2024
superou a marca de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, confirma o Observatório
Copernicus.
ONU
confirmou 2024 como o ano mais quente já registrado, com cerca de 1,55°C acima
dos níveis pré-industriais. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou
em 10/01/25 que 2024 foi o ano mais quente já registrado, com base em seis
conjuntos de dados internacionais.
O
Copernicus Climate Change Service (C3S) confirmou 2024 como o ano mais quente
já registrado globalmente, ultrapassando pela primeira vez a marca de 1,5°C
acima dos níveis pré-industriais.
A
extensão do gelo marinho na Antártica e no Ártico também atingiu níveis
historicamente baixos.
Finalmente,
as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e metano continuaram a
aumentar, atingindo níveis recordes.
Temperaturas globais sem precedentes:
A temperatura média global em 2024 atingiu 15,10°C, o que representa 0,72°C acima da média de 1991-2020 e 1,60°C acima da estimativa do período pré-industrial (1850-1900).
Este
é o primeiro ano em que a temperatura média global excedeu 1,5°C acima dos
níveis pré-industriais.
Cada
um dos últimos dez anos (2015-2024) figura entre os dez mais quentes já
registrados.
Onze
meses do ano tiveram temperaturas médias globais superiores a 1,5°C acima dos
níveis pré-industriais.
Um
novo recorde diário de temperatura global foi alcançado em 22 de julho de 2024,
com 17,16°C.
As
temperaturas foram mais altas em 2024 em todas as regiões continentais, exceto
na Antártida e Australásia.
Temperaturas
da superfície do oceano:
A
temperatura média anual da superfície do mar (TSM) nos oceanos extrapolares
atingiu um recorde de 20,87°C, 0,51°C acima da média de 1991-2020.
As
temperaturas da superfície do mar foram extremamente altas de janeiro a junho
de 2024.
O
fenômeno El Niño, que atingiu o pico em dezembro de 2023, contribuiu para o
aumento das temperaturas do oceano.
Em
2024, foi registrada uma quantidade recorde de vapor d’água na atmosfera, cerca
de 5% acima da média de 1991-2020, o que amplifica a intensidade das
tempestades e eventos de precipitação.
Áreas
do Hemisfério Norte experimentaram um aumento nos dias com “forte estresse
térmico” e algumas até “extremo estresse térmico”.
Em
10/07/2024, 44% do globo foi afetado por estresse térmico forte ou extremo,
marcando um novo máximo anual.
Incêndios
florestais em larga escala foram observados nas Américas, com Bolívia e
Venezuela registrando os níveis mais altos de emissões de carbono devido a
esses incêndios.
Gelo
marinho:
O
gelo marinho na Antártida atingiu valores mínimos recordes ou quase recordes
pelo segundo ano consecutivo.
No ártico, a extensão do gelo marinho ficou relativamente próxima da média de 1991-2020 até julho, mas caiu bem abaixo da média nos meses seguintes.
Gases de efeito estufa:
Concentrações
atmosféricas de dióxido de carbono/CO2 e metano/CH4
continuaram a aumentar, atingiu níveis anuais recordes em 2024.
Em 2024, as concentrações de dióxido de carbono foram 2,9 ppm mais altas
do que em 2023, e as concentrações de metano foram 3 ppb mais altas.
Ações
coordenadas:
Organizações
globais de monitoramento climático, como ECMWF, NASA, NOAA, Met Office do Reino
Unido, Berkeley Earth e a Organização Meteorológica Mundial (OMM), coordenaram
a divulgação de seus dados, ressaltando as condições excepcionais de 2024.
Os
dados de 2024 revelam um quadro preocupante do estado do clima global. As
temperaturas recordes, acompanhado de eventos climáticos extremos e alterações
no gelo marinho, confirmam que a emergência climática é uma realidade.
O
aumento contínuo dos gases de efeito estufa e seus impactos destacam a
necessidade urgente de medidas para reduzir as emissões e adaptar-se às
mudanças climáticas.
Embora
o limite de 1.5°C estabelecido pelo Acordo de Paris seja para temperaturas
médias de pelo menos 20 anos, os resultados de 2024 sinalizam que o aumento das
temperaturas globais está ultrapassando o que a humanidade já experimentou.
(ecodebate)
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