No Brasil, 11,5 milhões de pessoas que ainda não sabem ler
e escrever.A taxa de
analfabetismo da população com 15 anos ou mais de idade no Brasil caiu de 7,2%
em 2016 para 7,0% em 2017, mas não alcançou o índice de 6,5% estipulado, ainda
para 2015, pelo Plano Nacional de Educação (PNE). As informações estão no
módulo Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgado hoje
pelo IBGE.
Em números
absolutos, a taxa representa 11,5 milhões de pessoas que ainda não sabem ler e
escrever. A incidência chega a ser quase três vezes maior na faixa da população
de 60 anos ou mais de idade, 19,3%, e mais que o dobro entre pretos e pardos
(9,3%) em relação aos brancos (4,0%).
Quatorze
das 27 unidades da federação, porém, já conseguiram alcançar a meta do PNE, mas
o abismo regional ainda é grande, principalmente no Nordeste, que registrou a
maior taxa entre as regiões, 14,5%. As menores foram no Sul e Sudeste, que
registraram 3,5% cada. No Centro-Oeste e Norte, os índices ficaram em 5,2% e
8,0%, respectivamente.
Apenas 68,4% dos alunos do ensino médio estavam na série esperada para a
idade
A meta de
garantir que 85% dos alunos do ensino médio estejam na idade esperada para a
etapa também não foi alcançada. Em 2017, apenas 68,4% dos estudantes estavam na
etapa esperada para a idade, mostrando pouca variação em relação a 2016, 68%.
No ensino
fundamental, a meta, estipulada em 95%, já havia sido cumprida no ano passado,
quando foi registrado 96,5%, subindo para 96,9% em 2017. Porém, ao observar o
recorte do 6° ao 9° ano, esse número cai para 85,6%.
“É um efeito dominó. Por exemplo, se o aluno repete um ano no ensino fundamental provavelmente ele vai começar o médio já com atraso. Isso ajuda a explicar porque a taxa é mais crítica nessa etapa”, explica a pesquisadora do IBGE Marina Águas.
Cresce proporção de pessoas com ensino superior e cai
número de não escolarizados
Por outro
lado, houve aumento no percentual de pessoas com 25 anos ou mais idade com
ensino superior completo, passando de 15,3% em 2016 para 15,7% em 2017. Entre
os brancos, 22,9 % haviam concluído essa etapa, e na população preta e parda,
9,3%. Em 2016, esses números ficaram em, respectivamente, 22,2% e 8,8%.
Na Região
Nordeste, 38,6% da população de 60 anos ou mais não sabe escrever um bilhete
simples.
Já a taxa
de pessoas sem instrução, ou seja, aquelas de 25 anos ou mais que não
completaram nenhum ano do ensino fundamental, caiu de 10,7% em 2016 para 8,8%
no ano passado. Regionalmente, a maior incidência foi observada no Nordeste,
16,5%, e a menor no Sudeste, 5,5%. (ecodebate)
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