Volume representa menos de 1% dos 69 mil litros por segundo
produzidos para abastecer os habitantes da Grande São Paulo.
Apontado por especialistas como uma
das melhores alternativas para reduzir a superexploração de rios e represas, o
reaproveitamento do esgoto tratado no abastecimento de água – como anunciado em
30/10/14 em Campinas - ainda é incipiente. Segundo dados da Sabesp, a
distribuição de água de reuso na Grande São Paulo corresponde a apenas 3,9% dos
15 mil litros por segundo de esgotos que são tratados.
São 600 litros por segundo consumidos
principalmente por prefeituras, concessionárias de serviços públicos,
empreiteiras, indústrias de papel e celulose, têxtil e petroquímicas. O volume
representa menos de 1% dos 69 mil litros por segundo produzidos pela Sabesp
para abastecer os cerca de 20 milhões de habitantes da Grande São Paulo.
“Assim como os romanos faziam na
antiguidade, nós estamos poluindo os rios mais próximos e indo buscar água cada
vez mais longe. É insustentável, precisamos mudar esse paradigma”, alerta o
diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso de Água, Ivanildo
Hespanhol. Segundo ele, as normas brasileiras deveriam ser menos restritivas
para o aproveitamento do esgoto. “Precisamos mudar a percepção pública. Nossa
cultura não aceita reúso. Enquanto isso, Austrália, Singapura, África do Sul,
Estados Unidos e Namíbia aproveitam muito bem esse recurso”, diz. (OESP)
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