sábado, 31 de maio de 2025

Desmatamento reduz chuvas na Amazônia

Desmatamento reduz chuvas na Amazônia, aponta estudo.
Desmatamento na Amazônia reduz a quantidade de chuva, especialmente durante a estação seca, quando a floresta mais precisa. A perda de árvores afeta o ciclo hidrológico, reduzindo a evapotranspiração e, consequentemente, a formação de nuvens e chuvas.

O desmatamento na Amazônia tem um impacto significativo no regime de chuvas da região. Estudos mostram que a remoção da vegetação leva a um aumento nas chuvas durante a estação úmida, mas uma diminuição acentuada durante a estação seca, quando a floresta mais necessita de precipitação.

A floresta amazônica desempenha um papel crucial na regulação do clima, tanto local quanto global. A evapotranspiração, processo pelo qual a água é liberada para a atmosfera pelas plantas e pelo solo, é fundamental para a formação de chuvas. Quando a floresta é desmatada, a quantidade de água liberada para a atmosfera diminui, afetando o ciclo hidrológico e reduzindo a precipitação.

Além da redução das chuvas, o desmatamento também pode causar outros efeitos negativos, como aumento da erosão do solo e menor capacidade de armazenamento de água. A falta de chuva pode comprometer a agricultura, a disponibilidade de água potável e a biodiversidade da região.

Em resumo, o desmatamento na Amazônia não apenas contribui para as mudanças climáticas globais, mas também altera o regime de chuvas local, com consequências negativas para a região e para o planeta.

O desmatamento na Amazônia provoca mais chuvas na estação chuvosa e menos chuvas na estação seca, de acordo com uma nova pesquisa publicada hoje que destaca o papel "essencial" da floresta tropical na regulação do clima local e global.

O desmatamento na Amazônia não está apenas alterando paisagens locais, mas também reduzindo significativamente as chuvas na região, segundo uma nova pesquisa publicada na revista Earth’s Future.

O estudo revela que áreas extensivamente desmatadas experimentaram uma queda de até 30% na precipitação anual nas últimas duas décadas, com impactos potencialmente graves para ecossistemas e comunidades que dependem desses recursos hídricos.

Conexão entre floresta e chuva

A Amazônia desempenha um papel crucial na regulação do clima, liberando umidade na atmosfera por meio da evapotranspiração — processo em que as árvores liberam vapor d’água. Essa umidade é transportada por correntes de ar, formando “rios voadores” que alimentam chuvas em outras partes do Brasil e da América do Sul. Com a perda de vegetação, esse ciclo está sendo interrompido.

Usando dados de satélite e modelos climáticos, os pesquisadores compararam áreas preservadas com regiões desmatadas e constataram que, quanto maior a destruição da floresta, maior a redução nas chuvas. Em algumas áreas convertidas para agricultura ou pastagem, a diminuição chegou a 0,6 mm por dia durante a estação seca.

Desmatamento na Amazônia reduz chuvas e seca os rios.

Impactos em cadeia

A redução das chuvas pode acelerar ainda mais o declínio da floresta, criando um ciclo vicioso. Menos umidade significa maior risco de incêndios florestais e estresse para a vegetação remanescente, tornando-a mais vulnerável a secas prolongadas.

Além disso, a agricultura e o abastecimento de água para cidades podem ser afetados, com reflexos econômicos e sociais.

“Se o desmatamento continuar nesse ritmo, partes da Amazônia podem atingir um ponto de não retorno, transformando-se em savana”, alerta um dos autores do estudo.

Chamado para ação

Os pesquisadores enfatizam a urgência de políticas de conservação e reflorestamento para reverter a tendência. A proteção da Amazônia, destacam, não é apenas uma questão ambiental, mas também de segurança hídrica e climática para todo o continente.

Impactos da perda florestal no ciclo hidrológico regional da estação seca. (ecodebate)

Terra está emitindo “sinais de socorro”

ONU: O planeta Terra está emitindo “sinais de socorro”.

Os sinais claros da mudança climática induzida pelo homem atingiram novos patamares em 2024, de acordo com relatório lançado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O relatório sobre o Estado do Clima Global 2024 confirmou que o ano passado o mais quente no registro observacional estabelecido há e 175 anos.

2024 foi o primeiro ano cuja temperatura média ficou mais de 1,5°C acima da era pré-industrial, registrando uma temperatura média global próxima à superfície de 1,55 ± 0,13°C acima da média de 1850-1900.
Legenda: O relatório Estado do Clima Global confirma que 2024 foi provavelmente o primeiro ano a ficar mais de 1,5°C acima da temperatura na era pré-industrial. Com isso, se tornou o mais quente desde que começaram os registros, há 175 anos.

O principal relatório anual da Organização Meteorológica Mundial (OMM) mostrou que:

• A concentração atmosférica de dióxido de carbono está nos níveis mais altos dos últimos 800.000 anos.

• Globalmente, cada um dos últimos dez anos foi individualmente o mais quente já registrado.

• Cada um dos últimos oito anos estabeleceu um novo recorde para o conteúdo de calor do oceano.

• As 18 menores extensões de gelo marinho do Ártico registradas foram todas nos últimos 18 anos.

• As três menores extensões de gelo na Antártica ocorreram nos últimos três anos.

• A maior perda de massa de geleira em três anos já registrada ocorreu nos últimos três anos.

• A taxa de aumento do nível do mar dobrou desde o início das medições por satélite.

