Cidades vão abrigar dois
terços da população mundial até 2050.
Motivado pelo crescimento
populacional e pelo abandono de áreas rurais, aumento da população urbana deve
ocorrer principalmente na África e na Ásia. Até 2030, número de megacidades
deve chegar a 43.
Até 2050, 68% da população
mundial, ou seja, 2,5 bilhões de pessoas estarão vivendo em centros urbanos.
Estimativas da ONU divulgadas
em 16/05/18 afirmam que, em 2050, pouco mais de dois terços da população
mundial (68%) viverão em centros urbanos, o que significa que haverá 2,5
bilhões de pessoas a mais nas cidades.
O Departamento de Assuntos
Econômicos e Sociais das Nações Unidas (Desa) apresentou um relatório com as
previsões para a urbanização mundial, destacando o que chamou de
"megatendência" para o aumento das áreas urbanas. Esse fenômeno se
deve ao crescimento populacional e ao deslocamento de um grande número de
pessoas das áreas rurais para as cidades.
"Cerca de metade da
população mundial (55%) vive atualmente em centros urbanos e, até 2050,
calcula-se que cerca de ⅔ (68%) de todas as pessoas deverão morar em zonas
urbanas", afirmou John Wilmoth, diretor do Desa.
Segundo o relatório, 90% do
aumento da população urbana mundial estarão concentrados na África e na Ásia,
duas regiões que acolhem a maioria dos residentes em áreas rurais.
O maior aumento populacional deverá ocorrer
principalmente em três países: Índia, China e Nigéria, que até 2050 deverão ser
responsáveis por mais de ⅓ do crescimento projetado para a população urbana
global. O relatório aponta que, até 2028, a Índia deverá superar a China como o
país com a maior população mundial.
O estudo sobre o crescimento
dos centros urbanos poderá ajudar na preparação das cidades para receber novos
residentes vindos das áreas rurais, destacou Wilmoth.
"Quando o crescimento
urbano ocorre de modo acelerado, assegurar o acesso de todos a habitação, água,
saneamento, eletricidade, transporte público, educação e sistema de saúde é
algo especialmente desafiador", observou o diretor. "Administrar o
crescimento urbano para assegurar a sustentabilidade se tornou um dos mais
importantes desafios do desenvolvimento no século atual."
Wilmoth entende que a
urbanização pode ser interpretada como um fator positivo, uma vez que as
populações urbanas possuem melhor acesso à saúde e educação. No entanto, ele
alerta que a favelização acelerada em muitas cidades torna difícil atingir os
níveis ideais de sustentabilidade.
Tóquio, com 37 milhões de
habitantes, é atualmente a maior cidade do mundo, mas deverá ser superada por
Nova Déli – atualmente com 29 milhões – ao redor de 2028, afirma o relatório.
Tóquio ainda é a cidade mais
populosa do mundo, com 38 milhões de habitantes.
As demais cidades com as
maiores populações são Xangai, com 26 milhões, seguida de São Paulo e Cidade do
México com cerca de 22 milhões cada. As cidades do Cairo, Mumbai, Pequim e
Dhaka possuem atualmente cerca de 20 milhões de habitantes cada.
O relatório do Desa destaca
que existem atualmente 33 megacidades – aquelas com populações de mais de 10
milhões de pessoas –, enquanto em 1990 eram apenas dez. Até 2030, esse número
deverá chegar a 43. (dw)
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