Ondas de calor em fevereiro/25
pressionaram a infraestrutura elétrica no país.
O calor intenso e prolongado
traz um desafio para o planejamento das distribuidoras de energia, que veem a
demanda crescer, podendo gerar sobrecarga e superaquecimento em equipamentos
como transformadores, subestações e cabos elétricos, o que reduz a sua
eficiência e pode causar interrupções segundo alerta a Climatempo, empresa de
consultoria meteorológica e previsão do tempo empresa de consultoria
meteorológica e previsão do tempo.
Um novo recorde na demanda
média de carga no Sudeste/Centro-Oeste foi registrado pelo Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS) em 17/02/25, de 54.599 MWmed. Em menos de 30 dias, esta
é a segunda vez que houve registro de recorde de demanda média, superando em
1,1% os 53.997 MWmed de 22 de janeiro.
Em nível nacional, o ONS
registrou em 12/02/25 mais uma quebra de recorde na demanda de carga
instantânea no Sistema Interligado Nacional (SIN), que alcançou a marca de
103.785 MW. Foi o terceiro recorde do ano, superando os patamares aferidos em
11/02/25 (103.335 MW) e 22/1 (102.810 MW).
“Para minimizar impactos, é essencial um acompanhamento contínuo da previsão climática, com destaque para previsões mensais, que auxiliam as distribuidoras no planejamento e na operação do sistema elétrico”, explica a meteorologista e especialista da Climatempo para o setor elétrico, Marcely Sondermann.
Calor extremos tem se tornado mais frequente
Calor extremo pressiona
sistema elétrico e bate recordes de consumo no Brasil.
Uma onda de calor ocorre
quando as temperaturas ficam ao menos 5°C acima da média durante 5 dias
consecutivos. Nos últimos anos, essas ondas têm sido cada vez mais frequentes e
intensas devido às mudanças climáticas, e fenômenos naturais como o El Niño
(aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, que ocorreu em 2023 e 2024),
também favorecem a ocorrência de ondas de calor.
A meteorologista lembra que,
atualmente, estamos sob a influência do La Niña, caracterizado pelo
resfriamento do Pacífico equatorial. “No entanto, outros oceanos permanecem
muito aquecidos, intensificando as ondas atmosféricas e favorecendo a formação
de bloqueios atmosféricos – como o que estamos enfrentando agora em fevereiro.
Esses bloqueios atmosféricos estão associados a massas de ar seco e quente, que
favorecem a ocorrência de ondas de calor”, conta.
Apesar do calor intenso, a chuva ainda deve ocorrer nos próximos dias, mas de forma isolada. As pancadas serão mais esparsas e terão pouco efeito na redução do calor. Isso acontece porque a massa de ar quente inibe a formação de nuvens carregadas, favorecendo dias mais secos e quentes na maior parte das regiões impactadas.
De acordo com a Climatempo, faltando pouco para o fim do verão, a tendência é a que o período de chuva retorne amenizando o calor mais forte. Mas, ainda poderá ter alguns novos episódios de onda de calor até o fim do verão. (pv-magazine-brasil)
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