Aproximadamente 20% das
emissões de gases do efeito estufa são causadas pelo desmatamento, revela
relatório da FAO.
Desmatamento é 2ª maior causa
das mudanças climáticas
As florestas são aliadas do homem no combate às
mudanças climáticas, absorvendo por ano cerca de 2 bilhões de toneladas de CO2.
Mas quando são desmatadas, as coberturas vegetais do planeta se transformam em
motores do aquecimento global. Aproximadamente 20% das emissões de gases do
efeito estufa são causadas pelo desmatamento. No relatório divulgado em
06/07/18, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura
(FAO) identifica um aumento na destruição das superfícies verdes do planeta.
Desmatamento
é responsável por mais de 20% das emissões de gases do efeito estufa do mundo.
As florestas são aliadas do
homem no combate às mudanças climáticas, absorvendo por ano cerca de 2 bilhões
de toneladas de CO2. Mas quando são desmatadas, as coberturas
vegetais do planeta se transformam em motores do aquecimento global.
Aproximadamente 20% das emissões de gases do efeito estufa são causadas pelo desmatamento.
No relatório divulgado em 06/07/18,
a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) identifica
um aumento na destruição das superfícies verdes do planeta.
De 1990 e 2015, a área da
Terra coberta por florestas caiu de 31,6% para 30,6%. A agência da ONU aponta
que o desmatamento é a segunda maior causa das mudanças climáticas, ficando
atrás apenas da queima de combustíveis fósseis. As emissões geradas pela
destruição da cobertura vegetal são maiores que as de todo o setor de
transporte.
O levantamento da FAO revela
ainda que a interrupção ou redução do desmatamento em zonas tropicais
responderia por até 30% da capacidade de mitigar as mudanças climáticas.
Um obstáculo à proteção das
florestas é o consumo de carvão vegetal. Nas regiões em que a demanda é alta, a
produção exerce pressão sobre os recursos florestais e contribui para a
degradação dos ecossistemas, especialmente quando o acesso às florestas não
está regulamentado. Segundo o estudo da FAO, a população que depende de lenha
varia de 63% na África a 38% na Ásia e 16% na América Latina.
Os continentes africano e
sul-americano também estão na contramão do uso sustentável das superfícies
verdes. Nos últimos 25 anos, cresceram no mundo as florestas manejadas para a
conservação dos solos e das águas, mas essa expansão não foi verificada na
África nem na América do Sul. Os territórios utilizados de maneira responsável
representam hoje 25% de toda a cobertura vegetal do planeta. Nos países
sul-americanos, o índice cai para apenas 9%.
Pobreza e meio ambiente
De acordo com a FAO,
florestas são fonte de 20% da renda de famílias rurais em países em
desenvolvimento. O relatório do organismo internacional alerta para uma
estreita relação entre cobertura florestal e altas taxas de pobreza — no
Brasil, por exemplo, pouco mais de 70% das áreas de florestas fechadas (densas,
com grande cobertura de copa) apresentavam índices elevados de miséria.
A publicação mostra ainda
que, na América Latina, 8 milhões de pessoas sobrevivem com menos de 1,25
dólares por dia nas regiões de florestas tropicais, savanas e seus arredores.
Mundialmente, mais de 250 milhões de indivíduos vivem abaixo da linha da
pobreza extrema nessas áreas: 63% estão na África, 34% na Ásia e 3% na América
Latina.
Apesar da pequena participação da América Latina
no total global, a FAO destaca que, nas zonas rurais latino-americanas, 82% das
pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza estão em florestas tropicais,
savanas e seus arredores. Essas regiões de mata são o lar de 85 milhões de
pessoas na região.
Parque da Tijuca é exemplo de
conservação
Destaque no relatório da FAO,
o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, tem uma superfície de 4 mil
hectares e foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 2012.
A pesquisa da agência da ONU
lembra que, para enfrentar a proliferação de espécies exóticas e a expansão
urbana, a área foi reflorestada com árvores nativas. O governo também criou
espaços recreativos para envolver a comunidade local e aumentar a
conscientização sobre a proteção das florestas urbanas.
Desde 1999, o parque é
administrado conjuntamente pela Prefeitura do Rio e pelo Ministério do Meio
Ambiente. Atualmente, o local recebe 2,5 milhões de visitantes por ano e é um
exemplo de restauração da Mata Atlântica. A reserva transformou-se num
santuário para diversas espécies endêmicas.
Empresas florestais
comunitárias na Guatemala
Na Guatemala, 70% das terras
florestais estão sob algum tipo de proteção. Com concessões do governo,
empresas comunitárias gerenciam mais de 420 mil hectares dentro da Reserva da
Biosfera Maia. Em apenas um ano, de 2006 a 2007, as companhias obtiveram
receitas de US$ 4,75 milhões pela venda de madeira certificada. Outros US$ 150
mil vieram do comércio de produtos florestais não madeireiros.
As cooperativas geraram mais
de 10 mil empregos diretos e outros 60 mil indiretos. As instituições também
pagavam aos trabalhadores mais que o dobro do salário normal, segundo dados
coletados pela FAO.
Costa Rica: florestas e
turismo
A Costa Rica é um dos principais destinos de
turismo ecológico do mundo: em 2016, 2,9 milhões de turistas estrangeiros
visitaram o país e 66% deles afirmaram que o ecoturismo era um dos principais
motivos da viagem.
Os visitantes gastaram em
média US$ 1.309 por pessoa, trazendo uma renda para o país de US$ 2,5 bilhões.
Isso equivale a 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Uma parte do
montante pode ser atribuída ao ecoturismo. Em 2015, apenas as áreas de
conservação florestal receberam aproximadamente 1 milhão de estrangeiros e
outros 900 mil turistas nacionais. (ecodebate)
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