domingo, 27 de setembro de 2020

Plástico encontrado no oceano Atlântico é 10 vezes maior ao estimado

Quantidade de plástico encontrado no oceano Atlântico é 10 vezes superior ao estimado.

Segundo o Centro de Oceanografia Nacional do Reino Unido, a quantidade de plástico depositado no Atlântico é 10 vezes superior ao que anteriormente se havia estimado, o que demostra que o problema mundial do plástico é provavelmente muito maior do que se imaginava.
As novas medições aos 200 metros superiores do Atlântico encontraram entre 12 e 21 milhões de toneladas de partículas microscópicas de três dos tipos mais comuns de plástico, em cerca de 5% do oceano. O que representa uma concentração no Atlântico de cerca de 200 milhões de toneladas dos plásticos comuns.

Estimativas anteriores, com base em cálculos da quantidade de resíduos urbanos geridos nas áreas costeiras, apontavam para uma quantidade entre os 17 milhões e 47 milhões de toneladas de plástico lançadas no Atlântico, ao longo de 65 anos compreendidos entre 1950 a 2015.

Segundo Katsiaryna Pabortsava, do Centro de Oceanografia Nacional do Reino Unido, principal autora do estudo citada pelo ‘The Guardian’, a principal descoberta “é que há uma quantidade enorme de partículas microplásticas, mesmo muito pequenas, no oceano Atlântico superior, numa quantidade muito superior à estimativa anterior. A quantidade de plástico foi enormemente subestimada”.

Com esta descoberta, os especialistas esperam estimular os legisladores a reforçarem as suas apostas no que ainda pode ser feito para impedir que tanto plástico chegue aos mares, colocando a vida marinha em grande risco.
Lixo em East Beach, na Ilha Henderson, no Pacífico Sul. Pelo menos 25 milhões de toneladas de resíduos são despejadas por ano nos oceanos; 80% destas tem origem nas cidades.

“A sociedade está muito preocupada com o plástico, com a saúde dos oceanos e com a saúde humana”, disse Pabortsava, alertando para a urgência de “responder a perguntas fundamentais sobre os efeitos deste plástico e aferir se prejudica a saúde do oceano. Os efeitos podem ser sérios, mas podem demorar algum tempo a atingir níveis subletais”. (atlasdasaude)

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