Estudo alerta que oceanos do mundo estão doentes
Os mares que banham
as ilhas Seychelles e a Alemanha são os mais saudáveis das regiões habitadas,
enquanto as águas de Serra Leoa são mais insalubres, segundo estudo publicado em
15/08/12, onde se mostra o estado frequentemente medíocre dos oceanos.
Na classificação da
qualidade das águas, a ilha de Jarvis, um pequeno território desabitado do
Pacífico sul, pertencente aos Estados Unidos, é o primeiro, com resultado de 86
pontos sobre 100, assim como outras ilhas desertas do Pacífico.
"Evidentemente,
a presença humana tem um impacto negativo substancial para o oceano e os
resultados estão em relação inversa à população costeira", destacou o
estudo, publicado na revista científica Nature.
Cerca da metade da
população mundial vive perto da costa.
As Seychelles, um
dos únicos países em desenvolvimento entre os 12 primeiros lugares, e a
Alemanha se situam em quarto lugar, encabeçando os países habitados com um resultado
de 73 pontos sobre 100.
Estes dois países
são seguidos pela Polinésia Francesa (72 pontos sobre 100), pela Rússia, com 67
sobre 100, e pela França, com 66.
Na América Latina, o
Brasil obteve 62 pontos sobre 100; Trinidad e Tobago, 63; Costa Rica, 61;
Guatemala, 60; Equador e Chile, 60; México, 55; e Colômbia e Cuba, 52.
Entre os resultados
latino-americanos mais baixos na classificação estão o Uruguai com 47 sobre
100; Honduras e Venezuela, 46; El Salvador. 45; Peru e Haiti, 44; e Nicarágua,
43.
Onze países
africanos estão nos últimos lugares da classificação, com resultados entre 42 e
36.
A classificação foi
elaborada por pesquisadores americanos e canadenses, que estudaram 171 Zonas
Econômicas Exclusivas (ZEE) que se estendem até 200 milhas náuticas da costa e
cuja responsabilidade corresponde aos países litorâneos.
Estas ZEE
representam 40% dos oceanos do mundo, assim como o essencial de seus recursos,
suas áreas de lazer e empregos que o mar fornece.
Os cientistas
mediram as capacidades dos oceanos do mundo para fornecer alimento e atividades
de lazer ao homem, ao mesmo tempo em que preservam a biodiversidade marinha.
Em geral, os países
em desenvolvimento da África ocidental, do Oriente Médio e da América Central
têm resultados baixos, diferente dos países do norte da Europa, Canadá,
Austrália e Japão.
Há exceções
notáveis, como o Suriname, que está entre os 12 primeiros e Polônia e
Cingapura, na parte baixa da classificação.
Os cientistas
estudaram temas diferentes, entre os quais o fornecimento de alimento, a
qualidade da água, a pesca artesanal, as capacidades de captação de carbono,
turismo e biodiversidade.
Benjamin Halpern
(Universidade da Califórnia), um dos encarregados do estudo, informou à AFP que
é "a primeira vez que são comparados e combinados diretamente dimensões
muito diferentes - ecológicas, sociais, econômicas, políticas - que definem um
oceano com boa saúde".
"É um
instrumento importante para avaliar o local para onde se quer ir",
destacou. (uol)
Nenhum comentário:
Postar um comentário