quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Águas do Pacifico vão continuar frias pelos próximos 3 meses

Águas do Pacifico vão continuar frias pelos próximos 3 meses, informa o NOAA.

Clima da safra será irregular

Acostumem-se e previnam-se; safra será de clima irregular, diz agrometeorologista Luis Renato Lazinski. Mesmo com as chuvas dos últimos dias, clima não voltou ao normal.

"Tão grave quanto a falta de chuvas, serão os veranicos que vão atingir a safra de verão".

Este alerta está sendo feita pelo agrometeorologista Luis Renato Lazinski em entrevista exclusiva ao NA.

Lazinski chama a atenção para três fenômenos com os quais os produtores vão ter de conviver nesta safra (além da falta de chuvas e os veranicos):

1) O calor extremo nos períodos de veranico;

2) O frio intenso que chegará a partir de maio (afetando crucialmente a safrinha do Centro Sul do País), e

3) A insegurança das previsões meteorológicas, cujos modelos estão se mostrando erráticos e causando alterações nas operações agrícolas em praticamente todo o País.

"Estamos debaixo do La Niña", diz Luiz Renato. “Basta ver as imagens que estão sendo distribuídas pelo NOOA e pelos serviços meteorológicos norte-americanos que acompanham as temperaturas dos oceanos”.

"O Pacífico continua com uma imensa massa de água fria, e as projeções indicam que o fenômeno permanecerá afetando e alterando o clima do planeta até março". (veja a imagem, na entrevista acima).

"Serão 3 meses de muita instabilidade no clima; e o Atlântico Sul, mesmo aquecido, não conseguirá mudar o fato de que o Pacifico é o maior oceano do planeta, e a quantidade aguas frias ali registrada vão permanecer provocando anomalias".

Portanto, para o experiente agrometeorologista, os produtores brasileiros (e da Argentina, Uruguai e Paraguai) deverão viver em constantes sobressaltos nesta safra. "O novo normal serão as anomalias, efeito do La Niña", explica Lazinski.

"Nesta semana as frentes de chuvas já vão mudar, abrindo um veranico no Sul do País; outros virão. Para o Sul, a tendência é que serão mais prolongados. Haverá veranicos até mesmo no Matopiba. O calorão, acima de 40°C, será uma constante. Depois, ao final de abril, começarão as entradas de grandes massas frias, que afetarão as produtividades da safrinha", diz Lazinski.

"Não há muito o que fazer, afinal não se muda o clima; única possibilidade é o produtor se proteger, fazendo cobertura de solo, e aprofundando o perfil com plantio direto na palha. É preciso manter a fertilidade no subsolo e garantir umidade nos lençóis freáticos".

“Esse é o novo normal”, completa o agrometeorologista. (noticiasagricolas)

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