Mais de 75% da população
estarão vivendo em cidades a partir de 2050, segundo projeções. Além disso, há
perspectivas de progresso contínuo do envelhecimento populacional, o que deve
gerar um aumento de 70% na geração de resíduos até 2025. Mas, não distante,
agora em 2020, devido ao isolamento social decorrente da COVID-19, já estamos
vivendo essa realidade – o aumento da geração de lixo.
Pesquisa da Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) estima
que, por conta das medidas de quarentena e distanciamento social, poderá haver
um crescimento relevante na quantidade gerada de resíduos sólidos domiciliares,
entre 15 e 25%. No caso dos resíduos hospitalares em unidades de atendimento à
saúde, o número aumentou consideravelmente, de 10 a 20 vezes.
Diante desses dados, as boas
práticas de gestão se tornam ainda mais importantes. Devemos, de forma
imediata, nos atentar para a economia circular. Assim, conseguiremos amenizar
impactos ambientais e tornar as nossas cidades mais inteligentes.
Dentro dessa visão de EC
nota-se que novas tecnologias, compartilhamento, geração de valor, entre
outros, vão muito além da restauração do capital natural e social, a economia
circular trará novas facilidades e conveniências às nossas vidas, nos deixando
mais próximos de um equilíbrio ambiental.
A economia circular na produção e reciclagem do EPS (isopor).
A economia circular na produção e reciclagem do EPS (isopor).
Esse conceito deve fazer
parte do repensar em relação às nossas cidades. É preciso fazer com que cidadão
e as empresas tenham a mesma prioridade. Por meio da economia circular, há
grandes possibilidades de inovação e crescimento. Precisamos urgentemente
otimizar a utilização de recursos, isso pode ser feito pelo compartilhamento
das mais diversas situações e materiais.
O fato é que tanto a economia
circular quanto as cidades inteligentes devem passar pelo tema ambiente
construído, mobilidade e produtos. Não se deve ter dúvidas de que o momento é
agora, ou seja, essa é a hora de formar uma economia compartilhada e que
funcione para todos. Temos que compartilhar responsabilidades, uma vez que
acabamos de entrar na última década da Agenda 2030. Isso fará uma grande
diferença a todos nós.
Seria, então, a economia
circular uma das soluções possíveis para as cidades inteligentes? Provavelmente
sim, pois a colocação em prática do conceito de EC trará grandes fatores de
mudanças e novos modelos econômicos, sairemos de um modelo linear de produção e
consumo para grandes avanços, no que se refere ao aumento da eficiência do uso
de recursos.
Uma das projeções é de que o
tamanho da classe média global dobre até 2030, isso representa aproximadamente
5 bilhões de pessoas. Com isso, pode haver uma consequente aceleração das
economias de consumo, porém com a aplicação da EC, é possível ter a redução das
externalidades negativas.
Hoje, estamos vivendo em um
modelo de geração de valor, em que, infelizmente, o desperdício é uma
constante. Então, a partir do momento que a população colocar em prática a
economia circular poderemos trabalhar em prol da valorização da reciclagem de
materiais, da recuperação energética e da introdução de matérias-primas
provenientes do processo de EC em nossas cadeias de valores.
O caminho para uma nova
economia está sendo construído e de forma mais acelerada do que imaginamos.
Dessa forma, temos que tratar os nossos negócios de modo racional, gerindo
nossos riscos, porém com o objetivo de acelerar essa transição.
Economia Circular: a urgência de uma nova economia autossustentável.
Economia Circular: a urgência de uma nova economia autossustentável.
Podemos reafirmar que a EC é
uma das soluções para as cidades inteligentes, assim como a tecnologia da
informação. Ambas devem ser implantadas a fim de possibilitar novos negócios e
serviços e, com isso, avanços mais eficientes em relação ao compartilhamento de
conhecimento. Esse compromisso gera resultados positivos, tanto para as nossas
cidades quanto aos seres humanos, trazendo mais conforto e sustentabilidade
para o futuro que projetamos. (ecodebate)
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