sexta-feira, 21 de março de 2025

Calor intenso faz consumo de energia crescer 2,2% em janeiro/25

Calor intenso impulsiona consumo de energia, que cresce 2,2% em janeiro

Demanda cresceu a partir da segunda quinzena do mês de janeiro/25, quando as temperaturas ficaram ainda mais elevada, aponta CCEE.
As altas temperaturas registradas no Brasil elevaram o consumo de energia elétrica em 2,2% em janeiro na comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados divulgados pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Setor de saneamento básico registrou o maior crescimento no consumo, com uma alta expressiva de 56% em relação ao mesmo mês de 2024. Aumento foi impulsionado pela maior necessidade de ventilação e refrigeração, além do uso mais intenso da água durante o mês.

Segundo a CCEE, o consumo registrado em janeiro desse ano passou a crescer de forma mais significativa a partir da segunda quinzena do mês, quando as temperaturas ficaram ainda mais elevadas e atingiram recordes em algumas regiões.

Consumo em MW médios

Jan/24 ----- Jan/25 ----- Variação
71.267,47  -  72.858,58 - 2,2%

Calor recorde mesmo com chuvas acima da média

No início de fevereiro, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) divulgou um levantamento sobre os principais fenômenos meteorológicos que atuaram no Brasil em janeiro de 2025.

O relatório aponta dois destaques principais: chuvas intensas acima da média histórica em grande parte do país e recordes de temperatura em diversas localidades.

Em janeiro/25, choveu em quase todo o país, com os maiores acumulados concentrados entre a Região Norte, Centro-Oeste e Sudeste.

As atuações de instabilidades atmosféricas favoreceram a ocorrência de precipitações expressivas, com acumulados acima de 250 mm em muitos estados, informou o instituto.

Em contrapartida, o relatório destaca que as ondas de calor no mês quebraram recordes de temperatura em muitas estações meteorológicas do país.

Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em Amambaí (MS), onde a temperatura atingiu 40,3°C em 10/01/25, superando em 2,5°C o recorde anterior de 37,8°C, registrado em 2019.

Apesar do volume significativo de chuvas, Bernardo Marangon, diretor da Prime Energy, empresa do Grupo Shell, explica que as altas temperaturas tendem a influenciar muito mais o consumo de energia por parte da população do que o excesso de chuvas.

“O aumento da temperatura eleva o consumo de energia, principalmente pelo uso intensificado de ar-condicionado. Além disso, essa época do ano coincide com um aumento significativo nas vendas desses equipamentos”, disse.

Um detalhe interessante é que esses aparelhos costumam ter seu pico de consumo justamente nos horários em que a geração de energia solar está no auge”, ressaltou o profissional.

Nova onda de calor se inicia

Segundo o Inmet, a partir de 16/02/25 o Brasil enfrenta mais uma onda de calor em diversas regiões do país, com destaque para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.

O instituto alerta que nessas localidades as temperaturas máximas podem se manter 5ºC acima da média por período maior do que 5 dias.

“A massa de ar quente e seco, que já vem atuando desde os últimos dias em áreas das regiões Sudeste, Sul e Nordeste, ganhou força a partir de 16/02/25”, destacou o Inmet.

Em São Paulo, já há um alerta emitido pela Defesa Civil em vigor até 23/02/25 para as altas temperaturas informando que as máximas podem chegar a 38°C em algumas regiões.

Rio de Janeiro com temperaturas escaldantes extremas.

Calor extremamente escaldante faz praias do Rio de Janeiro/RJ ficarem lotadas.

No Rio de Janeiro/RJ, a prefeitura alertou para dias de calor extremo com máximas de 42°C. A capital carioca bateu o recorde de dia mais quente em fevereiro/25, que é de 41,8°C, registrado em fevereiro/2023 na estação de Irajá (RJ). (canalsolar)

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