"Nosso planeta está emitindo mais sinais de socorro, mas este relatório mostra que ainda é possível limitar o aumento da temperatura global a longo prazo a 1,5°C. Os líderes devem se mobilizar para que isso aconteça, aproveitando os benefícios das energias renováveis baratas e limpas para seus povos e economias, com novos planos climáticos nacionais que devem ser apresentados este ano." - António Guterres, secretário-geral da ONU, 19/03/2025.

“Embora um único ano acima de 1,5°C de aquecimento não indique que as metas de temperatura de longo prazo do Acordo de Paris estejam fora de alcance, é um alerta de que estamos aumentando os riscos para nossas vidas, economias e para o planeta”, disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

Legenda: Temperatura média global 1850-2024 e diferença em relação à média de 1850-1900

O relatório afirma que o aquecimento global de longo prazo está atualmente estimado entre 1,34°C e 1,41°C em comparação com a linha de base de 1850-1900, com base em uma série de métodos, embora tenha observado as faixas de incerteza nas estatísticas de temperatura global.

Uma equipe de especialistas internacionais da OMM está examinando isso mais a fundo para garantir um acompanhamento consistente e confiável das mudanças de temperatura global de longo prazo, em colaboração com o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC).

Independentemente da metodologia utilizada, cada fração de grau de aquecimento é importante e aumenta os riscos e os custos para a sociedade.

O recorde de temperaturas globais observado em 2023 e quebrado em 2024 deveu-se principalmente ao aumento contínuo das emissões de gases de efeito estufa, juntamente com uma mudança de um evento La Niña de resfriamento para um evento El Niño de aquecimento. Vários outros fatores podem ter contribuído para os saltos de temperatura inesperadamente incomuns, incluindo mudanças no ciclo solar, uma erupção vulcânica maciça, aponta o relatório da OMM.

Temperaturas são apenas uma pequena parte de um quadro grave

“Os dados de 2024 mostram que nossos oceanos continuaram a se aquecer e os níveis do mar continuaram a subir. As partes congeladas da superfície da Terra, conhecidas como criosfera, estão derretendo em um ritmo alarmante: as geleiras continuam a recuar e o gelo marinho da Antártida atingiu a segunda menor extensão já registrada. Enquanto isso, o clima extremo continua a ter consequências devastadoras em todo o mundo”, disse Celeste Saulo.

Ciclones tropicais, inundações, secas e outros perigos em 2024 levaram ao maior número de novos deslocamentos registrados nos últimos 16 anos, contribuíram para o agravamento da crise alimentar e causaram enormes perdas econômicas.
Legenda: Danos da mudança climática podem se tornar irreversíveis, alerta o relatório sobre o Estado do Clima Global 2024, publicado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) em 19/03/2025.

“Em resposta, a OMM e a comunidade global estão intensificando os esforços para fortalecer os sistemas de alerta precoce e os serviços climáticos para ajudar os tomadores de decisão e a sociedade em geral a serem mais resistentes a condições meteorológicas e climáticas extremas. Estamos progredindo, mas precisamos ir mais longe e mais rápido. Apenas metade de todos os países do mundo tem sistemas adequados de alerta precoce. Isso precisa mudar”, disse a chefe da OMM.

O investimento em serviços meteorológicos, hídricos e climáticos é mais importante do que nunca para enfrentar os desafios e construir comunidades mais seguras e resilientes, enfatizou Celeste Saulo.

O relatório sobre o Estado do Clima Global 2024 baseia-se em contribuições científicas dos Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais, dos Centros Climáticos Regionais da OMM, de parceiros da ONU e de dezenas de especialistas. Ele inclui informações sobre o monitoramento da temperatura global para o Acordo de Paris e a compreensão das anomalias de temperatura em 2023 e 2024 e inclui suplementos sobre serviços climáticos e sobre condições climáticas extremas.

O estudo global faz parte de um conjunto de relatórios científicos da OMM que buscam informar a tomada de decisões e foi publicado antes do Dia Meteorológico Mundial, em 23 de março, do Dia Mundial da Água, em 22 de março, e do Dia Mundial das Geleiras, em 21 de março.

Três métodos foram usados para estabelecer uma estimativa atualizada do aquecimento global atual a partir de 2024, em comparação com o método AR6 do IPCC, que usa médias dos 10 anos anteriores e é representativo do aquecimento até 2019. A melhor estimativa resultante de cada método é mostrada como uma linha vertical escura nos gráficos do relatório, e a faixa de incerteza é mostrada pela área sombreada.

O que eu posso fazer?

Todas as pessoas podem apoiar a #AçãoClimática e ajudar a minimizar os impactos da mudança climática em nossas comunidades, cidades e na natureza.

Legenda: "Nós podemos - vocês podem - evitar o colapso e a queima do planeta. Temos as tecnologias para evitar o pior do caos climático - se agirmos agora. Mas precisamos de liderança, cooperação e vontade política para agir”. - António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.

Confira algumas dicas da campanha da ONU Brasil pela #AmbiçãoClimática:

- Pressione as autoridades a adotarem políticas e práticas para a redução das emissões de gases de efeito estufa e investirem nas capacidades de adaptação de nossas cidades aos efeitos da mudança do clima.

- Faça escolhas sustentáveis no seu dia a dia e coloque em prática os cinco pilares do conceito do #ResíduoZero: repense, recuse, reduza, reutilize, recicle.

- Procure obter mais informações sobre as cadeias de produção, e dê preferência a produtos e empresas que adotam práticas sustentáveis, incluindo a proteção dos ecossistemas e da biodiversidade.

- Informe-se e compartilhe conhecimento com pessoas próximas e familiares. Conscientização é o primeiro passo para a mudança!

