Fenômenos climáticos extremos
podem causar sérios danos à infraestrutura urbana, à saúde pública e à economia
das cidades.
As cidades são grandes
emissores de gases de efeito estufa, que contribuem para o agravamento das
mudanças climáticas. Segundo a ONU, as cidades são responsáveis por até 70% das
emissões globais de CO2. Por isso, as cidades têm um papel
fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa e na busca por
soluções sustentáveis para o desenvolvimento urbano.
Algumas medidas que as
cidades podem adotar para mitigar as mudanças climáticas são:
• Incentivar o uso de
energias renováveis, como solar, eólica e biomassa, que são mais limpas e menos
poluentes do que os combustíveis fósseis;
• Promover a eficiência
energética em toda a infraestrutura municipal, como iluminação pública,
edifícios públicos e privados, sistemas de água e esgoto;
• Estimular o transporte
público de massa, como metrô, trem e ônibus, que reduzem o número de veículos
nas ruas e consequentemente as emissões de gases de efeito estufa;
• Planejar o crescimento
urbano de forma sustentável, evitando a expansão desordenada e a ocupação de
áreas verdes e de proteção ambiental;
• Reduzir o desperdício de alimentos, que representa uma grande fonte de emissões de metano, um dos gases de efeito estufa mais potentes.
No entanto, apenas mitigar as mudanças climáticas não é suficiente. As cidades também precisam se adaptar aos impactos das mudanças climáticas que já estão acontecendo e que tendem a se intensificar no futuro. As medidas de adaptação visam proteger a população e a infraestrutura urbana dos riscos das mudanças climáticas. Algumas medidas de adaptação são:
• Construir infraestrutura
resiliente a eventos climáticos extremos, como pontes, viadutos, estradas,
redes elétricas e hidráulicas;
• Elaborar planos de
evacuação para áreas propensas a inundações e escorregamento de encostas, que
podem ser afetadas por chuvas intensas;
• Implementar sistemas de
alerta precoce para eventos climáticos extremos, como tempestades, ciclones,
secas e incêndios florestais;
• Desenvolver programas de educação para a população sobre os riscos das mudanças climáticas e as formas de prevenção e adaptação.
As mudanças climáticas são um desafio global que exige ações locais. As cidades precisam se adaptar às mudanças climáticas para garantir a qualidade de vida da população urbana, em especial dos idosos e da população mais vulnerável. Ao mesmo tempo, as cidades precisam reduzir suas emissões de gases de efeito estufa para contribuir para a mitigação das mudanças climáticas e evitar cenários ainda mais catastróficos no futuro.
Os impactos das mudanças
climáticas estão colocando em risco a saúde da população urbana, em especial
dos idosos e da população mais vulnerável.
O aumento da temperatura pode
levar a um aumento da incidência de doenças cardiovasculares, respiratórias e
neurológicas. As ondas de calor, por sua vez, podem causar morte súbita,
desidratação, insolação e agravamento de doenças crônicas. Os eventos de
precipitação extremos podem causar inundações, deslizamentos de terra e outros
desastres naturais que podem levar a ferimentos, doenças e até morte. O aumento
do nível do mar pode causar inundações costeiras, que podem deslocar pessoas e
causar problemas de saúde relacionados à qualidade da água e da comida.
A população idosa e a população mais vulnerável são mais suscetíveis aos impactos das mudanças climáticas na saúde pública. Os idosos, por exemplo, têm mais probabilidade de sofrer de doenças crônicas, como doenças cardíacas, pulmonares e diabetes, que podem ser agravadas pelo calor, pela poluição e por outros impactos das mudanças climáticas. A população mais vulnerável, por sua vez, pode ter menos acesso a cuidados de saúde e a recursos para se proteger dos impactos das mudanças climáticas.
Diante dos impactos na saúde pública, existem medidas que já se provaram eficazes:
• Criação de pontos permanentes
de hidratação;
• Rede de bebedouros públicos
de amplo e fácil acesso;
• Climatização de toda rede
de transporte público;
• Políticas especiais de
atendimento e acolhimento da população em situação de rua;
• Obrigatoriedade de bares e
restaurantes oferecerem gratuitamente água filtrada para qualquer pessoa,
cliente ou não;
• Pontos de ônibus cobertos;
• Uso de aplicativos de
alerta e orientações para a população;
• Identificação e
gerenciamento de locais com riscos de desastres, de inundações, escorregamento
de encostas, etc.
• Climatização das
instalações e salas de aula da rede pública de ensino;
• Climatização das
instalações da rede pública de saúde;
• Plano de arborização urbana
e incentivo aos telhados brancos;
• Investir em sistemas de drenagem e microdrenagem para as águas pluviais das áreas urbanas; etc.
As cidades que não agirem urgentemente para mitigar e adaptar-se às mudanças climáticas estarão sujeitas a danos cada vez mais graves. É fundamental que as cidades desenvolvam planos abrangentes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, com metas claras e prazos definidos. (ecodebate)
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