Em 2025 o Brasil deverá ter um clima quente na maior parte do país, mas com a possibilidade de frio no Sul. O mês de janeiro/25 foi o mais quente já registrado na história.
Previsões climáticas
Verão termina em 20 de março
Outono começa em 20 de março
e termina em 20 de junho
O inverno começa em 20 de
junho e termina em 22 de setembro
Impactos do aquecimento
global
O aquecimento global aumenta
a frequência e a intensidade de fenômenos extremos do clima
O aquecimento global leva o
ciclo da água a novos extremos
Desafios climáticos
Conscientizar sobre a
importância da diversidade de espécies e dos ecossistemas
Realizar projetos de
reflorestamento e proteção de habitats
Restaurar ecossistemas
Promover a agricultura
regenerativa
Fortalecer a bioeconomia
Gerir resíduos sólidos
Gerar energia a partir dos
resíduos
Descarbonizar a economia
Educar as comunidades sobre o meio ambiente
O que se pode esperar do clima para o Brasil em 2025
‘Estamos vivenciando os
primeiros impactos de um mundo a +1,5ºC’, diz pesquisador sobre mudança
climática
Johan Rockstrom, do Instituto
Potsdam, afirma que efeitos globais são 'advertência severa' sobre impactos
reais.
Equipes de resgate combateram
incêndio em Los Angeles/USA. Inúmeras pessoas morreram e milhares ficaram fora
de casa.
Mudanças climáticas explicam pior incêndio da história de Los Angeles (USA)
Pela primeira vez, desde 2024, estamos vivendo em um planeta com média de temperatura acima de1,5ºC. O mundo sofreu um aumento do limite simbólico estabelecido pelo Acordo de Paris para combater a mudança climática, uma situação que exige uma "ação climática pioneira", segundo a ONU.
Os efeitos reais do
aquecimento global atual não têm precedentes em pelo menos 120 mil anos. É uma
"advertência severa", disse Johan Rockstrom, do Instituto Potsdam,
que pesquisa o impacto da mudança climática. "Estamos vivenciando os
primeiros impactos de um mundo a +1,5ºC", disse.
O ano de 2024 foi o mais
quente da história e o primeiro a romper a barreira de 1,5°C de aumento na
temperatura média da Terra, estipulado como limite crítico pelo Acordo de
Paris. Os dados mostram um aumento médio de 1,55ºC na temperatura média global,
que chegou a 15,10°C, e foram divulgados pelo observatório europeu Copernicus.
Por isso, em 2024, o mundo
potencialmente viveu "o primeiro ano civil com uma temperatura média
global de mais de 1,5ºC, acima da média de 1850-1900". Isto confirma as
tendências de alta de temperaturas vistas na última década.
"Temperaturas sem
precedentes em 2024 exigem uma ação climática drástica em 2025", disse o
secretário-geral da ONU, António Guterres. "Ainda há tempo para evitar o
pior da catástrofe climática", mas os líderes devem "agir agora",
enfatizou Gutérres.
É
improvável que o novo ano quebre esses recordes novamente, mas o Gabinete de
Meteorologia Britânico alertou que 2025 pode ser um dos três anos mais quentes
já registrados no planeta. Os dados também foram confirmados nos Estados Unidos
pela agência de oceanos e atmosfera do país (NOAA).
Em 2025, conforme o Acordo de
Paris, os países signatários devem anunciar os novos compromissos climáticos,
atualizados a cada 5 anos, com os EUA, um dos maiores emissores de gases de
efeito estufa do planeta, sob a gestão do negacionista climático Donald Trump.
No entanto, os esforços para a redução de gases de efeito estufa estão diminuindo em alguns países ricos: apenas −0,2% nos EUA no ano passado, diz um relatório independente.
Sinal de alerta
Os incêndios devastadores na
região de Los Angeles, que deixaram pelo menos dez mortos e milhares de casas
queimadas, coincidiram com as previsões alarmantes.
Outros desastres agravados
pela mudança climática surgiram nos últimos meses: 1.300 mortos em ondas de
calor extremo na peregrinação a Meca em junho/2024, inundações históricas no
Rio Grande do Sul, e também na África e na Espanha, furacões violentos nos
Estados Unidos e no Caribe.
Em termos econômicos, os
desastres naturais causaram US$ 320 bilhões (R$ 1,9 trilhão) em prejuízos
econômicos no mundo todo em 2024, segundo a seguradora Munich Re.
No entanto, durante a COP29,
realizada em Baku, no Azerbaijão, o financiamento estabelecido para que os
países em desenvolvimento possam mitigar os efeitos climáticos foi de apenas
US$ 300 bilhões, e permaneceu quase em silêncio sobre as ambições de redução de
gases de efeito estufa e, em particular, a eliminação de combustíveis fósseis.
Restringir o aquecimento a
1,5°C em vez de 2°C, o limite mais alto do Acordo de Paris, reduziria
significativamente suas consequências mais catastróficas, segundo o IPCC, o
painel de especialistas climáticos da ONU.
"Cada ano da última
década [2014-2024] foi um dos dez mais quentes já registrados", alertou
Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudança Climática (C3S) do
Copernicus. Os oceanos, que absorvem 90% do excesso de calor causado pela
humanidade, também continuaram seu superaquecimento, atingindo um recorde no
ano passado.
Média anual de temperaturas na superfície, excluindo as áreas polares, atingiu o nível inédito de 20,87°C, quebrando o recorde de 2023.
"Em nossas mãos"
Além dos impactos imediatos
das ondas de calor marinhas sobre os corais e peixes, esse superaquecimento
duradouro dos oceanos, o principal regulador do clima da Terra, afeta as
correntes marinhas e atmosféricas.
Mares mais quentes liberam
mais vapor de água na atmosfera, fornecendo energia adicional para tufões,
furacões e tempestades.
O Copernicus observa,
portanto, que o nível de vapor de água na atmosfera também atingiu um recorde
em 2024, aproximadamente 5% acima da média de 1991-2020.
No ano passado, o mundo
testemunhou o fim do fenômeno natural El Niño, que induz ao aquecimento global
e aumento de eventos extremos, e uma transição para condições neutras ou o
fenômeno oposto, La Niña. A Organização Meteorológica Mundial alertou em
dezembro que este fenômeno seria "curto e de baixa intensidade" e
insuficiente para compensar os efeitos da mudança climática.
"O futuro está em nossas
mãos: ações rápidas e decisivas ainda podem mudar a trajetória do nosso clima
futuro", enfatiza Carlo Buontempo, diretor do C3S. (brasildefato)
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