- Faça parte da #GeraçãoResturação e apoie e participe de inciativas e organizações que atuam para a restauração de ecossistemas degradados pela ação humana em sua cidade.

Nosso planeta TERRA está emitindo sinais de socorro.

“A tripla crise planetária é impulsionada por uma crise de consumo e produção insustentáveis. Devemos trabalhar com a natureza, em vez de apenas explorá-la”, alerta Inger Andersen, diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). (brasil.un.org)

quinta-feira, 29 de maio de 2025

UFRGS aponta que aquecimento global pode inviabilizar a vida na Terra

Seminário do clima na UFRGS aponta que aquecimento global pode inviabilizar a vida na Terra.

Evento culminou com a divulgação da Carta de Porto Alegre que sugere ações para tentar minimizar tragédias climáticas.

Cientistas participam de seminário na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)/05/2025 e culminou com a divulgação da Carta de Porto Alegre, que elenca os agravos provocados pelas mudanças climáticas ocorridas no Brasil e, em especial, no Rio Grande do Sul. O documento sugere ações para minimizar ou evitar as consequências da tragédia (íntegra da carta aqui).

O evento foi aberto pela reitora da universidade, Márcia Barbosa, que lembrou que, em 02/05/2024, o aeroporto internacional de Porto Alegre, totalmente alagado e com equipamentos submersos, foi fechado. Um ano depois, cientistas do Brasil e do mundo se reúnem no Summit para buscar soluções sustentáveis e socialmente comprometidas com a comunidade.

Durante os dois dias de discussão, não foram poucos os especialistas que se revezaram no palco para alertar que até o ano 2100 o nível do mar deve subir 30 centímetros, inundando costas litorâneas, fazendo desaparecer ilhas, abalando economias e prejudicando ainda mais os já vulneráveis. E a razão principal para tudo isso é o aumento da temperatura provocada pela ação humana. Outros elementos naturais, como explosões solares e a ativação de vulcões, por exemplo, também colaboram para esse cenário.

Reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Márcia Barbosa

Para se ter uma ideia, o testemunho de gelo mais antigo coletado na Antártica, que é como os cientistas chamam as amostras de gelo que estudam, tem 350 mil anos, e ela já registra a presença de dióxido de carbono. Essa amostra de gelo é comparada com outra, do período industrial, onde a presença de dióxido de carbono é infinitamente maior e onde houve significativo aumento da temperatura global como resultado do impulso fabril sem cuidados com o meio ambiente, além do uso de carvão para aquecimento em toda a Europa e também na América do Norte.

O professor Jefferson Simões, PhD em Glaciologia, que participou de 29 viagens polares, assim como Francisco Eliseu Aquino, geógrafo, mestre em geleiras, e Venisse Schossler, geógrafa, pesquisadora polar, os três da UFRGS, falaram sobre a visível consequência do aquecimento global no mundo. Eles alertaram sobre o derretimento de glaciares nos Andes, com o fechamento de vários hotéis, estações de esqui e o fim de comunidades, por falta de neve e de água. “A dinâmica da vida na Terra está mudando”, disse Simões.

O professor Jefferson Simões, PhD em Glaciologia

O cientista José Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), observou que o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS tem condições de oferecer todas as respostas necessárias para que Porto Alegre não seja vítima de outra enchente. “Aqui há especialistas capazes de resolver a questão, mas não foram procurados”, se referindo ao fato do prefeito, Sebastião Melo (MDB), ter viajado à Holanda, junto com o governador do estado, Eduardo Leite, em busca de estratégias para prevenir catástrofes hídricas.

Para o cientista Carlos Nobre, pesquisador titular da Universidade de São Paulo (USP), integrante da Academia Brasileira e da Academia Global de Ciência, “não estamos mais falando de mudança climática e sim de emergência climática”. Nobre alertou que a comunidade científica internacional estima que a temperatura subirá 2,5°C até 2050, tornando a vida inviável em várias regiões, podendo levar a população a um ponto de não retorno. “Se não revertemos nosso modo de produzir e de consumir, na América do Sul a vida só será possível próxima a cordilheira dos Andes, por conta da umidade, o restante será um grande cerrado ou até mesmo um deserto”.

Carlos Nobre é pesquisador titular da Universidade de São Paulo (USP)

A enchente

A chuva no mês de maio de 2024, em Porto Alegre, foi de 12 bilhões de metros cúbicos, ou 12 trilhões de litros. Essa quantidade de água equivale a quatro milhões de piscinas olímpicas. Para ajudar a entender esse volume, uma piscina olímpica tem 50 metros de comprimento, 25 de largura e três metros de profundidade. Os dados são do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), e o cálculo foi feito a partir de imagens de satélite.

A enchente aconteceu não só porque choveu muito, mas também porque um sistema de alta pressão fez com que as nuvens permanecem sobre o Rio Grande do Sul, os rios voadores – que são formados pela umidade da Amazônia, encontraram uma confluência que os fez migrar para o Sul, uma instabilidade climática entrou no estado pela Argentina e muitos equipamentos contra enchente estavam sem manutenção, além de várias edificações serem em áreas de risco ou em locais de aterro.

E o que fazer? Essa pergunta foi de todos. E várias sugestões surgiram, como dar manutenção para equipamentos contra cheias, construir pontes, estradas e prédios resistentes a catástrofes climáticas, não edificar em áreas de risco e em áreas alagadas, ter programas de acolhimento para populações vulneráveis, melhores práticas de ocupação do solo e de produção agropecuária, combater o negacionismo climático, ter um plano eficiente de rota de fuga e de proteção para a população e uma estratégia de comunicação de risco.

Ministério da Saúde terá um centro para enfrentar epidemias

A médica Margareth Dalcomo é a mulher que cancelou o Natal no Brasil. No dia 23 de dezembro de 2020, a pesquisadora da Fiocruz foi ao Jornal Nacional para dizer que não poderia haver confraternização natalina por causa da pandemia de covid-19, as pessoas deveriam ficar em reclusão. E agora ela volta ao cenário para contar que faz parte do seleto grupo de especialistas que vai orientar o Ministério da Saúde na construção de uma entidade para o enfrentamento de pandemias. A iniciativa leva em conta as alterações provocadas no ambiente em consequência das mudanças climáticas, além de fatores sociais e culturais.

O grupo deve apresentar diretrizes para a criação de um organismo federal de controle e prevenção de doenças vinculado ao Ministério da Saúde. Treze instituições ligadas ao setor de saúde e 18 especialistas da área, entre eles a pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcomo, fazem parte do grupo, que tem prazo de 60 dias para entregar a proposta. A portaria do Ministério da Saúde, de 11 de março de 2025, assinada pelo ministro Alexandre Padilha, determinando a criação do organismo, também estabeleceu que o grupo de trabalho deve elaborar propostas que ajudem o país a ampliar sua capacidade de resposta para as emergências em saúde.

Pesquisadora Margareth Dalcomo integra grupo que discute a iniciativa

Mas a pesquisadora adverte: “O novo organismo não é um CDC [Centro de Controle e Prevenção de Doenças], ainda não definimos como será”. O CDC, em inglês Centers for Disease Control and Prevention, é a agência nacional de saúde pública dos Estados Unidos, com sede em Atlanta, na Geórgia. O órgão é responsável por combater doenças e proteger a saúde das pessoas.

O CDC realiza pesquisas, desenvolve políticas e trabalha em conjunto com parceiros globais para responder a crises de saúde pública. Procurado pela reportagem, outro especialista do grupo, epidemiologista, respondeu de forma semelhante: “Ainda não temos o desenho do futuro centro, mas temos evitado comparar com o CDC”. E acrescenta que os participantes foram organizados em três grupos temáticos, portanto, “o perfil da instituição só será vislumbrado quando o produto de trabalho dos três grupos for reunido e analisado”.

Palestrante do Summit em Mudanças Climáticas, organizado pela UFRGS, em Porto Alegre, Dalcomo sugeriu que houvesse uma nova definição para a espécie humana, que deixaria de ser homo sapiens para se tornar “homo cretinus”. Isto, segundo ela, porque todas as alterações sofridas pelo planeta Terra foram resultado de acidentes com meteoros ou do impacto das placas teutônicas, mas, agora, as alterações são causadas conscientemente pela ação humana.

Aquecimento Global gera as Mudanças Climáticas

Ela destaca os riscos de enfermidades já controladas voltarem e de doenças desconhecidas emergirem em função do aumento da temperatura global e suas consequências sobre todo o planeta. A pesquisadora da Fiocruz atribui ao negacionismo das autoridades públicas a volta do sarampo, enfermidade que estava controlada no mundo, os milhões de mortes por Covid, em especial os óbitos registrados no Brasil, e a queda nas coberturas vacinais, resultado da falta de campanhas de sensibilização em vários estados e da falta de compromisso social das prefeituras, que não solicitam imunizantes em quantidade suficiente para atender a população e não informam o local onde o produto está disponível. (brasildefato)

terça-feira, 27 de maio de 2025

TERRA está emitindo sinais de socorro

Dia da Terra: nosso planeta está emitindo sinais de socorro.
Descubra o que é a tripla crise planetária e o que podemos fazer para mudar esse cenário.

Em meio a nossa vida corrida e cheia de atribulações, fica difícil parar para pensar que, para além das paredes da nossa casa, temos um lar em comum, o nosso planeta, e é urgente que cuidemos dele. O Dia da Terra ou Dia Mundial do Planeta Terra, comemorado no dia 22 de abril em todo o mundo, é uma oportunidade de refletirmos sobre o que anda acontecendo por aqui e a importância de desenvolvermos uma consciência ambiental.

Eu acredito que muitas vezes nós temos a falsa ilusão de que alguns problemas não vão nos atingir ou não nos dizem respeito, mas quando falamos nos impactos à natureza causados pelos humanos, estamos falando de um problema de todos nós, sem exceção.

Quer um exemplo? Você pode até não entender muito bem quando vê notícias falando sobre efeito estufa, El Niño, mudanças climáticas, aquecimento global, mas estando no Brasil ou em qualquer outro lugar do globo, você já sentiu na pele ou pode observar de perto as mudanças recentes no clima. Sabe aquela onda de calor insuportável que não tem ventilador ou ar-condicionado que amenize? Aquele temporal avassalador que destrói casas e cidades? Os incêndios florestais que duram dias ou as catástrofes naturais que têm acontecido com cada vez mais frequência? Isso não tem acontecido por acaso.

Tripla crise planetária

Parece nome de filme de ficção científica não é mesmo?

Mas tripla crise planetária é o termo que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) adotou para descrever as três crises ambientais que estamos enfrentando atualmente: a crise das mudanças climáticas, a crise da perda de natureza e de biodiversidade, e a crise da poluição e do desperdício.

Vista área do desmatamento da Floresta amazônica

‎O Panorama Global de Recursos 2024 aponta que a economia global está consumindo cada vez mais recursos naturais, enquanto o mundo não está no caminho certo para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Por isso, a comunidade científica nunca esteve tão alinhada quanto à necessidade de uma transformação global urgente para o uso sustentável dos recursos.

“A tripla crise planetária é impulsionada por uma crise de consumo e produção insustentáveis. Devemos trabalhar com a natureza, em vez de apenas explorá-la”, alerta Inger Andersen, diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

A crise das mudanças climáticas

Termômetro de rua marca 49°C em Quaraí no Rio Grande do Sul

De acordo com o relatório Estado do Clima Global, o planeta está emitindo “sinais de socorro”. Em 2024 o aumento da temperatura mundial ultrapassou 1,5ºC, meta estabelecida pelo Acordo de Paris como limítrofe para evitar impactos climáticos catastróficos e o distúrbio de ecossistemas.

E o início de 2025 não está diferente. O verão de 2024-2025 entrou para a história como o sexto mais quente no Brasil desde 1961, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). O primeiro mês de 2025 também foi o janeiro mais quente já registrado, segundo dados do Copernicus, observatório climático da União Europeia.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, usou o termo “Ebulição global” para descrever o atual estágio de mudanças climáticas pelo qual o planeta tem passado, indicando um período de intensificação sem precedentes do aquecimento global e de extrema preocupação com relação ao futuro da população mundial e, principalmente, da manutenção do nosso planeta.

Já Celeste Saulo, secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial deixou o seguinte alerta no lançamento do relatório sobre o estado do clima global: “O relatório mostrou que a crise do clima é o desafio definitivo enfrentado pela humanidade. Ele é intimamente entrelaçado com a crise de desigualdade, que testemunhamos com o crescimento da insegurança alimentar, o deslocamento de populações e a perda de biodiversidade. É uma ameaça existencial a populações vulneráveis em todo o mundo e, particularmente, às nações insulares”.

Mas o que isso significa de verdade?   Que eventos extremos como ondas de calor, secas, enchentes, incêndios florestais e tempestades se intensificaram, acentuando a pobreza, ameaçando a segurança alimentar e forçando o deslocamento de milhares de pessoas ao redor do mundo.

Ansiedade climática

Para aqueles que já entenderam a gravidade do problema e sentem angústia e preocupação com as consequências das mudanças climáticas existe até um novo sentimento: o da ansiedade climática ou ecoansiedade.

Desastres climáticos como chuvas torrenciais, enchentes, incêndios e ondas de calor extremo, além de afetar diretamente os envolvidos, trazem uma sensação de desamparo, desesperança e tristeza. Segundo a Associação Americana de Psicologia, 25% a 50% das pessoas expostas a um desastre climático têm risco de desenvolver problemas de saúde mental.

E tudo isso tem afetados crianças e jovens de maneira diferente. De acordo com a pesquisa Ecoansiedade entre Jovens: Resiliência e Demanda por Ação Climática, realizada pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 57% dos jovens entrevistados experimentam ansiedade ecológica.

Já um estudo da publicação científica The Lancet – que conversou com 10.000 crianças e jovens de 16 a 25 anos em dez países (Austrália, Brasil, Finlândia, França, Índia, Nigéria, Filipinas, Portugal, Reino Unido e EUA) – 75% dos entrevistados acham que o futuro é assustador e 83% acreditam que as pessoas falharam em cuidar do planeta.

Crise da perda de natureza e de biodiversidade

Biodiversidade marinha nos recifes de corais

A biodiversidade ou diversidade biológica é o elo entre todos os organismos existentes na Terra, que liga cada um deles a um ecossistema interdependente, em que cada espécie desempenha sua função. Esses ecossistemas, sejam florestas, pastagens, manguezais ou oceanos, são essenciais para o nosso bem-estar, pois fornecem alimentos para consumo humano e animal, medicamentos, energia e fibras.

Contudo, estamos usando 25% mais recursos naturais do que o planeta é capaz de fornecer e o resultado é que espécies, habitats e comunidades locais estão sofrendo pressões ou ameaças diretas.

Responsável por monitorar as populações de mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios, o Índice Planeta Vivo (LPI) registrou uma queda de 69% nas populações monitoradas desde 1970, mostrando que as regiões tropicais são as mais afetadas pela perda de biodiversidade.

Quando falamos em perda de biodiversidade por continente, a América Latina e o Caribe têm uma taxa de 94%, a África 66%, Ásia e Pacífico 55%, América do Norte 20% e Europa e Ásia Central 18%, o que mostra que apesar dos países desenvolvidos serem responsáveis pela maior parte da degradação ambiental, são as nações em desenvolvimento que são impactadas desproporcionalmente pela perda de biodiversidade.

De acordo com a 14ª edição do Relatório Planeta Vivo um milhão de espécies vegetais e animais estão ameaçadas de extinção, já perdemos metade dos corais do mundo e continuamos perdendo áreas florestais do tamanho de 27 campos de futebol por minuto. Só aqui no Brasil, mais de 45 mil km² foram devastados entre 2019 e 2022, o que causa emissões de carbono e faz com que o clima se torne ainda mais quente e seco.

A Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) identificou cinco fatores-chave para a perda de biodiversidade: mudanças no uso do mar e da terra, exploração direta de organismos, mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras não nativas.

Um ponto importante é que a perda de biodiversidade tem uma relação direta com a nossa saúde, pois quanto mais biodiversos é um ecossistema, mais difícil é para um patógeno (organismo que é capaz de causar doença) se espalhar rapidamente, por outro lado, a perda de biodiversidade favorece a transmissão de patógenos entre animais e pessoas, o que vivenciamos durante a pandemia de COVID –19 com a disseminação da corona vírus globalmente.

