Com a chuva que atingiu São Paulo e o sul de Minas nos
últimos dias, o nível do Sistema Cantareira parou de cair após 38 dias de
reduções consecutivas no manancial. Segundo a Sabesp, o reservatório manteve
11,9% da capacidade em 04/11.
Após chuvas, nível do Sistema Cantareira se mantém estável.
Represa, que vinha de sucessivas quedas, manteve 11,9% da
capacidade total depois de chover 15,7 mm sobre a região.
Chuva faz nível do Sistema Cantareira para de cair pela 1ª vez
após 38 dias
Abastecimento. Após mês mais seco desde 1930, novembro já
registra precipitação igual a 93% do registrado em outubro. Mesmo com a
estabilidade, há 202 dias não ocorre acréscimo de volume no manancial; o último
que a Sabesp registrou foi no dia 16 de abril.
Jaguari-Jacareí. Represa que opera
só com o volume morto
A chuva que atingiu São Paulo e o
sul de Minas nos últimos dias deu fôlego ao Sistema Cantareira. O nível de água
do reservatório ficou estável em 04/11, 4, após 38 dias de quedas consecutivas.
Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp), o sistema de represas manteve 11,9% da capacidade.
A última vez que o reservatório
deixou de perder água foi em setembro, antes dos 105 bilhões de litros da
segunda cota do volume morto serem incorporados. Nos dias 26 e 27 daquele mês,
o reservatório se manteve estável em 7,2%, caindo para 7,1% em 28/10.
Nesta terça, o volume de chuva
sobre o Cantareira foi de 15,7 milímetros, acima da média diária dos últimos
meses. Enquanto em outubro inteiro choveu 42,5 milímetros na região, nos
primeiros quatro dias deste mês o volume acumulado já é de 39,6 milímetros: 93%
do mês anterior. Outubro foi o mês mais seco no reservatório em 84 anos.
Antes de a segunda cota do volume
morto entrar no cálculo da Sabesp, no dia 24 de outubro, o nível do Cantareira
estava em apenas 3%, o mais baixo já registrado. Após o acréscimo de 105 bilhões
de litros da reserva técnica, o volume útil de água subiu para 13,6%.
Mesmo com a estabilidade, há 202
dias não é registrado aumento no manancial. O último que a Sabesp registrou foi
no dia 16 de abril, quando o reservatório foi de 12% para 12,3%.
A previsão do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) é de mais chuva sobre o Sistema Cantareira. Entre
esta quarta e quinta, existe a possibilidade de mais de 6 milímetros de chuva
sobre os mananciais. Após o dia 9, a previsão é de seca, mas meteorologistas já
preveem chuvas na segunda quinzena do mês. Segundo a meteorologista Josélia
Pegorim, da empresa Climatempo, as condições de precipitação sobre o
reservatório aumentam a partir do dia 16 de novembro com a chegada de uma
frente fria.
Vazão dos rios
As chuvas já foram suficientes para
aumentar a vazão de água dos rios que formam o Sistema Cantareira para os
mananciais do reservatório. Na Represa Jaguari-Jacareí, nesta terça, foi
registrada uma entrada de 10,6 mil litros por segundo. Durante uma cerimônia de
entrega de trens, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) comemorou a
estabilidade.
“Ajudou, mas nunca uma chuva
sozinha vai encher o reservatório. Tanto ajudou, que o Cantareira parou de
cair, o que é natural. Quer dizer, você primeiro encharca, porque a terra está
muito seca, para depois subir.” Na segunda, Alckmin disse que ainda neste mês a
Represa Guarapiranga deve entregar mais 1 mil litros de água por segundo no
Sistema Cantareira.
O governador promete “otimizar” a
integração dos reservatórios da região metropolitana de São Paulo. Com isso,
Alckmin pretende diminuir pela metade a dependência do Sistema Cantareira.
Antes da crise, o reservatório produzia uma média de 33 mil litros de água por
segundo para a região. A vazão do reservatório já vinha sendo reduzida ao longo
do ano por causa da crise hídrica. (OESP)
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