Presidente da ANA diz que só chuvas resolvem problema de
água em São Paulo
Sistema
Cantareira: Representação Gráfica dos Reservatórios
Em audiência pública
na Câmara dos Deputados, em 13/11 o diretor-presidente da Agência Nacional de
Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, disse que as obras em andamento não
resolvem a falta de água em São Paulo. Para ele, no curto prazo apenas chuvas e
medidas restritivas, como racionamento, podem resolver o problema.
Segundo Guillo, dizer
que uma obra é a solução é tirar o foco, pois, segundo ele, as obras começam
agora, mas precisam de dois ou mais anos para entrar em funcionamento. “Uma
obra que está programada e pode ficar pronta em nove meses, em São Paulo está,
ligando um rio que está seco a outro que também está seco, ou seja, você
depende de chuvas”, disse.
Pelos dados da ANA,
seriam necessários 100 metros cúbicos (m³) de água por segundo no sistema, para
continuar com a retirada de 23 m³ por segundo. Essa média de chuvas é superior
aos máximos históricos, mesmo nos melhores anos, pelos dados da agência.
Guillo criticou a
administração dos recursos hídricos de São Paulo, dizendo que o futuro foi
olhado de uma forma otimista. O diretor presidente disse que, na justificativa
enviada à ANA pela Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento de água,
coleta e tratamento de esgotos de 364 municípios do estado, para utilização do
volume morto do Sistema Cantareira, a empresa fez uma projeção de 15 m³ de água
entrando nos reservatórios para o período logo posterior, mas na realidade a
entrada foi menos de 4 m³.
Volume morto, ou
reserva técnica, é a porção de água que está estocada em barragens, abaixo do
que é usado para abastecimento, é um volume de emergência para tempos de seca.
Pelos dados da ANA, o Sistema Cantareira não tem 11% de reserva como anunciado,
ele está com 20% negativo do seu volume. (ecodebate)
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