Encíclica Laudato Si (Louvado Seja), sobre meio
ambiente, apela para a responsabilidade de todos
O
papa Francisco apresentou em 18/06/15 a encíclica dedicada ao meio ambiente, na
qual apela para a responsabilidade de todos na proteção do planeta, “que está
sendo destruído”.
Na
audiência geral de 17/06, Francisco ressaltou que a destruição do meio ambiente
prejudica a todos, mas especialmente aos mais pobres. “Por isso, apelo para a
responsabilidade, com base no dever que Deus deu ao ser humano na criação:
cultivar e proteger o jardim”, alertou.
Francisco
convidou todos a receberem com “atitude de abertura” este documento, “de acordo
com a doutrina social da Igreja”.
O
papa estabelece uma “relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta”,
na encíclica Laudato Si [Louvado seja] – Sobre o cuidado da casa comum,
divulgada em 18/06 e publicada em português pelas Edições Paulinas.
“A
relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta, a convicção de que
tudo está estreitamente interligado no mundo, a crítica do paradigma que deriva
da tecnologia, a busca de outras maneiras de entender a economia e o progresso,
o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a grave
responsabilidade da política, a cultura do descartável e a proposta de um novo
estilo de vida são os eixos desta encíclica, inspirada na sensibilidade
ecológica de Francisco de Assis”, lê-se no Parágrafo 16º do documento papal.
Esta
é a primeira vez que um papa faz uma encíclica sobre questões ambientais,
reconhecendo-as como “um importantíssimo desafio para a humanidade”, afirma a
editora em comunicado.
Em
janeiro, durante visita pastoral às Filipinas, Francisco demonstrou preocupação
com a ecologia, tendo afirmado, que havia a “necessidade de ver, com os olhos da
fé, a beleza do plano de salvação de Deus, a ligação entre o ambiente natural e
a dignidade da pessoa humana”.
A
nova encíclica do pontífice é inspirada no Cântico das criaturas, de São
Francisco de Assis, que, em 1979, o papa João Paulo II proclamou Padroeiro dos
Ecologistas.
Para
as Edições Paulinas, o documento papal “é um urgente apelo à preservação da
Terra e da vida, por meio da qual a Igreja procura também influenciar os
trabalhos da próxima Conferência sobre o Clima”, que ocorrerá em dezembro em Paris.
Uma
das metas desta cúpula é obter um acordo internacional, que obrigue todas as
nações a manter o aquecimento global abaixo dos 2°C. (ecodebate)
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