quinta-feira, 27 de junho de 2024

Risco à Saúde de 246 Milhões de Idosos até 2050

Calor Extremo: Risco à Saúde de 246 Milhões de Idosos Até 2050.

Nos próximos 26 anos, até 246 milhões de pessoas, com mais de 69 anos, viverão em regiões de estresse térmico agudo, com sérios riscos à saúde. Habitantes da Ásia e da África sofrerão mais o impacto e podem não conseguir se adaptar, alerta estudo.
Regiões do mundo com maior risco de ondas de calor de alto impacto

Aumentos na intensidade, duração e frequência das ondas de calor representam ameaças diretas à saúde física, com consequências especialmente graves para adultos mais velhos

Até 2050, mais de 23% da população global com mais de 69 anos viverá em climas com exposição aguda ao calor maior do que o limiar crítico de 37,5°C, em comparação com 14% em 2020

Prevê-se que até 246 milhões de idosos em todo o mundo sejam expostos a calor agudo perigoso até o ano 2050, em comparação com os níveis atuais – com aqueles que vivem na Ásia e na África experimentando os efeitos mais graves – sugere uma pesquisa.

Os resultados da pesquisa podem ajudar a informar as avaliações regionais de risco térmico e a tomada de decisões em saúde pública. Um painel de visualização interativo exibe as mudanças demográficas atuais e projetadas e os riscos relacionados ao calor em todos os países do mundo.

23% dos idosos do planeta viverão expostos ao calor extremo em 2050

A população mundial está envelhecendo a um ritmo sem precedentes. Espera-se que o número de pessoas com mais de 60 anos duplique para quase 2,1 bilhões de pessoas até 2050, com mais de dois terços residindo em países de baixa e média renda, onde os eventos extremos impulsionados pelas mudanças climáticas são especialmente prováveis.

Aumentos na intensidade, duração e frequência das ondas de calor representam ameaças diretas à saúde física, com consequências especialmente graves para adultos mais velhos, dada a sua maior suscetibilidade à hipertermia e condições de saúde comuns agravadas pela exposição ao calor.

Apesar de uma extensa pesquisa confirmar os efeitos individuais do calor extremo no risco de saúde e mortalidade dos idosos, a exposição ao calor em nível de população mais velha recebeu menos atenção.

Uma equipe internacional de pesquisadores do Centro Euro-Mediterrâneo de Mudanças Climáticas, da Universidade de Boston e da Universidade Ca’ Foscari de Veneza, liderada por Giacomo Falchetta, quantificou a exposição crônica a altas temperaturas médias e a frequência e intensidade da exposição aguda a altas temperaturas extremas, para diferentes faixas etárias em todo o mundo.

Os autores sugerem que as áreas com o envelhecimento da população e o aumento das exposições ao calor provavelmente enfrentarão demandas consideráveis por serviços sociais e de saúde, exigindo novas intervenções políticas.

Calor extremo poderá matar 5 vezes mais até 2050, diz relatório divulgado pela OMS.

Os resultados podem ser úteis para avaliações relacionadas à saúde e planejamento de adaptação às mudanças climáticas. (ecodebate)

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