Brasil
pede à UE (União Europeia) que adie implementação de lei contra desmatamento.
O
governo brasileiro formalizou pedido à União Europeia para que adie a
implantação de sua nova lei contra o desmatamento, que está prevista para o fim
de dezembro. A medida preocupa o agronegócio brasileiro, e pode impactar nas
exportações para o mercado europeu.
O documento foi entregue em 11/09/24 e assinado pelos ministros Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, e Mauro Vieira, das Relações Exteriores. Fávaro entregou a carta pessoalmente ao comissário europeu para Agricultura e Desenvolvimento Rural, Janusz Wojciechowski, em reunião na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O encontro ocorreu paralelamente ao grupo de trabalho do G20 Agro, que se reúne na cidade.
Brasil pede à UE que adie implementação da lei antidesmatamento
Acordo
entre Mercosul e União Europeia
Segundo
a lei europeia, produtores brasileiros de soja, carne, couro, madeira,
borracha, café, cacau e óleo de palma terão que atender a procedimentos
complexos para comprovar que seu produto cumpre a legislação brasileira e não
tem origem em áreas de desmatamento, seja legal ou ilegal. O governo estima que
a mudança pode ter um impacto negativo de US$ 15 bilhões na balança comercial.
No documento, os ministros pedem que a lei não seja implementada em dezembro, e que a União Europeia “reavalie urgentemente a sua abordagem sobre o tema”. Eles argumentam ainda que a medida é unilateral e punitiva.
Brasil pede adiamento de lei ante desmatamento na Europa
O
pedido ocorre em meio a negociações entre o Mercosul e a União Europeia para um
acordo comercial. Um dos temas mais sensíveis envolve justamente as duras
exigências ambientais que o bloco europeu quer impor a países sul-americanos.
(biodieselbr)
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