Na Conferência, como pontos
positivos, podemos destacar o amadurecimento da mentalidade ambiental e o
processo de conscientização para as mudanças climáticas, que foi muito
beneficiado pelo avanço das novas tecnologias e serviu para fundamentar os
alertas dos especialistas com relação aos problemas resultantes do
desequilíbrio climático, papel crucial no fomento das discussões e na busca de
soluções por parte dos governos dos principais países do mundo.
As empresas passaram a ver o engajamento ambiental de suas marcas como um importante aliado para a construção de uma imagem positiva diante da sociedade e, com isso, houve uma evolução nos processos relacionados à preservação ambiental. Vários resultados têm sido alcançados por iniciativas destinadas a diminuir as emissões de carbono.
Exemplo disso é o projeto de um dos maiores startups de entrega de alimentos do Brasil, que substituiu a entrega motorizada por bicicletas. Além disso, fez parceria com uma empresa fabricante de motos elétricas, o que permitiu a realização de 5,7 milhões de entregas sustentáveis. Somente essa empresa, em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica, investiu no plantio de 50 mil mudas de árvores, o equivalente a 20 campos de futebol. A previsão é que em 20 anos sejam retiradas mais de 8 milhões de toneladas de carbono da atmosfera, quantia correspondente a 28 milhões de entregas.
Apesar de todos os avanços
nas áreas governamentais e nas empresas privadas, acredito que o maior avanço
ainda está por vir. É preciso conscientizar a sociedade de que a maior e mais
impactante fase de contenção das mudanças climáticas irá começar quando a
questão ambiental deixar de ser apenas um projeto de governo e se tornar um
plano pessoal e de vida de cada cidadão.
A educação ambiental está
presente nas escolas, mas precisa estar no âmbito familiar, somente assim
atingirá as pessoas em sua totalidade. É nos lares que os principais conceitos
são fundamentados, as boas atitudes são consolidadas e a parceria
escola-família ganhar um poder transformador.
É o momento de cada indivíduo buscar a sua própria redução da emissão de carbono e pensar no inventário pessoal de carbono zero, ideia que vai em direção à iniciativa chamada de “pegada de carbono pessoal”, em que cada um é responsável por reduzir a sua própria emissão diária.
Se cada cidadão se tornar um agente redutor de carbono, isso poderá se concretizar na maior transformação ambiental já vista na história.
A preservação da vida é
responsabilidade de todos e a solução começa com pequenas atitudes. (ecodebate)
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