Crise da poluição e do desperdício
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a poluição também é uma ameaça direta à saúde humana e ao meio ambiente. O programa indica que é possível encontrar diversas formas de poluição no ar que respiramos, na água que bebemos e na terra em que vivemos, identificando seis tipos de poluição: a do ar, a da água doce, a da terra e solo, a marinha, a química e a poluição por resíduos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que quase toda a população global, aproximadamente 99%, respira ar fora da qualidade recomendada pela agência. A poluição plástica também tem sido um problema que aumenta gradativamente.  A produção de plástico tem crescido nas últimas décadas e agora chega a cerca de 400 milhões de toneladas por ano, um volume que deve dobrar até 2040.

O relatório Fazer as Pazes com a Natureza, do PNUMA, também revela que 400 milhões de toneladas de metais pesados, solventes, iodo tóxico e outros resíduos industriais entram nas águas do mundo a cada ano, colocando a saúde planetária em sério risco.

Por isso, o lixo que produzimos é outra questão preocupante. No Brasil, onde temos uma população superior a 210 milhões de habitantes, cada pessoa produz, em média, 343 quilos de lixo, por ano, o que totaliza cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos gerados. Se esses materiais fossem reaproveitados ou reciclados o impacto para o meio ambiente não seria tão grande, porém segundo a Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, apenas 4% desses resíduos passam por esse processo.

Fazer as Pazes com a Natureza

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançou a campanha Peace With Nature – fazer as pazes com a natureza – e oferece um plano para alcançar o mundo sustentável que precisamos, com recomendações práticas sobre como enfrentar as três crises planetárias da mudança climática, perda de biodiversidade e poluição.

Assista ao vídeo “Fazer as pazes com a Natureza”: https://youtu.be/CPUBgcQmAbM
Para conquistarmos vidas mais saudáveis, maior igualdade, clima estável e um ambiente ecologicamente diverso é preciso que todos, governos, empresas, sociedade civil, instituições educacionais, mídia e cidadãos cumpram o seu papel.

• Devemos considerar a natureza em nossas políticas e decisões

• Incluir custos ambientais nos preços de nossos produtos

• Acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis

• Investir em soluções inovadoras e apoiá-las

• Restaurar a natureza enquanto minimizamos a poluição e o desperdício

• Reduzir metade das nossas emissões de dióxido de carbono até 2030

Também é necessário um objetivo global de reverter a perda de biodiversidade e garantir um mundo com natureza positiva até 2030, se quisermos proteger o mundo natural para as gerações atuais e futuras.

Natureza positiva até 2030

Relatório Planeta VIVO

Por isso, em 2022, como resultado da conferência COP15 da ONU sobre biodiversidade, foi adotado o Quadro Global para a Biodiversidade (GBF) no qual o mundo se compromete a deter e reverter a perda de biodiversidade até o final da década.  Entre as 23 metas a serem alcançadas até 2030 estão 30% de conservação da terra, mar e águas interiores, 30% de restauração de ecossistemas degradados, redução pela metade da introdução de espécies invasoras e redução de US$ 500 bilhões ao ano em subsídios prejudiciais.

Fundo Clima

Reprodução: Ministério do Meio Ambiente

Aqui no Brasil o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima foi retomado em 2023 com aporte de R$ 10 bilhões para financiar projetos que ajudem na mitigação e na adaptação à crise climática.

O Fundo Clima está alinhado ao Plano de Transformação Ecológica, ao Plano de Transição Energética, à Nova Industrialização, à promoção da bioeconomia, à restauração florestal, ao fim do desmatamento e dos lixões, entre outras iniciativas.

O que nós podemos fazer a respeito?

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) também indica um conjunto de ações práticas para uma vida sustentável diária, orientando as pessoas para que possam agir de acordo com a sua localização, modo de vida e recursos disponíveis.

Algumas práticas não estão tão próximas da nossa realidade como ter um carro elétrico, mas algumas estão a nosso alcance e podemos começar a qualquer instante.

Sobre as coisas que compramos

Vá além da compra

Considere o que você precisa e compre produtos que durem mais, sejam usados várias vezes e que sejam usados pelo maior tempo possível antes de serem remanufaturados ou reciclados.

Slow Fashion – Moda desacelerada

Compre roupas melhores, fique longe do fast fashion que produz em massa à custa da justiça ambiental e humana.

Evite descartáveis e plásticos

Prefira usar produtos de uso diário que possam ser reutilizados. As embalagens descartáveis são feitas à base de petróleo e levam centenas de anos para se decompor.

Recicle

Comece separando o lixo orgânico do lixo reciclável e cobre a gestão da sua cidade ou do prédio onde mora para que seja feita coleta seletiva.

Sobre as coisas que comemos

Faça trocas de proteína

Segundo o Observatório do Clima, no Brasil, a pecuária é responsável por 22% das emissões de gases de efeito estufa destruindo biomas como a Amazônia e o Cerrado para criação de gado e monoculturas de soja. Reduza ou elimine hábitos de consumo de carne e produtos de origem animal ao adotar uma dieta mais vegetal.

Use todos os seus alimentos

Transforme seu lixo orgânico em adubo por meio da compostagem e ajude a retirar esses resíduos dos lixos e aterros reduzindo o metano, melhorando a fertilidade do solo e aumentando o acesso a alimentos frescos

Compre local ou a granel

Se aproxime de quem produz alimentos orgânicos na sua região para economizar dinheiro e reduzir transporte, embalagens e desperdício de alimentos. Você pode até mesmo começar uma horta comunitária no seu bairro e cultivar seus próprios alimentos ou sugerir essa ideia dentro da sua comunidade.

