sábado, 27 de março de 2021

Atmosfera rica em oxigênio da Terra deve durar só mais 1 bilhão de anos

Simulações da NASA e de cientistas japoneses sugerem que o colapso do Sol levará à destruição da camada de ozônio, morte de plantas e diminuição dos níveis de oxigênio.
Resultado da simulação corresponde a um cenário similar ao da Terra antes da evolução de plantas e animais.

Há um consenso na comunidade científica: a vida na Terra não será eterna. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Toho, no Japão, e do instituto Nexus for Exoplanet System Science, da NASA, elaboraram simulações para descobrir a partir de qual momento o planeta não será mais habitável para a maioria das plantas e dos animais hoje existentes. Um dos fatores importantes para essa condição, aponta o estudo publicado no jornal Nature Geoscience em 01/03/21, é a diminuição do oxigênio disponível na atmosfera.

Especialistas acreditam que, eventualmente, o Sol irá perder energia e se autodestruir. Antes disso, porém, o calor da nossa estrela deve aumentar e é provável que as circunstâncias não sejam muito favoráveis à vida. Para entender qual pode ser a situação da Terra em um futuro distante, a simulação liderada por Kazumi Ozaki e Christopher Reinhard considerou variáveis relacionadas ao clima, a processos geológicos e biológicos e à atividade solar.

O estudo sugere que, daqui a 1 bilhão de anos, o Sol estará mais quente e liberando mais energia, fazendo com que os níveis de dióxido de carbono na atmosfera diminuam, uma vez que o gás irá absorver o calor e se decompor. Com esse fenômeno, a camada de ozônio também será queimada. Em decorrência da queda dos níveis de dióxido de carbono, as plantas serão uma das primeiras afetadas e, consequentemente, haverá queda da produção de oxigênio.

Dentro de um período de 10 mil anos, a flora será extinta e, em seguida, o mesmo acontecerá com espécies marinhas e terrestres, que não terão como se manter vivas sem uma atmosfera favorável à respiração. A simulação mostra que haverá mais metano, acelerando a morte de animais que dependem do oxigênio. O resultado, portanto, será um planeta sem vida, povoado apenas por pequenos organismos anaeróbios, como bactérias — um cenário similar àquele encontrado na Terra antes da evolução das plantas e dos animais.

Fotografia ‘A Bolinha Azul’ obtida durante a missão Apollo 17, em 1972.

A Terra possui a maior parte de sua superfície coberta por água em estado líquido. Fotografia do planeta feita pela tripulação da Apollo 8 em 1968. (revistagalileu.globo)

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