Raquel Dodge defende que a legislação inclua o acesso à
água como direito humano.
Ainda
no discurso de abertura do evento, que é uma parceria do Conselho com o
Ministério Público Federal (MPF) e com a Escola Superior do Ministério Público
da União (ESMPU), Dodge destacou que o tema vem se tornando mais urgente, pois
a água doce se torna cada vez mais escassa, inacessível, cara e controlada. “Em quase todos os lugares, o controle de
acesso à água potável define todas as relações de poder e de dominação de um
dado território. Em outros, a dificuldade de acesso à água potável é a grande
responsável por ondas migratórias. Esses fatores expõem a vida humana a risco.
Por isso, precisamos refletir que as leis estabeleçam o direito humano à água“.
A
presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que as leis devem
estabelecer a água como direito humano. “O direito regulamenta muitos aspectos da relação entre a pessoa
humana e a água, pois garante o curso natural, protege-a da poluição, regula o
preço da água, disciplina condições de consumo e de portabilidade, mas ainda
não afirma a água como direito humano, embora sem água não haja vida“.
A afirmação
foi feita em 11/12/17 durante a abertura do “Seminário Internacional Água, Vida
e Direitos Humanos à Luz dos Riscos Socioambientais”, que está sendo realizado
hoje e amanhã, no auditório CNMP, em Brasília. “Sabemos que a água é um bem essencial à vida, mas o direito ainda
não a trata como tal“, resumiu Dodge.
Dodge
complementou que o debate à água é prioritário e que, nesse sentido, eventos
como este seminário, que reúne especialistas e estudiosos da área, são muito
importantes para que haja a preparação dos membros do Ministério Público para o
8º Fórum Mundial da Água. O Fórum será realizado em março de 2018, em Brasília,
e reunirá cerca de 20 mil pessoas.
A procuradora-geral salientou que o tema da água deve ser tratado por todo o MP brasileiro. Nessa linha, chamou a atenção para o projeto “Amazônia Protege”, desenvolvido pela 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF), que trata do meio ambiente. Esse projeto visa a ajuizar cerca de 1.200 ações civis públicas para punir quem desmata áreas superiores a 60 hectares da Floresta Amazônica. Na primeira semana desse projeto, foram ajuizadas 757 ações. “Isso significa proteção concreta para a Floresta e punição dos desmatadores. Significa, também, dar um salto para o futuro: proteger efetivamente a Floresta. A proteção da Floresta Amazônica e de todos os biomas está diretamente relacionada à proteção da água“, disse Dodge. (ecodebate)
A procuradora-geral salientou que o tema da água deve ser tratado por todo o MP brasileiro. Nessa linha, chamou a atenção para o projeto “Amazônia Protege”, desenvolvido pela 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF), que trata do meio ambiente. Esse projeto visa a ajuizar cerca de 1.200 ações civis públicas para punir quem desmata áreas superiores a 60 hectares da Floresta Amazônica. Na primeira semana desse projeto, foram ajuizadas 757 ações. “Isso significa proteção concreta para a Floresta e punição dos desmatadores. Significa, também, dar um salto para o futuro: proteger efetivamente a Floresta. A proteção da Floresta Amazônica e de todos os biomas está diretamente relacionada à proteção da água“, disse Dodge. (ecodebate)
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