5 em cada 10 brasileiros adultos não frequentaram a escola além do ensino fundamental, diz IBGE.
No Brasil, em 2016, 51% da população de 25
anos ou mais possuía o ensino fundamental completo ou equivalente; 26,3% tinham
o ensino médio completo ou equivalente e 15,3%, o superior completo.
5 em cada 10 adultos
brasileiros não frequentaram escola além do Ensino Fundamental.
Cinco
em cada dez brasileiros adultos não frequentaram a escola além do ensino
fundamental, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua): Educação, divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 21/12/17.
A
conta leva em consideração pessoas de 25 anos ou mais de idade, porque já
poderiam ter concluído o processo regular de escolarização. No Brasil, 51% da
população de 25 anos ou mais de idade possuía o ensino fundamental completo ou
equivalente; 26,3% tinham o ensino médio completo ou equivalente; e 15,3%, o
superior completo.
Em
2016, o número médio de anos de estudo para essa faixa etária foi de 8 anos.
No Nordeste, apenas 6,7 anos. Com relação à cor ou raça, mais uma vez a
diferença foi considerável, 9 anos de estudo para as pessoas brancas e 7,1
anos para as pessoas de cor preta ou parda.
Analfabetismo
entre pretos e pardos é mais que o dobro do que entre brancos, diz IBGE.
"As
pessoas brancas historicamente sempre tiveram mais acesso a educação. A questão
do rendimento é muito importante. O rendimento das pessoas brancas é
historicamente muito maior, então eles acabam tendo mais oportunidade",
justificou Helena Monteiro, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do
IBGE.
O
Plano Nacional de Educação instituído pela Lei n. 13.005, de 2014, estabelece
como uma das metas para 2024 que a escolaridade média da população de 18 a 29
anos alcance 12 anos, no mínimo, para alguns grupos mais vulneráveis, entre
eles as pessoas pretas ou pardas e a população da Região Nordeste. Além disso,
a meta estipula a igualdade da escolaridade média entre as pessoas pretas ou
pardas e as pessoas não pretas ou pardas.
Taxa de analfabetismo estava
em 2015 em 8%.
Em
2016, no grupo de 18 a 29 anos, o número médio de anos de estudo foi de 9,4
anos para a Região Nordeste e de 9,6 anos para as pessoas pretas ou pardas. Por
outro lado, entre as pessoas brancas de 18 a 29 anos, a média alcançou 11 anos de estudo. A Região Sudeste apresentou a maior média de escolaridade entre
as Grandes Regiões, 10,7 anos. "Os dados refletem muito as diferenças
tanto regionais quanto históricas no País", ressaltou Marina Aguas, também
analista do IBGE.
País tem
menos estudantes na pré-escola e no Ensino Médio do que meta do Plano Nacional
de Educação.
Quando
o corte etário é ampliado para 25 anos ou mais, as Regiões Norte e Nordeste
registraram os maiores porcentuais de pessoas sem nenhuma instrução (14,5% e
19,9%, respectivamente). As maiores proporções de nível superior completo
ocorreram nas Regiões Centro-Oeste (17,4%) e Sudeste (18,6%).
Na
Região Nordeste, 52,5% da população não alcançaram o ensino fundamental
completo, ao passo que na Região Sudeste 51,1% tinham pelo menos o ensino médio
completo.
Considerando
a cor ou raça, as diferenças no nível de instrução se mostraram ainda maiores:
enquanto 7,3% das pessoas brancas não tinham instrução, 14,7% das pessoas
pretas ou pardas estavam nesse grupo. No nível superior completo, ocorreu o
fenômeno oposto: 22,2% das pessoas brancas tinham terminado a graduação, mas
entre as pretas ou pardas a proporção era de 8,8%. (OESP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário