração de
RSS na Região Norte do Brasil em 2016.
Não há informações específicas sobre a reciclagem e a logística
reversa na Região Norte. (ecodebate)
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