A terceira idade no Brasil cresceu cerca de 11 vezes nos
últimos 60 anos, passando de 1,7 milhão para 18,5 milhões de pessoas nesta
faixa etária.
Em 2025 serão 64 milhões e, em 2050, um em cada três
brasileiros será idoso. A sociedade e o governo devem estar preparados para
essa nova realidade.
A Melhor idade é um eufemismo frequentemente usado no Brasil
para referir-se aos cidadãos pertencentes à chamada terceira idade ou, mais
apropriadamente, aos idosos.
O termo idoso recebe entre nós uma definição na forma da
lei: “pessoa com idade igual ou superior a 60 anos”. Atualmente o número de
pessoas idosas não para de crescer no país e já ultrapassa 10% da população
total. O Estatuto do Idoso, legislação editada em 2003, estabelece que os
censos demográficos brasileiros deverão incluir dados relativos a esse segmento
da população.
Entre os anos de 1940 e 2006, o número de idosos registrados
no Brasil cresceu cerca de 11 vezes,
passando de 1,7 milhão para 18,5 milhões. A previsão é que em 2025 esse número
esteja na casa de 64 milhões de pessoas. Em 2050 estima-se que um em cada três
brasileiros seja idoso. A sociedade e o governo devem estar preparados para
essa nova realidade.
Em torno de 71% dos idosos registrados conseguem ter
independência financeira. Eles são responsáveis por uma renda anual de R$ 243
bilhões, um poder de compra nada desprezível. Apenas 5% dos homens e 23% das
mulheres dessa faixa da população declaram-se em dificuldades financeiras.
A maior parte da renda percebida pelos idosos, em torno de
49%, é originária de ganhos da Previdência. Em seguida, 39% dos rendimentos,
são provenientes de trabalho. Receitas advindas de aluguéis representam 7% da
renda anual declarada.
Do total de idosos conhecidos no Brasil, 55% são mulheres,
que apresentam uma expectativa de vida superior aos homens. A viuvez das
mulheres idosas é 3,4 vezes maior do que a dos homens idosos. Devido à
expectativa de vida maior, e por terem mais chance de se tornarem viúvas na
terceira idade, a tendência é que as mulheres idosas tenham uma velhice mais
solitária.
Semelhante ao que acontece com a vida humana em todas as
suas etapas, o tempo da terceira idade não representa somente um período de
felicidade e prazeres, mas também são encontráveis nessa fase da vida muitas
adversidades.
Um estudo realizado na Suécia e divulgado recentemente
sugere que na atualidade as pessoas com mais de 70 anos possuem uma vida sexual
mais ativa e sentem mais prazer do que os idosos de três décadas atrás. Em
compensação, devido à redução de reflexos e no ritmo da caminhada, os idosos
tornam-se as principais vítimas de atropelamento nas grandes cidades.
Consta que a grande maioria dos idosos, 83%, possui casa
própria já quitada. Menos mal. Um relatório elaborado pela OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil) em conjunto com o CFP (Conselho Federal de Psicologia), e
divulgado faz pouco tempo, conclui que o Brasil não possui infraestrutura
mínima de abrigos para a população idosa. Segundo o relatório, alguns asilos
visitados pelos pesquisadores são "depósitos de idosos abandonados",
onde os internos vivem "sem família ou contato com a comunidade".
A coleta sistemática de dados sobre os idosos nos próximos
censos demográficos permitirá a formação de um quadro de conhecimento mais
preciso e consolidado sobre essa parcela significativa da nossa população.
Esses dados tanto poderão ser usados para orientar o traçado de políticas de
governo de amplo alcance, como também campanhas de cunho publicitário, já que
os idosos despertam cada vez mais o interesse dos operadores do mundo dos
negócios. (portalterceiraidade)
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