Engie destina para reciclagem
2.900 toneladas de painéis solares em parceria com a SunR.
“Os danos em Paracatu
trouxeram um grande desafio para a companhia. Cada unidade de geração conta com
um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), porém o volume gerado foi
muito acima do comum e tivemos que trabalhar junto da SunR para desenvolver um
plano de ação eficaz, rápido e que nos permitisse iniciar as obras de
recuperação do Conjunto enquanto os rejeitos eram direcionados para
reciclagem”, explica o gerente do Conjunto Fotovoltaico Paracatu, Arthur
Henrique Munaretti.
A Engie se organizou para viabilizar a logística de carregamento a fim de que a SunR pudesse transportar o material até as suas instalações, em uma nova unidade mais próxima do Conjunto Fotovoltaico Paracatu, onde estão sendo processados os componentes que integram os painéis para reaproveitamento. Por lá, o vidro é enviado para indústrias como a de microesferas utilizadas em tintas para pavimentos rodoviários e os metais nobres são recuperados para reaproveitamento na indústria.
Reciclagem de painéis solares já é realidade
Em 2019 o Brasil foi o 5º
país que mais produziu lixo eletrônico, ficando atrás da China, EUA, Índia e
Japão. Com o crescimento acelerado da energia fotovoltaica no, como ficam as
questões relacionadas à reciclagem de painéis solares?
Foram aproximadamente 100.000
painéis solares descartados, que, no início, precisavam ser transportados de
Minas Gerais até a unidade mais próxima da SunR, localizada em Valinhos, no
interior de São Paulo. Dentre os principais desafios, estavam a logística de
armazenamento, carregamento e transporte, a capacidade de processamento e o
tráfego de caminhões na usina, que tinha espaço limitado.
Para solucionar estes
problemas, a SunR abriu uma unidade em Montes Claros, Minas Gerais, ampliando a
capacidade de processamento e reduzindo a distância no transporte da carga.
Além disso, a companhia articulou o uso de pallets que seriam descartados por
um outro projeto fotovoltaico próximo e foram usados para o transporte dos
módulos descartados.
“Éramos parceiros da Engie na
reciclagem de painéis solares, mas não no volume que tivemos em Paracatu. Foi
um desafio, mas também uma oportunidade de desenvolvermos e ampliarmos nossa
empresa. Desde o início da nossa operação, já fizemos mais de cem coletas e
recebemos mais de 4.500 toneladas de resíduos, para dar o melhor tratamento e
retornar para a cadeia produtiva tudo aquilo que seria descartado como lixo”,
afirma o CEO e criador da SunR, Leonardo Duarte.
A coleta dos painéis foi encerrada em janeiro e o processamento dos materiais segue em andamento.
Máquina de processamento de materiais da SunR
Criada
em 2020, a SunR desenvolveu a tecnologia PV-MRC (Photovoltaic Mobile Recycling
Container) para processar e reciclar painéis fotovoltaicos no Brasil. Capaz de
processar 100 módulos por hora, a tecnologia é totalmente brasileira, inovadora
na América Latina e 100% móvel, podendo ser direcionada e adaptada para locais
de maior demanda.
O Conjunto Fotovoltaico
Paracatu, localizado no município de mesmo nome, no estado de Minas Gerais, é
formado por 4 usinas fotovoltaicas que totalizam 132 MW de capacidade
instalada. Depois de um período de reparo nos dados, a usina foi totalmente
reenergizada em outubro de 2024. (pv-magazine-brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário