Águas do Pacifico vão
continuar frias pelos próximos 3 meses, informa o NOAA.
Clima da safra será irregular
"Tão grave quanto
a falta de chuvas, serão os veranicos que vão atingir a safra de
verão".
Este alerta está sendo
feita pelo agrometeorologista Luis Renato Lazinski em entrevista
exclusiva ao NA.
Lazinski chama a atenção para
três fenômenos com os quais os produtores vão ter de conviver nesta safra (além
da falta de chuvas e os veranicos):
1) O calor extremo nos
períodos de veranico;
2) O frio intenso que chegará
a partir de maio (afetando crucialmente a safrinha do Centro Sul do País), e
3) A insegurança das
previsões meteorológicas, cujos modelos estão se mostrando erráticos e causando
alterações nas operações agrícolas em praticamente todo o País.
"Estamos debaixo do La Niña", diz Luiz Renato. “Basta ver as imagens que estão sendo distribuídas pelo NOOA e pelos serviços meteorológicos norte-americanos que acompanham as temperaturas dos oceanos”.
"O Pacífico continua com uma imensa massa de água fria, e as projeções indicam que o fenômeno permanecerá afetando e alterando o clima do planeta até março". (veja a imagem, na entrevista acima).
"Serão 3 meses de muita
instabilidade no clima; e o Atlântico Sul, mesmo aquecido, não conseguirá mudar
o fato de que o Pacifico é o maior oceano do planeta, e a quantidade aguas
frias ali registrada vão permanecer provocando anomalias".
Portanto, para o experiente
agrometeorologista, os produtores brasileiros (e da Argentina, Uruguai e
Paraguai) deverão viver em constantes sobressaltos nesta safra. "O novo
normal serão as anomalias, efeito do La Niña", explica Lazinski.
"Nesta semana as frentes de chuvas já vão mudar, abrindo um veranico no Sul do País; outros virão. Para o Sul, a tendência é que serão mais prolongados. Haverá veranicos até mesmo no Matopiba. O calorão, acima de 40°C, será uma constante. Depois, ao final de abril, começarão as entradas de grandes massas frias, que afetarão as produtividades da safrinha", diz Lazinski.
"Não há muito o que fazer, afinal não se muda o clima; única possibilidade é o produtor se proteger, fazendo cobertura de solo, e aprofundando o perfil com plantio direto na palha. É preciso manter a fertilidade no subsolo e garantir umidade nos lençóis freáticos".
“Esse é o novo normal”, completa o agrometeorologista. (noticiasagricolas)



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