O envelhecimento populacional
ocorre em ritmos diferentes ao redor do mundo, com países desenvolvidos
tendendo a envelhecer mais rapidamente do que países em desenvolvimento. A
transição demográfica, marcada pela queda da mortalidade e natalidade, é o
principal motor desse processo, mas a velocidade com que ele acontece varia
significativamente entre as nações.
Diferenças nos ritmos de envelhecimento:
Países desenvolvidos:
Tendem a envelhecer mais
rapidamente, com taxas de natalidade mais baixas e esperança de vida mais alta.
O Japão, por exemplo, já possui uma população significativamente envelhecida,
com uma idade mediana de 50 anos.
Países em desenvolvimento:
Embora também estejam
envelhecendo, o processo tende a ser mais lento devido a fatores como taxas de
natalidade mais altas e menor esperança de vida em comparação com países
desenvolvidos. No entanto, alguns países em desenvolvimento, como China e
Índia, estão experimentando um rápido envelhecimento populacional, com uma
transição demográfica mais acelerada.
Exemplos:
A França levou cerca de 150
anos para que a população acima de 60 anos passasse de 10% para 20%.
Brasil, China e Índia devem
passar pela mesma mudança em apenas 20 anos.
Fatores que influenciam o
ritmo do envelhecimento:
Transição demográfica:
A transição demográfica, com
queda da mortalidade e da natalidade, é o principal fator que leva ao
envelhecimento da população.
Taxas de natalidade:
Países com taxas de
natalidade mais baixas tendem a envelhecer mais rapidamente.
Esperança de vida:
Aumento da esperança de vida,
devido a melhorias na saúde e condições de vida, também contribui para o
envelhecimento populacional.
Políticas públicas:
As políticas públicas de cada
país, como investimentos em saúde, educação e bem-estar social, podem
influenciar o ritmo do envelhecimento.
Desafios e oportunidades:
O envelhecimento populacional
traz desafios como o aumento da demanda por serviços de saúde e assistência
social, o impacto na força de trabalho e a necessidade de adaptação das
estruturas sociais e econômicas.
Por outro lado, o
envelhecimento populacional também pode trazer oportunidades, como o
desenvolvimento de novas tecnologias e serviços voltados para idosos, o aumento
do conhecimento e experiência da população mais velha e o potencial de aumento
do mercado para produtos e serviços para idosos.
É importante que os países se preparem para lidar com as mudanças demográficas, implementando políticas públicas que promovam o envelhecimento saudável e ativo, garantam a segurança social e econômica dos idosos e aproveitem os potenciais benefícios do envelhecimento da população, segundo o Politize!
Pirâmide demográfica achata e vira obelisco: envelhecimento global traz desafios
Os diferentes ritmos do
envelhecimento populacional no mundo
O envelhecimento populacional
é a tendência inexorável do século XXI. O mundo todo terá uma mudança da
estrutura etária. Mas o ritmo e a intensidade serão diferentes, pois, dependem
da evolução da queda das taxas de mortalidade e natalidade.
O gráfico abaixo, com dados
da Divisão de População da ONU, mostra que a idade mediana do mundo era de 22
anos em 1950 e deve chegar a 42 anos em 2100. Isto quer dizer que metade da
população mundial terá menos de 42 anos e a outra metade terá mais de 42 anos
no final do século.
O Japão atualmente (2025) é o
país mais envelhecido do mundo com uma idade mediana de 50 anos. Isto quer
dizer que a geração 50+ já é maioria da população japonesa. Em 2100 a idade
mediana do Japão será de 53 anos.
Hong Kong vai se tornar o
país mais envelhecido do mundo a partir de meados da próxima década e deve
chegar em 2100 com uma impressionante idade mediana de 72 anos. Ou seja, metade
da população terá mais de 72 anos.
No Brasil a geração 50+ será maioria da população nas duas últimas décadas do atual século. No outro extremo, Níger continuará sendo um dos países mais rejuvenescidos do mundo, mesmo assim a idade mediana passará de 14 anos em 1950 para 35 anos em 2100.
O envelhecimento populacional não é uma hipótese ou uma possibilidade remota. É uma realidade demográfica já em curso e com projeções sólidas para as próximas décadas.
Esse fenômeno é resultado direto
da transição demográfica que mencionamos anteriormente: a queda das taxas de
mortalidade (especialmente a infantil) e o subsequente declínio das taxas de
fecundidade. As pessoas estão vivendo mais e tendo menos filhos. Essa
combinação gera uma mudança na pirâmide etária, onde a base (crianças e jovens)
se estreita e o topo (idosos) se alarga.
Não há nenhum indício de que
essas tendências se reverterão globalmente a ponto de impedir o envelhecimento
da população. Mesmo com eventuais flutuações, a direção geral é clara: o mundo
terá, proporcionalmente, mais pessoas idosas.
Embora os países desenvolvidos (como Japão) já estejam em estágios avançados de envelhecimento, nações em desenvolvimento (como Brasil, Índia e China) estão passando por essa transição em um ritmo acelerado. A diferença é que os países ricos tiveram mais tempo para se adaptar e construir sistemas de suporte. Os países em desenvolvimento, muitas vezes, enfrentam o envelhecimento antes mesmo de terem completado o desenvolvimento econômico e social que poderia mitigar seus impactos negativos. Isso representa um desafio único e urgente.
A população está passando por um processo de envelhecimento em praticamente todos os países do mundo, mesmo que em ritmos diferentes.
A inexorabilidade e a
globalidade do envelhecimento populacional exigem uma revisão profunda de
paradigmas sociais, econômicos e políticos. As implicações são vastas e
incluem:
• Sustentabilidade dos
sistemas de previdência e saúde: Aumentar a idade de aposentadoria, incentivar
a previdência privada, investir em saúde preventiva e em modelos de cuidado de
longo prazo.
• Mercado de trabalho:
Adaptar ambientes de trabalho, promover o aprendizado contínuo, incentivar a
permanência de trabalhadores mais velhos e valorizar a experiência.
• Urbanismo e mobilidade:
Cidades mais amigáveis ao idoso, com acessibilidade, segurança e transporte
público adequado.
• Coesão social: Promover a
intergeracionalidade e combater o idadismo (preconceito contra idosos).
• Inovação e Economia
Prateada: Como discutido, o envelhecimento gera novas demandas e oportunidades
para produtos e serviços voltados para a população sênior.
Sem dúvida, o Futuro será prateado. O reconhecimento de que o envelhecimento populacional é uma tendência inescapável do século XXI nos obriga a sair da inércia.
O envelhecimento da população associado às quedas da fertilidade na maior parte do mundo está invertendo as estruturas etárias tradicionais. Com o surgimento de uma nova ordem populacional, de contrastes demográficos extraordinários, caem por terra as tradicionais pirâmides populacionais para surgir uma nova forma, mais parecida com um obelisco, bem mais achatada no piso.
As nações que conseguirem
antecipar e se adaptar a essa nova estrutura etária serão as mais bem-sucedidas
em promover o bem-estar de seus cidadãos, garantindo que a longevidade seja, de
fato, a grande conquista da humanidade, e não uma fonte de problemas.
(ecodebate)
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