O
novo estudo de pesquisa internacional, liderado pela Universidade de Exeter,
revela a sensibilidade do turnover do carbono do solo ao aquecimento global e,
subsequentemente, reduz pela metade a incerteza sobre isso nas projeções de
mudanças climáticas futuras.
A
estimativa de 230 bilhões de toneladas de carbono liberadas com o aquecimento
de 2°C (acima dos níveis pré-industriais) é mais de quatro vezes o total das
emissões da China e mais do que o dobro das emissões dos EUA nos últimos 100
anos.
“Nossas
regras de estudo fora a maioria das projeções extremas – mas sugere, no
entanto, as perdas de carbono do solo substanciais devido às alterações
climáticas em apenas 2°C o aquecimento, e este nem sequer incluem as perdas de
carbono mais profundo permafrost”, disse o coautor Dr. Sarah Chadburn, da
Universidade de Exeter.
Esse
efeito é chamado de “feedback positivo” – quando as mudanças climáticas causam
efeitos indiretos que contribuem para mais mudanças climáticas.
A
resposta do carbono do solo às mudanças climáticas é a maior área de incerteza
na compreensão do ciclo do carbono nas projeções das mudanças climáticas.
Permafrost:
O gigante adormecido do aquecimento global.
“Nós
investigamos como o carbono do solo está relacionado à temperatura em
diferentes locais da Terra para descobrir sua sensibilidade ao aquecimento
global”, disse a autora Rebecca Varney, da Universidade de Exeter.
Modelos
de última geração sugerem uma incerteza de cerca de 120 bilhões de toneladas de
carbono a 2°C de aquecimento médio global.
O
estudo reduz essa incerteza para cerca de 50 bilhões de toneladas de carbono.
O
coautor, Professor Peter Cox, do Exeter’s Global Systems Institute, disse:
“Reduzimos a incerteza nesta resposta às mudanças climáticas, que é vital para
calcular um orçamento global de carbono preciso e cumprir com sucesso as metas
do Acordo de Paris”.
O trabalho foi realizado em colaboração com cientistas do Met Office e institutos nos EUA e na Suécia.
Aquecimento global, degelo e efeito estufa: tudo a ver.
No
Alasca, solo congelado já dá mostra de derretimento, liberando dióxido de carbono
que estava armazenado.
Estudo
mostra que o derretimento de solo gelado dos árticos liberaria o dobro do
dióxido de carbono que já existe na atmosfera.
O
estudo, publicado na Nature Communications, é intitulado “A spatial emergent
constraint on the sensitivity of soil carbon turnover to global warming”.
(ecodebate)
Nenhum comentário:
Postar um comentário