sábado, 31 de maio de 2025

Desmatamento reduz chuvas na Amazônia

Desmatamento reduz chuvas na Amazônia, aponta estudo.
Desmatamento na Amazônia reduz a quantidade de chuva, especialmente durante a estação seca, quando a floresta mais precisa. A perda de árvores afeta o ciclo hidrológico, reduzindo a evapotranspiração e, consequentemente, a formação de nuvens e chuvas.

O desmatamento na Amazônia tem um impacto significativo no regime de chuvas da região. Estudos mostram que a remoção da vegetação leva a um aumento nas chuvas durante a estação úmida, mas uma diminuição acentuada durante a estação seca, quando a floresta mais necessita de precipitação.

A floresta amazônica desempenha um papel crucial na regulação do clima, tanto local quanto global. A evapotranspiração, processo pelo qual a água é liberada para a atmosfera pelas plantas e pelo solo, é fundamental para a formação de chuvas. Quando a floresta é desmatada, a quantidade de água liberada para a atmosfera diminui, afetando o ciclo hidrológico e reduzindo a precipitação.

Além da redução das chuvas, o desmatamento também pode causar outros efeitos negativos, como aumento da erosão do solo e menor capacidade de armazenamento de água. A falta de chuva pode comprometer a agricultura, a disponibilidade de água potável e a biodiversidade da região.

Em resumo, o desmatamento na Amazônia não apenas contribui para as mudanças climáticas globais, mas também altera o regime de chuvas local, com consequências negativas para a região e para o planeta.

O desmatamento na Amazônia provoca mais chuvas na estação chuvosa e menos chuvas na estação seca, de acordo com uma nova pesquisa publicada hoje que destaca o papel "essencial" da floresta tropical na regulação do clima local e global.

O desmatamento na Amazônia não está apenas alterando paisagens locais, mas também reduzindo significativamente as chuvas na região, segundo uma nova pesquisa publicada na revista Earth’s Future.

O estudo revela que áreas extensivamente desmatadas experimentaram uma queda de até 30% na precipitação anual nas últimas duas décadas, com impactos potencialmente graves para ecossistemas e comunidades que dependem desses recursos hídricos.

Conexão entre floresta e chuva

A Amazônia desempenha um papel crucial na regulação do clima, liberando umidade na atmosfera por meio da evapotranspiração — processo em que as árvores liberam vapor d’água. Essa umidade é transportada por correntes de ar, formando “rios voadores” que alimentam chuvas em outras partes do Brasil e da América do Sul. Com a perda de vegetação, esse ciclo está sendo interrompido.

Usando dados de satélite e modelos climáticos, os pesquisadores compararam áreas preservadas com regiões desmatadas e constataram que, quanto maior a destruição da floresta, maior a redução nas chuvas. Em algumas áreas convertidas para agricultura ou pastagem, a diminuição chegou a 0,6 mm por dia durante a estação seca.

Desmatamento na Amazônia reduz chuvas e seca os rios.

Impactos em cadeia

A redução das chuvas pode acelerar ainda mais o declínio da floresta, criando um ciclo vicioso. Menos umidade significa maior risco de incêndios florestais e estresse para a vegetação remanescente, tornando-a mais vulnerável a secas prolongadas.

Além disso, a agricultura e o abastecimento de água para cidades podem ser afetados, com reflexos econômicos e sociais.

“Se o desmatamento continuar nesse ritmo, partes da Amazônia podem atingir um ponto de não retorno, transformando-se em savana”, alerta um dos autores do estudo.

Chamado para ação

Os pesquisadores enfatizam a urgência de políticas de conservação e reflorestamento para reverter a tendência. A proteção da Amazônia, destacam, não é apenas uma questão ambiental, mas também de segurança hídrica e climática para todo o continente.

Impactos da perda florestal no ciclo hidrológico regional da estação seca. (ecodebate)

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