Sobre a maneira como nos movemos

Deixe o carro em casa

Evitar andar de carro é uma forma de contribuir para a redução da emissão de gases poluentes, especialmente o CO2. Comece a praticar caminhadas até o trabalho ou vá de bicicleta e exija que o governo e as empresas locais forneçam opções de transporte público mais sustentáveis e seguras.

Compartilhe o seu trajeto

Opte pelo transporte compartilhado, vá de carona ou ofereça carona para as pessoas que fazem o mesmo trajeto que você.

Criar uma consciência ambiental é importante para expandirmos nosso conhecimento sobre o que está acontecendo com o meio-ambiente e refletirmos sobre como podemos ser mais sustentáveis, contudo, apesar da relevância do impacto coletivo, precisamos cobrar as pessoas que elegemos para nos representar – seja na prefeitura de nossa cidade ou em Brasília – para trabalhar em prol do meio ambiente, criando políticas públicas que permitam que todos possam ter atitudes mais sustentáveis e investindo para que tecnologias verdes possam ser desenvolvidas e se tornem acessíveis.

Para refletir sobre o Dia da Terra e seus desafios ambientais

Assista o video “wall-e trailer” da Disney: https://youtu.be/m5_lIuBXKWk.
A animação se passa no ano de 2805, época em que a Terra virou um planeta abandonado e coberto por lixo, resultado de décadas de consumismo em massa, facilitado pela megacorporação Buy-n-Large (BnL). Desistindo de restaurar o ecossistema, a megacorporação evacuou a Terra, levando a população a viver no espaço em uma nave estelar chamada Axiom, totalmente automatizada. A história acompanha o último robô compactador de lixo, WALL-E, que depois de muito tempo sozinho conhece outro robô que tem a missão de encontrar pelo menos uma planta na superfície do planeta Terra.

Assista ao vídeo: Animação “Man” de Steve Cutts

A animação Man, criada pelo animador e ilustrador Steve Cutts, é de 2012, mas continua extremamente atual ao ilustrar a relação destrutiva da humanidade com a natureza.

Ele inclusive fez uma versão atualizada Man 2020, que mostra como a natureza estaria prosperando longe do homem no período de pandemia.

Assista ao vídeo Duna: https://youtu.be/2JSy9OgwP7I.

Aproveitando o hype das novas adaptações cinematográficas de Duna, fica aqui a minha indicação para conhecerem essa obra que figura entre os maiores romances de ficção científica. O livro, escrito por Frank Herbert, foi publicado pela primeira vez em 1965, mas se manteve extremamente atual ao abordar ecologia quando as pessoas ainda começavam a pensar sobre esse tema.

Na história, somos levados ao Planeta Arrakis, um mundo onde a água é o bem mais precioso e conhecemos os fremen, a população nômade do planeta que aprendeu a usar a natureza ao seu favor.

“O que o analfabeto em ecologia não percebe em relação a um ecossistema, dizia Kynes, é que se trata de um sistema! … Um sistema tem ordem, uma correnteza que flui de um ponto a outro. Se algo represar a correnteza, a ordem desmorona. Os inexperientes talvez só percebam esse desmoronamento quando já for tarde demais. É por isso que a função mais elevada da ecologia é a compreensão das consequências”. (Trecho do Apêndice I: A ecologia de Duna)

• TEDWomen – Katharine Hayhoe

“A coisa mais importante que você pode fazer para combater as mudanças climáticas: falar sobre elas”. – (Katharine Hayhoe).

Katharine Hayhoe é uma cientista que estuda o que as alterações climáticas significam para nós nos locais onde vivemos. Nesta palestra, ela afirma que a chave para se ter uma discussão real sobre o assunto é conectar valores como família, comunidade, religião e solicitar que as pessoas percebam que se importam com a mudança do clima. “Não podemos nos desesperar”, diz Hayhoe. “Temos que procurar pela esperança que precisamos para que nos inspiremos a agir, e essa esperança começa hoje, com uma conversa”. (portalconteudoaberto)

domingo, 25 de maio de 2025

Eventos climáticos causaram quase metade dos desligamentos

Eventos climáticos causaram quase metade dos desligamentos em LTs entre 2014 e 2023.
Dados levantados pelo ONS em estudo da EPE mostra que sistema de transmissão precisa equilibrar a necessidade de maior resiliência com a viabilidade econômica e os impactos socioambientais associados à implantação de novas linhas e subestações.

Eventos como descargas atmosféricas, queimadas, vendavais e temporais foram responsáveis por 43% das causas de desligamentos em linhas de transmissão entre 2014 e 2023.

O que os eventos climáticos podem causar?

Os impactos climáticos já estão prejudicando a saúde, com poluição do ar, doenças, eventos climáticos extremos, deslocamento forçado, pressões sobre a saúde mental e aumento da fome e subnutrição em locais onde as pessoas não conseguem cultivar ou encontrar alimentos suficientes.

Quais são as principais causas dos eventos climáticos?

Aumento das emissões de gases de efeito estufa, desmatamento, agropecuária intensiva, produção industrial e o descarte incorreto de resíduos são as principais causas para os eventos climáticos que enfrentamos.

Quais são os 4 principais eventos climáticos extremos?

Os fenômenos meteorológicos extremos podem ser agrupados da seguinte forma:

Ondas de calor.

Ondas de frio.

Ciclones tropicais.

Secas.

