Neste ano, os níveis de
dióxido de carbono (CO2) na atmosfera alcançarão níveis 50% maiores
do que os do século 18, antes da Revolução Industrial. Esta é a previsão do
Britain's Met Office, serviço meteorológico do Reino Unido, divulgada em
janeiro.
De acordo com os especialistas, a estimativa é que, em 2021, a média anual de concentração de dióxido de carbono seja em torno de 2,29 partes por milhão (ppm) maior do que em 2020 — mesmo com a pandemia, que desacelerou as emissões. A medição desses níveis é feita continuamente pelo Observatório Mauna Loa, localizado no Havaí, desde 1958.
Em algum momento entre abril e junho/21, espera-se que a concentração ultrapasse 417 ppm, o que pode representar um aumento em 50% dos níveis registrados no início da era industrial, no século 18. Segundo o serviço meteorológico britânico, foram necessários dois séculos para que os níveis aumentassem 25%, mas apenas 30 anos para que chegassem aos 50%.
"Como o dióxido de
carbono permanece na atmosfera por muito tempo, as emissões de cada ano se
somam às dos anos anteriores e fazem com que a quantidade de CO2 na
atmosfera continue aumentando", explica Richard Betts, produtor líder da
previsão anual do Met Office, à agência de notícias AFP.
Para conter esse cenário, a Organização das Nações Unidas (ONU) estipula que os países que assinaram o Acordo de Paris diminuam a produção de emissões de CO2 de setores como energia, alimentos, transporte e indústria em 7% a cada ano da próxima década. A meta é manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC acima da época da Revolução Industrial. Com o aumento de 1ºC que já foi observado até agora, a Terra já tem apresentado episódios extremos de inundações, tempestades tropicais e aumento do nível do mar.
Emissão de CO2 na atmosfera deve bater recorde em 2021 (revistagalileu.globo)
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