‘É
possível tornar o direito à água e ao saneamento uma realidade para todos’, diz
especialista da ONU
No
quinto aniversário da resolução da Assembleia Geral sobre o direito humano à
água e ao saneamento, o brasileiro Léo Heller disse que Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável são uma oportunidade para alcançar tal meta.
Casas
à beira da Via Estrutural, no Distrito Federal: direito ao saneamento foi
declarado um direito humano pela Assembleia Geral da ONU em 2010.
Marcando
o quinto aniversário da resolução da Assembleia Geral sobre o direito humano à
água e ao saneamento, o relator especial das Nações Unidas sobre o tema, o
brasileiro Léo Heller, disse que apesar de grandes desafios, transformar esse
direito em realidade é possível.
“Cinco
anos atrás, hoje, os Estados-Membros das Nações Unidas reconheciam
explicitamente o direito humano à água e ao saneamento na Assembleia Geral. E
isso significa que, como um direito humano, todas as pessoas, sem discriminação,
devem ter acesso à água potável e ao saneamento, que é acessível, aceitável,
disponível e segura”, declarou Heller.
O
relator especial lembrou que ainda há um longo caminho a percorrer para tornar
este direito uma realidade para todos, para ter um mundo onde o acesso
universal à água, ao saneamento e à higiene seja atingido por todos os que
vivem em assentamentos informais. Citando o conjunto de Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável, que deverão ser adotados em setembro, Heller
destacou que esse acordo global representará uma oportunidade para chegar a
esta realidade nos próximos 15 anos, através do forte empenho de todos os
países. “Com
uma forte vontade política, isso é possível”, adicionou.
Léo
Heller é o segundo relator especial da ONU sobre o direito humano à água
potável e ao saneamento, nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos, em novembro
de 2014. Heller atualmente é pesquisador na Fundação Oswaldo Cruz, no Brasil.
Anteriormente, foi professor do Departamento de Engenharia Sanitária e
Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais, no Brasil entre 1990 e 2014.
(ecodebate)
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