Um dos principais mecanismos
que a floresta utiliza para influenciar o clima é o fenômeno dos rios voadores,
que são massas de ar úmido que transportam a umidade evaporada do oceano
Atlântico para o interior do continente. Ao chegar na Amazônia, essa umidade se
transforma em chuva, que é devolvida para a atmosfera pela transpiração das
árvores e plantas.
Esse processo se repete
várias vezes, formando correntes de vapor que seguem para o oeste e depois, ao
encontrar a Cordilheira dos Andes, mudam de direção para o sul. Assim, os rios
voadores contribuem para as chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do
Brasil, além de outros países como Bolívia, Argentina e Paraguai.
O desmatamento da Amazônia é
um grave problema ambiental que traz consequências não apenas para a
biodiversidade, mas também para o regime de chuvas e o clima do Brasil e do
mundo. Segundo um estudo publicado na revista Nature Climate Change, a perda de
floresta na região pode reduzir em até 12% a precipitação na América do Sul e
em até 5% na Europa e na África.
Desmatamento na Amazônia pode reduzir volume de chuvas em até 70%
Pesquisadores coletaram dados da região de floresta por mais de 10 anos e concluíram que a devastação da cobertura vegetal tem impacto até quatro vezes maior que o estimado anteriormente.
Quando a floresta é desmatada
ou queimada, ela perde sua capacidade de atrair a umidade e de reciclar a água
da chuva. Isso reduz a quantidade e a regularidade das precipitações na região
e em áreas mais distantes. Além disso, o desmatamento aumenta a emissão de
gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), que contribuem para o
aquecimento global. A floresta amazônica é um importante sumidouro de carbono,
pois retira esse gás da atmosfera pela fotossíntese e o armazena na biomassa
vegetal. Sem desmatamento e queimadas, a Amazônia brasileira seria capaz de
absorver 0,19 bilhões de toneladas de CO2 por ano.
Quando a floresta amazônica é
derrubada, o processo hidrológico é enfraquecido e o clima se torna mais seco e
quente. Isso pode afetar a produção agrícola, a geração de energia
hidrelétrica, a saúde humana e a biodiversidade.
As consequências do
desmatamento da Amazônia são graves e variadas. Entre elas, podemos citar:
– Alteração do funcionamento
dos ecossistemas;
– Perda da biodiversidade e
dos recursos naturais;
– Prejuízos econômicos e
sociais para as populações locais e regionais;
– Impacto na fertilidade do
solo e nos ciclos hidrológicos;
– Aumento das temperaturas
médias e dos eventos climáticos extremos;
– Crescimento das taxas de
nascimentos prematuros;
– Aumento de mortes e doenças
respiratórias nas pessoas e nos animais.
Diante desse cenário, é
urgente adotar medidas para conter o avanço do desmatamento na Amazônia e
promover o uso sustentável dos recursos naturais. Além disso, é necessário
investir em fiscalização, monitoramento, educação ambiental e incentivos
econômicos para a conservação da floresta.
Somente assim será possível garantir a sobrevivência da Amazônia e dos benefícios que ela proporciona para o Brasil e para o mundo.
'Rios voadores' perdem força e alteram clima em todo o Brasil, segundo especialistas, por conta do aumento das queimadas na Amazônia.
Desmatamento na Amazônia
afeta fenômeno 'rios voadores' e pode alterar clima em outras regiões
brasileiras
Pesquisadores explicam que ação do homem vem causando 'efeito cascata' no meio ambiente. 'Rios voadores' são massas de ar úmido que levam chuvas ao restante do Brasil.
A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e regula o clima e o ciclo de chuvas de toda a América do Sul e de outras regiões do planeta. Ela faz isso por meio dos rios voadores, que são massas de ar úmido que transportam a umidade do oceano Atlântico para o interior do continente e depois para o sul. O desmatamento da Amazônia reduz a capacidade da floresta de atrair e reciclar a água da chuva, diminuindo a quantidade e a regularidade das precipitações na região e em áreas mais distantes. Além disso, o desmatamento aumenta a emissão de gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global. (ecodebate)




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