sábado, 9 de novembro de 2024

Brasil adere à iniciativa internacional voltada para captura de carbono

País fortalece compromisso com a descarbonização e amplia cooperação internacional em tecnologias de CCUS.
Brasil aderiu à iniciativa internacional de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS):

O anúncio foi feito em Foz do Iguaçu (PR) dia 03/10/24, durante os debates do G20 sobre transição energética

A iniciativa é promovida pela Clean Energy Ministerial (CEM) e integra 15 países

O objetivo é acelerar o desenvolvimento e a implementação da tecnologia de CCUS

A participação do Brasil na iniciativa possibilita parcerias estratégicas no setor de petróleo

Brasil adere à iniciativa internacional que lidera esforços para captura de carbono

Com a entrada na CEM CCUS, país fortalece compromisso com a descarbonização e amplia cooperação internacional em tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono.

O Brasil vai aderir à Iniciativa de Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS), promovida pelo Clean Energy Ministerial (CEM). O anúncio foi feito dia 03/10/24 em Foz do Iguaçu, no Paraná, durante reunião do CEM e Mission Innovation (MI). O evento ocorre em paralelo às reuniões do GT de Transições Energéticas do G20.

O governo brasileiro, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME), confirmou a decisão de integrar o grupo de 15 países que lideram esforços globais para acelerar o desenvolvimento e a implementação da tecnologia de CCUS no mundo. Representando o ministro Alexandre Silveira, o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes, destacou a importância da tecnologia para o país.

“O Brasil já tem um dos maiores projetos do mundo de CCUS na Bacia de Santos. Em 2023, estimamos que foram injetados nos reservatórios 20 milhões de toneladas de CO2, e chegaremos a 40 milhões de toneladas em 2030, em função do aumento da nossa produção. Estamos comprometidos com várias iniciativas que contribuem para o avanço dos compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris”, afirmou.

A iniciativa, criada em 2018, é um dos principais fóruns globais dedicados a promover o diálogo entre governos, indústria e setor financeiro, com o objetivo de avançar políticas e investimentos em CCUS. Entre os membros estão países como Austrália, Canadá, China, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.

Ao aceitar o convite, o Brasil fortalece o papel central no combate às mudanças climáticas, colaborando com outras nações na troca de conhecimentos, desenvolvimento de políticas públicas e identificação de oportunidades de investimento. A participação também abre portas para parcerias estratégicas no setor de petróleo, que está diretamente envolvido em iniciativas globais de descarbonização.

CNI prioriza tecnologias de energia limpa para descarbonização em recomendação no B20 Índia.

A proposta para o setor produtivo alinha-se ao Plano da Indústria Brasileira, que enxerga na crescente demanda por energias limpas uma oportunidade para o Brasil consolidar suas vantagens competitivas internacionalmente.

Outras iniciativas

Em agosto deste ano, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou resolução que inclui a descarbonização do setor de E&P como um item constitutivo da política energética nacional. A aprovação do Combustível do Futuro, maior e mais inovador programa de descarbonização da matriz de transportes do mundo, também inclui marco regulatório para a tecnologia de sequestro de carbono.

Além disso, o Brasil já integra o Carbon Management Challenge (CMC), estando à frente do Workstream 2, que tem por objetivo atingir a meta de sequestro de 1 gigatoneladas por ano de CO2 até 2030.

Brasil já definiu inúmeras políticas para indústria com baixo carbono, alta mobilidade verde e uma funcional economia circular.

Paralelamente a todas essas políticas ecológicas e sustentáveis, uma estratégia nacional para a implantação de uma sustentável economia circular, visando o incentivo ao uso eficiente da maioria dos recursos naturais. (gov.br)

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