Chuvas torrenciais.

Eventos climáticos extremos que se tornam mais frequentes devido à mudança climática

Quais são alguns dos eventos climáticos extremos que se tornam mais frequentes devido à mudança climática?

Algumas dessas transformações atingem de forma direta a população, como a ocorrência de secas, ondas de calor, furacões, tempestades e enchentes. No Brasil, uma das fontes de dados sobre esses desastres são os decretos de situação de emergência ou de estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal.

Qual o pior evento climático do mundo?

As inundações, consideradas como a pior tragédia climática da história do estado, atingiram mais de 2,5 milhões de pessoas em 458 cidades, deixando quase 200 mortos, além um prejuízo de 10 bilhões de reais, segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Quais são as causas da crise climática?

A emergência climática é causada principalmente pelo aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, resultado das atividades humanas, em especial a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e a agricultura intensiva.

Emissões de Gases de Efeito Estufa:

A queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural) para gerar energia e outros propósitos libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa. Outros gases, como o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), também contribuem significativamente para o aquecimento global.

Desmatamento:

O desmatamento reduz a capacidade da floresta de absorver CO2 da atmosfera e, além disso, libera carbono armazenado nas árvores quando queimadas ou decompostas. A Amazônia, por exemplo, é um dos maiores sumidouros de carbono do mundo e está sendo ameaçada pelo desmatamento.

Agricultura Intensiva:

A produção de alimentos, especialmente a criação de gado, emite grandes quantidades de metano e óxido nitroso. O uso de fertilizantes sintéticos também contribui para a emissão de óxido nitroso, que é um gás de efeito estufa muito mais potente que o CO2.

Outras Causas:

A produção industrial, o transporte, o uso de eletricidade e calor em edifícios, o descarte incorreto de resíduos e a utilização de certos produtos químicos também contribuem para as mudanças climáticas.

Efeito Estufa:

Os gases de efeito estufa agem como uma manta ao redor da Terra, retendo o calor do sol e causando o aquecimento global. O aumento da concentração desses gases na atmosfera intensifica o efeito estufa, levando a mudanças climáticas significativas.

Quem é o maior causador das mudanças climáticas?

A principal causa das mudanças climáticas é a atividade humana, principalmente a queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural). Essa ação libera grandes quantidades de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), que retêm o calor na atmosfera e contribuem para o aquecimento global. Outros fatores importantes incluem o desmatamento, a agricultura e o descarte inadequado de resíduos.

Combustíveis fósseis:

A queima de combustíveis fósseis é a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa, responsável por mais de 75% das emissões globais.

Desmatamento:

A destruição de florestas libera o carbono armazenado nas árvores e reduz a capacidade dos ecossistemas de absorver CO2 da atmosfera.

Agricultura:

A agricultura intensiva e a pecuária emitem gases como metano e óxido nitroso, que também contribuem para o aquecimento.

Descarte de resíduos:

A decomposição de resíduos em aterros libera metano, um gás de efeito estufa muito potente.

Atividades industriais:

Processos industriais como a produção de cimento e a fabricação de produtos químicos também emitem gases de efeito estufa.

Outros fatores:

Variações naturais:

A Terra também experimenta mudanças climáticas naturais, como variações no ciclo solar e variações na órbita terrestre. No entanto, a atividade humana tem sido o principal impulsionador das mudanças climáticas observadas nos últimos séculos.

Fenômenos naturais:

Fenômenos como o El Niño e a La Niña também podem influenciar o clima, mas não são a principal causa do aquecimento global.

Quem é o maior causador das mudanças climáticas?

A principal causa das mudanças climáticas é a atividade humana, principalmente a queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural). Essa ação libera grandes quantidades de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), que retêm o calor na atmosfera e contribuem para o aquecimento global. Outros fatores importantes incluem o desmatamento, a agricultura e o descarte inadequado de resíduos.

Combustíveis fósseis:

A queima de combustíveis fósseis é a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa, responsável por mais de 75% das emissões globais.

Desmatamento:

A destruição de florestas libera o carbono armazenado nas árvores e reduz a capacidade dos ecossistemas de absorver CO2 da atmosfera.

Agricultura:

A agricultura intensiva e a pecuária emitem gases como metano e óxido nitroso, que também contribuem para o aquecimento.

Descarte de resíduos:

A decomposição de resíduos em aterros libera metano, um gás de efeito estufa muito potente.

Atividades industriais:

Processos industriais como a produção de cimento e a fabricação de produtos químicos também emitem gases de efeito estufa.

Outros fatores:

Variações naturais:

A Terra também experimenta mudanças climáticas naturais, como variações no ciclo solar e variações na órbita terrestre. No entanto, a atividade humana tem sido o principal impulsionador das mudanças climáticas observadas nos últimos séculos.

Fenômenos naturais:

Fenômenos como o El Niño e a La Niña também podem influenciar o clima, mas não são a principal causa do aquecimento global.

Unidos conseguiremos salvar o planeta das mudanças climáticas!!!

Oportunidades de investimento:

Investir em tecnologias e práticas que reduzam as emissões de carbono pode trazer benefícios ambientais e econômicos.

Importância da colaboração:

É essencial que haja a UNIÃO de todos os SERES nos mais diversos escalões, sejam eles, governos, empresas e indivíduos, que todos trabalhem em conjunto para alcançar os objetivos de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). (google)

Mudanças climáticas e El Niño provocam secas históricas

Mudanças climáticas e El Niño provocam secas históricas que ameaçam milhões de pessoas. Novo relatório da ONU revela impactos devastadores d...